Famosos e TV Em autobiografia, Matthew Perry disse que sempre quis viver e nunca se rendeu ao vício em drogas

Em autobiografia, Matthew Perry disse que sempre quis viver e nunca se rendeu ao vício em drogas

A morte do ator, o Chandler de 'Friends', surpreendeu o mundo na noite deste sábado (28)

Agência Estado - Variedades
A autobiografia foi lançada no Brasil em janeiro

A autobiografia foi lançada no Brasil em janeiro

Reprodução/Instagram

A morte de Matthew Perry, o Chandler da série Friends, surpreendeu o mundo na noite deste sábado (28). Com a notícia, a autobiografia do ator, Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível, voltou a ser procurada por fãs e se tornou o livro mais vendido neste domingo (29). A obra foi lançada em 2022 no exterior e, no Brasil, em janeiro de 2023.

Descrito como um relato transparente e sensível de Perry, que interpretou um dos protagonistas de uma das séries mais vistas do mundo enquanto enfrentava o vício em drogas, o livro conta com várias histórias marcantes.

"Olá, meu nome é Matthew, embora você possa me conhecer por outro nome. Meus amigos me chamam de Matty. E eu deveria estar morto", escreveu ele na biografia, que vendeu 1 milhão de cópias em 2022.

O prefácio da obra é assinado por Lisa Kudrow, que interpretou Phoebe em Friends. "Como anda o Matthew Perry? Desde que começaram a me fazer essa pergunta, esse foi o principal questionamento que ouvi ao longo dos anos", escreveu a amiga. "Mas a verdade é que eu não sabia muito bem como andava o Matthew."

"Eu me concentrava em Matthew, que me fazia rir todo dia e que uma vez por semana me fazia rir tanto que eu não conseguia respirar. Lá estava ele, Matthew Perry, brilhante, charmoso, doce, sensível, muito sensato e racional."

A atriz finalizou o texto com uma mensagem direcionada ao amigo: "Ele sobreviveu ao impossível, mas até hoje eu não tinha a menor ideia de quantas vezes escapou por pouco. Estou feliz por você continuar aqui, Matty. Parabéns. Eu te amo".

Papel em 'Friends'

Perry estava escalado para outra sitcom quando os testes para Friends, então chamada Friends like Us, começaram. O papel de Chandler era cobiçado por muitos atores, mas ele sentia que lhe pertencia.

"Quando li o roteiro, parecia que alguém tinha passado um ano me seguindo, roubando as minhas piadas, imitando meus trejeitos, fazendo uma cópia da minha visão pessimista porém irônica da vida. Um personagem específico me chamava a atenção: não era que eu achasse que era capaz de interpretar Chandler; eu era o Chandler", escreveu na autobiografia.

"Li o papel de Chandler e quebrei todas as regras. Para começo de conversa, não segurei o roteiro. É que eu já tinha decorado tudo. E, logicamente, fui bem [...] Arranquei risadas em momentos em que ninguém mais tinha arrancado. Era como se eu estivesse naqueles momentos em que fazia a minha mãe rir. E Chandler nasceu."

Auge da carreira e fundo do poço

No livro, Perry diz que a nona temporada de Friends foi a única em que ele estava totalmente sóbrio, e a que lhe rendeu uma indicação ao Emmy. Segundo o ator, ele achava que conseguiria manter seu vício em segredo, até que, um dia, Jennifer Aniston afirmou que o elenco e a equipe percebiam o cheiro de álcool nele.

Então, o ator começou a morar em um centro de reabilitação. "Me casei com Monica [papel de Courteney Cox] e fui levado de volta ao centro de tratamento — no auge do meu ponto mais alto em Friends, o ponto mais alto da minha carreira, o momento icônico da série icônica."

Coma e sobriedade

Ele também contou que, em 2019, teve uma experiência de quase morte depois de um rompimento do cólon, por uso excessivo de opioides. Segundo os médicos, ele tinha 2% de chance de sobreviver.

Depois de um coma de duas semanas e uma hospitalização de cinco meses, o terapeuta aconselhou o ator a associar as drogas à possibilidade de ter que usar uma bolsa de colostomia para o resto da vida. "Desde então, não tenho mais interesse em consumir drogas", escreveu.

Superação

Ao longo da obra, Matthew ressaltou que, apesar do vício em aplacar a "Dor" que sentia — descrita assim, com a inicial em maiúscula —, ele diz que sempre quis continuar vivo.

"Eu me rendi, mas ao lado vencedor, não ao perdedor. Não estou mais atolado em uma batalha impossível contra as drogas e o álcool. Não sinto mais necessidade de acender automaticamente um cigarro para acompanhar meu café da manhã."

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"Eu nunca desisti, nunca levantei as mãos e disse: 'Já chega, não aguento mais, você venceu", escreveu Perry. "E, por causa disso, estou firme agora, pronto para o que vem a seguir."

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