Eri Johnson chora ao falar sobre Daniella Perez, 30 anos após assassinato: 'Seria uma estrela'

O ator e apresentador Eri Johnson foi o convidado desta semana de O Programa de Todos os Programas, transmitido ao vivo no YouTube do R7 e nas demais plataformas digitais do portal. Durante a conversa com Flávio Ricco e Dani Bavoso, ele relembrou a época em que quase foi jogador de futebol, mas acabou na televisão, somando 20 novelas no currículo.

O artista seguiu carreira na dramaturgia por acaso. Quando jovem, ele jogava no time de juniores do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. "Era um bom ponta-esquerda, habilidoso, gostava de partir para cima da marcação", disse. 

Tudo mudou quando um amigo o convidou para fazer figuração na novela Dancin' Days, no ar na TV Globo entre 1978 e 1979. "Quando entrei em um estúdio de televisão, me apaixonei logo de cara", afirmou. "Era a mesma paixão que o futebol me despertava, por conta da preparação que os dois exigem. No futebol, as pessoas veem dentro de campo, mas não assistem aos treinos. Assim como ocorre em novelas, em que veem o produto final, mas não os ensaios", comparou.

Johnson atribuiu o sucesso na televisão à escritora Glória Perez: "Falar sobre ela é de uma emoção muito grande para mim. Foi quem me apresentou para o Brasil".

O papel ao qual o ator se refere é o de Lulu em Barriga de Aluguel. "Era um grande personagem. Estavam atrás de um ator desconhecido de teatro para interpretá-lo e me escolheram", afirmou. Ele ainda destaca a importância que o teatro teve em sua carreira. "Quando estou no palco é quando me sinto mais próximo de Deus."

Em determinado momento da entrevista, Johnson se emocionou ao falar sobre Daniella Perez — que foi assassinada há 30 anos por Guilherme de Pádua, colega de cena da novela De Corpo e Alma. O ator conheceu a atriz nos bastidores do folhetim Barriga de Aluguel, mas, em De Corpo e Alma, interpretou um personagem apaixonado pela personagem de Daniella. 

"A Dani faz muita falta, ela seria uma grande estrela", declarou. "Foi péssimo [continuar trabalhando]. Pedi força para continuar pela Glória. Eu pensava: 'Não é justo eu desanimar, ficar pra baixo porque a mãe dela está tendo força sei lá de onde pra continuar. Todos nós precisávamos continuar, era um compromisso que nós tínhamos de continuar com a novela", completou, entre lágrimas. 

Assista à entrevista na íntegra