Flávio Silvino ganha apoio dos irmãos após morte do pai humorista
"Acontece um pouco de uma regressãozinha", disse a irmã do ex-ator
Famosos e TV|Aurora Aguiar, do R7
A morte do humorista Paulo Silvino, em agosto deste ano, vítima de câncer no estômago, ainda é sentida pelos filhos. Isabela Silvino, a caçula do ator, contou ao R7 que o luto sem sido amenizado com o passar do tempo e as tarefas profissionais de cada um. Ela, por exemplo, está se dedicando ao lançamento de sua carreira de cantora. João Paulo, o do meio, deu uma freada na vida de ator para se entregar à paixão pelas artes gráficas. Já Flávio Silvino, o primogênito, que ainda sofre com sequelas de um grave acidente de carro ocorrido em 1993, tem recebido apoio psicológico dos irmãos e da mãe, Diva Plácido, pois era muito ligado ao pai.
Isabela falou como Flávio tem passado esta fase.
— Ele está bem, é aquilo, né, ele está sentindo como todos nós, perdeu o pai que era o melhor amigo da vida dele. Para ele foi bastante difícil. Porque ele ligava para o meu pai todos os dias, ele tinha uma ligação muito forte com o meu pai. Acho que num primeiro momento ele ficou um pouco sem acreditar no que estava acontecendo, depois, quando caiu a ficha, foi um pouco difícil, mas está direitinho. Melhorou bastante.
Dois anos atrás, Isabela havia detalhado ao R7 o estado de saúde do irmão e agora, contou como ele está.
— Como os anos vão passando, ele vai envelhencedo também, acontece um pouco de uma regressãozinha aqui e ali, mas ele está basicamente igual. A gente não quis falar muito [sobre o estado de saúde do pai nos últimos tempos], procurávamos falar que o papai estava bem justamente para não abalar o psicológico dele, porque sabíamos que ia mexer com ele. No final, meu pai pediu para vê-lo e eles se viram. No entanto, esse abalo fez com que Flávio não ficasse tão bem quanto a gente esperava.
João Paulo reforçou o que Isabela disse, dizendo que Flávio está bem, apesar de ter ficado muito triste com a perda do pai.
— O Flávio agora está bem, não teve nenhuma modificação. Nem melhora nem piora. Para todos nós foi muito difícil, embora eu já esperasse, mas nunca tinha sentido [a morte] na pele. Sobre meu irmão, o que posso dizer, e o que vai acontecer, é que de acordo com a velhice, o estado de saúde vai piorando. A época dele conseguir uma melhora já foi, aconteceu quando ele tinha seus 20, 30 anos. De lá para cá, o que ele tem tido é uma dificuldade maior para andar. Ele está com 46 anos.
"Não queríamos que ele tivesse um abalo psicológico%2C porque sabíamos que ia mexer com ele"
Fora o luto, a rotina de Flávio Silvino é praticamente a mesma de dois anos atrás.
— Flávio tem uma rotina que já está estabelecida há muito tempo. Ele geralmente acorda muito cedo e dorme muito cedo também. Meu outro irmão sempre o leva para passear na praia. Desde que sofreu o acidente, não tem uma vida social tão ativa, portanto, a vida dele se resumiu a isso.
Flávio ainda luta contra os efeitos do acidente. Sua fala é limitada, assim como o andar.
— Ele fala, mas é uma coisa mais marcada. Isso não melhorou nem vai melhorar. O acidente do Flávio tem um limite de melhora. Ele conseguiu atingir o limite dele.
O acidente fez que com o ex-ator ficasse meses em estado vegetativo. Isabela disse que o imão sabe perfeitamente o que aconteceu com ele, mas que não se lembra nada, nada do acidente.
— Ele sabe, entende tudo, mas não se lembra do que aconteceu. Ele, mais do que ninguém, viveu o processo. Flávio estava dirigindo e acabou se envolvendo em uma batida. Um ônibus de turismo entrou na contramão. Era uma via de mão dupla e ele teve que desviar, e acabou batendo em um carro-forte. Eu falo para as pessoas que o mais incrível de tudo é que eu tinha cinco anos de idade e me lembro daquele dia como se fosse hoje, porque foi uma loucura, foi um trauma muito grande para gente.
Na entrevista que deu há dois anos, Isabela ainda recordou os primeiros momentos de rotina do irmão após o desastre.
— Só as coisas que a gente teve que passar, colocar o Flávio dentro de uma banheira cheia de gelo, às 5 horas da manhã, porque ele estava todo atrofiado quando ele voltou do coma. Foram fases muito difíceis para todos nós. Temos que lidar com o que aconteceu. Foi isso que aconteceu, então bola pra frente. É triste, mas o que a gente pode fazer? Graças a Deus ele está vivo. O que eu penso sempre é que poderia ter sido pior. A gente podia ter perdido ele com 20 e poucos anos, mas não, ele está aí, vivíssimo!