Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Entrar
R7 Entretenimento – Música, famosos, TV, cinema, séries e mais
‌

Ícone dos anos 80, ator que interpretou Bozo revela que apresentava programa infantil sob efeito de cocaína

Marcos Pajé contou ao R7 que pensou em suicídio por não acreditar na sua recuperação

Famosos e TV|Do R7

Publicidade
O ator Marcos Pajé, que interpretou o Palhaço Bozo entre os anos 1983 e 1986, voltou a falar sobre o período em que apresentava o programa infantil sob efeito de cocaína, como fez em uma entrevista ao Câmera Record. Usuário de drogas como álcool e maconha, Pajé acabou perdendo o emprego e o salário de R$ 20 mil, além da mulher, e passou a usar crack. Em entrevista ao R7, ele contou que fumava 30 pedras da droga por dia na tentativa de se matar Acesse o R7 Play e assista à programação da Record quando quiser
Quando foi apresentado às drogas pela primeira vez?  — Foi na adolescência. Eu tinha uns 14, 15 anos. Comecei a fumar maconha com uma turminha do colégio. Cabulávamos aula e íamos para um bar beber. Era mais cerveja com uma pinguinha do lado. Ouvíamos muito Janis Joplin, Led Zeppelin...
Foi na TV que você conheceu a cocaína? — Foi. A droga circulava abertamente. Gostei e não parei mais, e com ela, continuava a fumar maconha e a beber. Cheirava no camarim mesmo, antes do programa começar. Mas procurava não dar bandeira. Era uma carreirinha pequena, só para dar aquele estalo. Tinha consciência de que iria estar com crianças e tinha autocontrole
Como que a droga entrava na emissora? — Fazia parte de uma "panelinha" onde consumíamos a mais pura de todas. Toda semana a gente contribuía com uma quantia em dinheiro para que uma pessoa trouxesse cocaína e uísque. Depois que todo o pessoal da produção e seguranças iam embora, nos trancávamos numa salinha específica e lá ficávamos até altas horas. Quando extrapolava um pouco, me deixavam na "geladeira"
Em 1986, você foi demitido da emissora. A demissão aconteceu por causa do uso de drogas? — Eu já estava entrando em paranoia com a cocaína. Ela também já não me bastava mais. Passei a não ter paciência para tirar fotos, vivia irritado...  Quando cheguei nesse estágio disse para mim mesmo que ia parar com tudo. Foi quando decidi não colocar mais dinheiro na tal "panelinha". Mas as pessoas que faziam parte dela diziam que eu tinha que continuar contribuindo, mesmo sem consumir. E não demorou muito para que eu fosse mandado embora
E o que aconteceu depois? — Parte do dinheiro que recebia, sempre dei para minha mãe. Ela guardou, fez um pezinho de meia e consegui me manter sem trabalhar por cinco anos. Nessa época, tinha parado totalmente com a cocaína, mas continuei com a maconha e o álcool   
E como o crack entrou na sua vida? — O crack entrou depois que eu me separei. Conheci umas pessoas do bairro onde eu morava que me oferecer. Eles diziam que dava um barato muito bom. Como a cocaína e a bebida já não faziam mais efeito em mim, experimentei. O crack realmente é a droga do pânico. Ela te dá uma sensação de que as coisas que você imagina realmente vão acontecer, você fica com medo, era um horror. E nessa, fui perdendo amigos, a família...
Na foto acima, você está mais magro... — Exatamente. Por causa do crack, cheguei a pesar 51 kg, quando meu peso normal seria 75 kg. Me internei numa clínica de reabilitação no interior de São Paulo por livre e espontânea vontade, no entanto, fui muito maltratado . Me prenderam num quarto por oito dias. Eu só comia e tomava remédio para dormir. Não aguentava mais aquilo, foi quando fugi
Como foi passar pelo período de abstinência? — Sentia muitas dores nas juntas. Nos seis, sete primeiros meses, eu chorava de dor só para andar, dar alguns passos. Tomava muito relaxante muscular para tentar aliviar as dores. E é por causa desse motivo que era muito fácil voltar para a droga, porque se consumisse, a dor passava, desaparecia
Você declarou já ter consumido 30 pedras de crack por dia. Isso é verdade? — Verdade, era uma forma de eu me matar. Pensei em suicídio, mas não tinha coragem. Não acreditava na minha recuperação. Pedia para que Deus tirasse a minha vida. Nessa época eu cheguei a ser assaltado e pedi para que o ladrão atirasse no meu peito. Assustado com a minha insistência, ele saiu correndo (risos)
Como conseguiu dar a volta por cima? — Me converti à igreja evangélica e pedi a Deus que não me deixasse ter vontade de usar drogas. Prometi a ele que ajudaria as pessoas que estava na mesma condição que a minha. A gente só consegue salvar um viciado se passou por aquilo também
E hoje, como sobrevive? — Componho músicas para os palhaços Patati Patatá e canto também nos CDs deles. É com esse dinheiro que me mantenho
O programa Bozo estreou no SBT no dia 15 de setembro de 1980 e ficou no ar até março de 1991. Além de Pajé, outros três atores se dividiram no papel do palhaço: Décio Roberto, Luiz Ricardo e Arlindo Barreto. Em 2012, a emissora relançou a atração, mas sua última transmissão foi em 2013, quando o personagem foi interpretado pelo ator Jean Santos

1 / 13

O ator Marcos Pajé, que interpretou o Palhaço Bozo entre os anos 1983 e 1986, voltou a falar sobre o período em que apresentava o programa infantil sob efeito de cocaína, como fez em uma entrevista ao Câmera Record. Usuário de drogas como álcool e maconha, Pajé acabou perdendo o emprego e o salário de R$ 20 mil, além da mulher, e passou a usar crack. Em entrevista ao R7, ele contou que fumava 30 pedras da droga por dia na tentativa de se matar Acesse o R7 Play e assista à programação da Record quando quiser
Quando foi apresentado às drogas pela primeira vez?  — Foi na adolescência. Eu tinha uns 14, 15 anos. Comecei a fumar maconha com uma turminha do colégio. Cabulávamos aula e íamos para um bar beber. Era mais cerveja com uma pinguinha do lado. Ouvíamos muito Janis Joplin, Led Zeppelin...
Foi na TV que você conheceu a cocaína? — Foi. A droga circulava abertamente. Gostei e não parei mais, e com ela, continuava a fumar maconha e a beber. Cheirava no camarim mesmo, antes do programa começar. Mas procurava não dar bandeira. Era uma carreirinha pequena, só para dar aquele estalo. Tinha consciência de que iria estar com crianças e tinha autocontrole
Como que a droga entrava na emissora? — Fazia parte de uma "panelinha" onde consumíamos a mais pura de todas. Toda semana a gente contribuía com uma quantia em dinheiro para que uma pessoa trouxesse cocaína e uísque. Depois que todo o pessoal da produção e seguranças iam embora, nos trancávamos numa salinha específica e lá ficávamos até altas horas. Quando extrapolava um pouco, me deixavam na "geladeira"
Em 1986, você foi demitido da emissora. A demissão aconteceu por causa do uso de drogas? — Eu já estava entrando em paranoia com a cocaína. Ela também já não me bastava mais. Passei a não ter paciência para tirar fotos, vivia irritado...  Quando cheguei nesse estágio disse para mim mesmo que ia parar com tudo. Foi quando decidi não colocar mais dinheiro na tal "panelinha". Mas as pessoas que faziam parte dela diziam que eu tinha que continuar contribuindo, mesmo sem consumir. E não demorou muito para que eu fosse mandado embora
E o que aconteceu depois? — Parte do dinheiro que recebia, sempre dei para minha mãe. Ela guardou, fez um pezinho de meia e consegui me manter sem trabalhar por cinco anos. Nessa época, tinha parado totalmente com a cocaína, mas continuei com a maconha e o álcool   
E como o crack entrou na sua vida? — O crack entrou depois que eu me separei. Conheci umas pessoas do bairro onde eu morava que me oferecer. Eles diziam que dava um barato muito bom. Como a cocaína e a bebida já não faziam mais efeito em mim, experimentei. O crack realmente é a droga do pânico. Ela te dá uma sensação de que as coisas que você imagina realmente vão acontecer, você fica com medo, era um horror. E nessa, fui perdendo amigos, a família...
Na foto acima, você está mais magro... — Exatamente. Por causa do crack, cheguei a pesar 51 kg, quando meu peso normal seria 75 kg. Me internei numa clínica de reabilitação no interior de São Paulo por livre e espontânea vontade, no entanto, fui muito maltratado . Me prenderam num quarto por oito dias. Eu só comia e tomava remédio para dormir. Não aguentava mais aquilo, foi quando fugi
Como foi passar pelo período de abstinência? — Sentia muitas dores nas juntas. Nos seis, sete primeiros meses, eu chorava de dor só para andar, dar alguns passos. Tomava muito relaxante muscular para tentar aliviar as dores. E é por causa desse motivo que era muito fácil voltar para a droga, porque se consumisse, a dor passava, desaparecia
Você declarou já ter consumido 30 pedras de crack por dia. Isso é verdade? — Verdade, era uma forma de eu me matar. Pensei em suicídio, mas não tinha coragem. Não acreditava na minha recuperação. Pedia para que Deus tirasse a minha vida. Nessa época eu cheguei a ser assaltado e pedi para que o ladrão atirasse no meu peito. Assustado com a minha insistência, ele saiu correndo (risos)
Como conseguiu dar a volta por cima? — Me converti à igreja evangélica e pedi a Deus que não me deixasse ter vontade de usar drogas. Prometi a ele que ajudaria as pessoas que estava na mesma condição que a minha. A gente só consegue salvar um viciado se passou por aquilo também
E hoje, como sobrevive? — Componho músicas para os palhaços Patati Patatá e canto também nos CDs deles. É com esse dinheiro que me mantenho
O programa Bozo estreou no SBT no dia 15 de setembro de 1980 e ficou no ar até março de 1991. Além de Pajé, outros três atores se dividiram no papel do palhaço: Décio Roberto, Luiz Ricardo e Arlindo Barreto. Em 2012, a emissora relançou a atração, mas sua última transmissão foi em 2013, quando o personagem foi interpretado pelo ator Jean Santos

O ator Marcos Pajé, que interpretou o Palhaço Bozo entre os anos 1983 e 1986, voltou a falar sobre o período em que apresentava o programa infantil sob efeito de cocaína, como fez em uma entrevista ao Câmera Record. Usuário de drogas como álcool e maco...

O ator Marcos Pajé, que interpretou o Palhaço Bozo entre os anos 1983 e 1986, voltou a falar sobre o período em que apresentava o programa infantil sob efeito de cocaína, como fez em uma entrevista ao Câmera Record. Usuário de drogas como álcool e maconha, Pajé acabou perdendo o emprego e o salário de R$ 20 mil, além da mulher, e passou a usar crack. Em entrevista ao R7, ele contou que fumava 30 pedras da droga por dia na tentativa de se matar Acesse o R7 Play e assista à programação da Record quando quiser

Últimas

‌

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.