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Jornalista lança livro sobre suicídio juvenil 

Cleisla Garcia quer acabar com tabus sobre o tema e ajudar pais e filhos, além de evitar que surjam novas vítimas

Famosos e TV|Camila Juliotti, do R7

Cleisla participou de uma tarde de autógrafos neste sábado (21)
Cleisla participou de uma tarde de autógrafos neste sábado (21)

Foi por um acaso que Cleisla Garcia teve contato com histórias sobre suicídio juvenil e decidiu se aprofundar no tema. O assunto, que no começo era um tabu para a jornalista, chegou até ela por meio da série de reportagens especiais, Suicídio - Alerta aos jovens, exibida no Jornal da Record em maio de 2017. 

Com acesso aos números alarmantes e casos tristes de mortes de adolescentes, Cleisla decidiu escrever o livro Sobre viver – Como jovens e adolescentes podem sair do caminho do suicídio e reencontrar a vontade de viver. 

No evento de lançamento, realizado neste sábado (21) em São Paulo, a jornalista explicou que a publicação nada mais é do que uma forma de ajudar os jovens e os pais, além de evitar que surjam novas vítimas.

— O que foi decisivo pra eu fazer a série foi quando descobri que 90% dos suicídios poderiam ser evitados se as pessoas tivessem tido no momento certo a atenção devida e o tratamento correto. Então, pensei: se 90% a cada 10 jovens morrem, 9 deles poderiam estar vivos. E aí o fato de eu também ter uma filha adolescente, que tem um uso de internet que é abusivo — por que qual jovem não está tendo? — tudo isso junto me fez começar a pensar a fazer o livro. Acho que o Sobreviver vai ter esse papel, de desmistificar o suícidio.


A jornalista espera desmistificar os tabus do suicídio
A jornalista espera desmistificar os tabus do suicídio

Durante o processo de apuração e escrita, Cleisla chegou a se perguntar se deveria mesmo investir em uma tema tão pesado e conta que sofreu preconceito por parte de algumas pessoas.

— Elas diziam pra mim: "Nossa, mas você é tão jovem, bem sucedida, feliz, por vai escrever um livro sobre suicídio?". Até que eu comecei a ter uma resposta chavão: estou falando sobre suicídio porque pra mim não há nada mais importante na vida do que a vida. Então, se eu puder auxiliar, eu vou escrever um livro sobre suicídio.


O papel da jornalista na publicação foi conduzir, com uma linguagem mais simples, as informações dos especialistas e reunir depoimentos de pessoas que enfrentaram situações semelhantes fazendo com que os pais possam detectar sinais de perigo e/ou transtornos que façam com que os filhos cheguem às vias de fato.

Público juvenil cresceu


Quando começou a ter contato com os jovens que tinham sido vítimas de jogos virtuais, como, por exemplo, o da Baleia Azul, Cleisla percebeu uma vontade nos adolescentes em falar sobre o assunto e também ter mais informações a respeito. Prova disso foi a mudança das pessoas que acompanham seu trabalho.

— O meu público alvo em rede social, que nem é tanta gente assim, era de 25 a 35 anos. Quando comecei a falar sobre o tema, esse público de 15 a 21 anos triplicou. E agora estão surgindo crianças de 13 anos. As pessoas estão com esse assunto entalado porque os jovens estão sentindo essa solidão.

O livro a princípio era apenas para adultos, porém foi liberado também para os jovens. O dinheiro arrecadado com o livro será doado para instituições envolvidas na prevenção do suícidio. 

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