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Lô Borges: o que é intoxicação medicamentosa, que levou cantor à UTI

Automedicação, interações entre remédios e sensibilidade individual estão entre as principais causas do quadro

Famosos e TV|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A morte do cantor Lô Borges, aos 73 anos, ocorreu devido a uma intoxicação medicamentosa e falência múltipla de órgãos.
  • O uso incorreto de medicamentos e automedicação são as principais causas de intoxicações no Brasil.
  • Pessoas com condições especiais, como idosos e pacientes em tratamento psiquiátrico, estão em maior risco de reações adversas.
  • Os sintomas de intoxicação podem variar e o atendimento médico imediato é crucial para evitar complicações graves.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lô Borges morreu aos 73 anos, em Belo Horizonte Reprodução/Instagram/loborgesoficial

O cantor e compositor Lô Borges, um dos nomes centrais do movimento Clube da Esquina, morreu na noite de domingo (2), em Belo Horizonte, em decorrência de falência múltipla de órgãos provocada por uma intoxicação medicamentosa. O artista, internado desde meados de outubro, havia passado por traqueostomia e necessitava de ventilação mecânica na UTI do Hospital Unimed.

A morte do artista, aos 73 anos, reacende o alerta sobre um problema crescente no país: o uso incorreto e a interação entre medicamentos, que podem gerar efeitos tóxicos graves e até fatais.


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De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil. Em muitos casos, o quadro decorre de automedicação, erro de prescrição ou ingestão de doses acima do recomendado. Estudos indicam que 85% das intoxicações registradas em São Paulo na última década ocorreram dentro de casa.


A intoxicação medicamentosa acontece quando uma substância utilizada com fins terapêuticos passa a provocar efeitos tóxicos no organismo. Segundo especialistas, qualquer medicamento pode causar intoxicação e o perigo está na forma de uso.


Entre os grupos de maior risco estão idosos, pessoas com doenças renais ou hepáticas e pacientes em tratamento psiquiátrico, todos mais propensos a interações perigosas entre remédios. Por isso, toda medicação tem que ser utilizada com orientação médica. O mau uso de remédios pode levar a lesões graves, como úlceras e sangramentos.


A chamada interação medicamentosa ocorre quando dois ou mais fármacos alteram os efeitos uns dos outros, seja reduzindo a eficácia, seja potencializando reações tóxicas. O álcool, por exemplo, interfere na metabolização de vários medicamentos.

Os sintomas de uma intoxicação podem surgir de forma imediata ou demorar dias para aparecer. Entre os sinais mais comuns estão sudorese, tontura, diarreia, vômito, fala arrastada, convulsões e alteração da respiração. Em casos graves, pode haver falência renal, respiratória ou cardíaca.

A orientação médica é buscar atendimento de urgência assim que houver suspeita de intoxicação. Profissionais de saúde recomendam jamais provocar o vômito nem tentar soluções caseiras. A identificação dos medicamentos ingeridos, como frascos, cartelas e receitas, ajuda no diagnóstico e na escolha do tratamento.

O tratamento varia conforme a substância envolvida e a gravidade do quadro. Pode incluir antídotos específicos, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), e suporte clínico intensivo. Em situações críticas, como depressão respiratória, é necessária a intubação ou traqueostomia, procedimento pelo qual passou o cantor mineiro.

Remédios que atuam no sistema nervoso central, como benzodiazepínicos e antidepressivos, estão entre os mais perigosos. Já o uso excessivo de analgésicos e anti-inflamatórios, como o paracetamol, pode causar hepatite medicamentosa e falência hepática.

Apesar de as alergias a medicamentos também poderem causar reações graves, especialistas diferenciam os dois quadros: enquanto a alergia é uma resposta imunológica, a intoxicação resulta de um efeito tóxico direto da substância no corpo.

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