Luísa Sonza fala sobre acusação de racismo: 'Quero tentar ser melhor'
A cantora quer pedir 'uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido' da requerente
Famosos e TV|Do R7
Luísa Sonza usou as redes sociais, na noite desta segunda-feira (19), para se pronunciar sobre o processo de racismo ao qual está respondendo. A advogada Isabel Macedo abriu uma ação judicial contra a cantora após a artista pedir um copo de água a ela em uma festa enquanto ela celebrava seu aniversário, acreditando que ela trabalhasse no local.
O caso teria acontecido em setembro de 2018, mas foi registrado judicialmente em 2020. A história se voltou à tona na semana passada, após uma audiência que estava marcada ter sido suspensa.
Ainda em 2020, a defesa de Luísa classificaram a acusação como "mentirosa" e "oportunista".
Em entrevista ao site Notícia Pretas, Isabel disse que apenas deseja Justiça. “Eu acionei o judiciário para que ela pague pelo que fez e entenda que isso não pode se repetir. A minha intenção com a ação é que isso tenha um caráter pedagógico, embora não tenhamos obrigação alguma de ensinar nada ao branco. Minha intenção com essa ação é que ela aprenda. Não quero e nem vou me expor na mídia, pois sei que o sistema racista, muitas vezes, coloca a vítima no lugar de culpada e oportunista, e isso também é uma atitude racista. Racismo não é vitimismo, é crime.”
Em nota, publicada em seu Twitter, nesta segunda, Luísa explicou que o processo é por danos morais e que quer usar este momento para aprender mais sobre questões raciais.
Leia na íntegra:
"Estou acompanhando tudo e meu silêncio nesses dias não é porque não queira falar sobre o assunto, mas porque eu precisava desse tempo para refletir, conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não.
Quero agradecer a vocês que, com razão, me cobraram, e dizer o quanto tudo isso foi importante para mim. Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar. E entendi que precisa ser sempre assim.
Me dei conta de que todos, até mesmo pessoas como eu, que se reconhecem como aliadas às questões sociais, precisam sempre estudar mais e buscar por mais conhecimento e ainda mais empatia. Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas às vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não. Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela Autora.
Eu não tenho medo de colocar os meus privilégios, que reconheço que tenho, à disposição para chamar atenção para essas questões sociais e tentar diminuir qualquer tipo de discriminação.
Por fim, quero esclarecer que esse caso veio a público em 2020, quando foi aberto, e é um processo de danos morais - não estou respondendo por processo criminal, como foi divulgado, e não há nenhum outro em andamento."