Luiza Ambiel diz que não vai ao velório do Zé Bonitinho: "Quero ficar com a imagem da gente dando risada"
Atriz prefere guardar as boas lembranças que teve com ele
Famosos e TV|Juliana Zorzato, do R7

Luiza Ambiel conheceu e trabalhou com Jorge Loredo, O Zé Bonitinho, a quem deve momentos de conhecimento profissional e pessoal. "Foi muito ruim" receber a notícia da morte dele. Ele não estava preparado para morrer, ele disse que ainda queria aprender a falar japonês e fazer outra faculdade.
O ator morreu hoje, quinta-feira (26), aos 89 anos, no Rio de Janeiro. Conhecido como o irresistível Zé Bonitinho, Loredo marcou gerações e fez parte do alto escalão do humor brasileiro. Contemporâneo de Chico Anísio, Grande Otelo e Ronald Golias, o ator exerceu o ofício de advogado antes de ganhar os palcos e as telonas.
Emocionada, a atriz contou, em entrevista ao R7, que trabalhar com ele era "um aprendizado". Quando voltou para A Praça É Nossa para trabalhar com ele, Luiza estava com muitos vícios do teatro. E, em vez dele pedir outra pessoa, "ele me ensinou". "Ele tinha muita paciência, me tratava como uma filha".
A longevidade vinha da família, mas também da alegria de viver de Jorge. "Ele tinha uma alegria de viver e me ensinou muita coisa, e o que eu aprendia com ele, eu passava para os outros".
Na última gravação juntos, em 2013, Luiza contou que Jorge já estava magrinho, sem fôlego, mas que na hora que as luzes acendiam, "ele dominava o palco". A atriz define a história de Jorge como muito bonita. "As pessoas me diziam que ele estava mal, mas eu não queria acreditar".
Para ela, o ator tinha uma capacidade incrível de ser humilde fora do palco. "O Jorge passava perto das pessoas e elas, às vezes, nem percebiam que era ele. Mas quando ele entrava para gravar, ele virava um monstro".
A atriz que contracenou várias vezes com Jorge, diz que vai sentir falta de muita coisa. "Vai sentir falta da companhia, da energia, da alegria. Ele sempre dizia: eu não sou bonito, eu sou sensual". Pelas boas lembranças que têm, Luiza decidiu não ir ao velório.
— Eu não vou ao velório. Quero ficar com a imagem da gente passando a cena e dando risada. É essa imagem que eu quero dele. A alegria, a risada, as piadas. É assim que eu quero me lembrar dele.
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