O que é esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença do ator Eric Dane, de ‘Greys Anatomy’
Dane ficou conhecido pelo papel como o cirurgião plástico Dr. Mark Sloan na série de sucesso
Famosos e TV|Do R7

O ator norte-americano Eric Dane, conhecido por papéis nas séries “Grey’s Anatomy” e “Euphoria”, revelou nesta semana que foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA). Aos 52 anos, Dane afirmou à revista People que está contando com o apoio da família para lidar com o diagnóstico.
“Sou grato por ter minha família amorosa ao meu lado enquanto enfrentamos este novo capítulo”, declarou.
A ELA é uma doença neurodegenerativa rara que afeta os neurônios motores — células responsáveis por controlar os movimentos dos músculos. À medida que esses neurônios morrem, o corpo perde gradualmente a capacidade de se mover.
Leia mais:
Com o tempo, a condição leva à paralisia e, em estágios avançados, pode comprometer a respiração. Foi o diagnóstico que tornou conhecido mundialmente o físico britânico Stephen Hawking.
O nome da doença ajuda a entender seu funcionamento: “esclerose” refere-se ao endurecimento muscular; “lateral”, ao fato de que os sintomas geralmente começam em um dos lados do corpo; e “amiotrófica”, à atrofia muscular progressiva.
Quais são os sintomas?
Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sinais da doença incluem fraqueza muscular, espasmos e dificuldades para falar, engolir ou respirar.
Outros sintomas são cãibras, reflexos exagerados, voz rouca, dificuldades de dicção e até a chamada “cabeça caída”, quando o pescoço perde a força para se manter ereto.
Embora a ELA possa surgir em pessoas mais jovens, costuma se manifestar após os 50 anos, sendo mais comum entre os 55 e 75. A maioria dos casos ocorre de forma esporádica, sem causa aparente. Porém, em cerca de 10% dos pacientes, há um componente genético identificado.
Além da hereditariedade, pesquisadores investigam possíveis ligações da doença com desequilíbrios químicos no cérebro, como altos níveis de glutamato (substância tóxica em excesso para os neurônios), falhas no processamento de proteínas e reações autoimunes.
Como funciona o diagnóstico?
Diagnosticar a ELA pode levar tempo. Em média, o processo demora cerca de 11 meses e envolve exames físicos, avaliações neurológicas e testes específicos para detectar alterações na condução nervosa e na atividade muscular.
Ainda não há cura para a doença. No entanto, há medicamentos que ajudam a desacelerar sua progressão e prolongar a expectativa de vida.
O tratamento inclui também fisioterapia motora e respiratória, além de acompanhamento com fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais. O foco é manter ao máximo a qualidade de vida do paciente.
A esclerose lateral amiotrófica afeta aproximadamente uma em cada 50 mil pessoas por ano, conforme dados do governo federal. Em casos com histórico familiar, o ideal é que o acompanhamento médico comece cedo, mesmo na ausência de sintomas.
As informações sobre a esclerose lateral amiotrófica foram retiradas do site do Ministério da Saúde do Brasil e da Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABrELA).
Para saber tudo do mundo dos famosos, siga o canal de entretenimento do R7, o portal de notícias d a Record, no WhatsApp