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Paulo Vieira relembra época em que vendia salgados para ajudar família

De infância humilde, humorista descreve as noites que dormia em meio às baratas e o esforça para livrar a mãe da Síndrome do Pânico

Famosos e TV|Aurora Aguiar, do R7

O humorista em seu espetáculo solo: "Juntei Tudo Pra Te Contar"
O humorista em seu espetáculo solo: "Juntei Tudo Pra Te Contar"

Paulo Vieira não era um rosto conhecido antes de integrar o elenco do Programa do Porchat, da RecordTV. Nascido em Trindade, no interior de Goiás, logo se mudou para Palmas, no Tocantins, e lá, apenas aos olhos de quem não o conhecia, teve uma vida bastante dura.

“Ficamos numa casa que tinha tanta, mas tanta barata, que na hora de dormir, eu, minha mãe e meu irmão, a gente se enrolava no lençol para desligar a luz e começava a morrer de rir quando elas começavam a andar sobre a gente”, relembrou o humorista. “E isso não era uma tristeza, porque fazíamos graça disso. A gente dublava os sons das baratas como se fossem mísseis da 2ª Guerra Mundial”, ele acrescentou aos risos.

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Humorista com familiares navegando pelo Rio Tocantis
Humorista com familiares navegando pelo Rio Tocantis

Aos 9 anos, Vieira disse entender a nobreza da comédia quando a mãe dele foi diagnosticada com síndrome do pânico. Querendo ou não, naquele momento, o humorista foi o “homem da família”. O pai dele precisou se ausentar da cidade para fazer uma cirurgia e o irmão tinha apenas 3 anos.


O humorista contou que em razão da doença, a mãe dele chegou a pesar 32 quilos. Ele se lembra de um dia ter visto a mãe nua e poder contar os ossos do corpo dela. “Dava para ver o coração dela batendo, o órgão batia e levantava a pele”. Por não ter dinheiro para comprar os remédios necessários, procurou controlar a ansiedade dela fazendo piadas. Criou personagens, passou a imitar conhecidos da família, escreveu textos, tudo para distrair a mãe da doença. E deu certo. Aos poucos, Conceição Vieira da Silva foi se livrando da síndrome.

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Paulo diz que sempre soube que a comédia seria seu ganha pão
Paulo diz que sempre soube que a comédia seria seu ganha pão

Aos 12, Paulo já levava “vida de gente grande”. Acordava às três e meia da manhã para ajudar Dona Conceição a fritar salgados. “Às sete eu já colocava tudo numa caixa e saia para vender. Tinha também pão de queijo, bolo de mandioca e suco. Vendia tudo, tinha um bom papo, as pessoas gostavam de mim”. Perto do meio-dia, o humorista voltava para casa, tomava banho e seguia para a escola. De lá, emendava aulas de teatro e ainda sobrava tempo para cantar à noite em bares.

Paulo disse que nunca teve dúvida de que a comédia seria seu ganha pão. Na infância foi um garoto desinibido, na adolescência, desembaraçado e hoje, aos 25 anos, se mostra bastante à vontade ao interagir com os convidados de Fábio Porchat na televisão. Sua amizade com o apresentador começou em 2007, quando ele produziu um espetáculo do Porchat em Palmas. Foi Porchat quem o incentivou a investir no stand up comedy.


Paulo e Porchat: uma parceira que deu certo
Paulo e Porchat: uma parceira que deu certo

Em 2012, foi convidado por Porchat a participar do Porta dos Fundos. No ano seguinte venceu o Prêmio Multishow de Comédia. Dois anos depois, o humorista também conquistou destaque do ano no Grande Prêmio Risadaria de Humor Brasileiro. “O Fábio é uma das pessoas mais generosas que eu já conheci na vida. E o bacana é que ele tem tanta certeza de quem ele é, que ele não tem medo de que novos talentos, por exemplo, possam chamar mais atenção que ele. Essa guinada na minha carreira eu devo muito a ele”.

Em paralelo ao programa, Paulo pode ser visto até o dia 5 de agosto no Risadaria. Em setembro, ela vai para o Rio de Janeiro com o espetáculo solo Juntei Tudo Pra Te Contar. Paulo também está se preparando para um grande projeto a ser lançado em 2019. Por questões contratuais, ele ainda não pode adintar muita coisa, apenas revelou que será um musical em que vai precisar de bastante condicionamento físico para o personagem.

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