Quem era Gustavin Miranda, o caminhoneiro influencer que morreu em acidente
Mineiro de 24 anos ficou conhecido por mostrar a rotina nas estradas com autenticidade, fé e amor pela família
Famosos e TV|Do R7
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O caminhoneiro e influenciador digital Gustavo Miranda, mais conhecido como Gustavin Miranda nas redes sociais, morreu na madrugada de sábado (8). O caminhão que ele conduzia caiu em uma ribanceira na BR-381, em João Monlevade (MG).
Com 24 anos, ele contava com mais de 230 mil seguidores no Instagram e se transformou em uma das vozes mais admiradas entre os caminhoneiros brasileiros, reconhecido por integrar fé, trabalho e simplicidade em suas publicações.
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Natural de Patos de Minas, Gustavo começou a a mostrar sua rotina nas estradas em 2016, quando ainda era adolescente. Com o passar do tempo, sua presença nas redes sociais aumentou, impulsionada por vídeos autênticos sobre a vida de caminhoneiro, rotina das viagens e momentos de reflexão. Ele apresentava o que chamava de “beleza da estrada” sem qualquer ostentação, enfatizando a importância da fé e do esforço diário.
Gustavin se destacava de outros influenciadores por sua autenticidade. Exibia a cabine da carreta laranja que conduzia, os amanheceres nas estradas e os encontros com outros motoristas, sempre com bom humor e gratidão. Suas mensagens, geralmente acompanhadas de orações, transmitiam um sentimento de esperança diante das adversidades enfrentadas por quem vive na boleia de um caminhão.
Sua identidade era fortemente marcada pela religiosidade. Um de seus posts mais recentes, compartilhado poucas horas antes do acidente, continha a frase “Deus ilumine nosso caminho!! Boooom dia com Jesus!!”. Mesmo diante das dificuldades, a saudação se tornou um símbolo de sua visão otimista de vida.
Vida marcada por tragédia
Gustavo também carregava no para-brisa da carreta o nome “Keila”, homenagem à mãe, Keila Cristina Miranda, assassinada em 2022. Desde a tragédia, ele assumiu o papel de responsável pelos dois irmãos mais novos, de 16 e 7 anos. Entre uma viagem e outra, conciliava o trabalho nas estradas com o cuidado e a presença constante na vida dos meninos.
As lembranças da mãe apareciam frequentemente nas redes. Em uma das últimas viagens, o jovem escreveu o nome dela na areia, junto à mensagem “Te amo”. Para seus seguidores, esse gesto mostrava o quanto Gustavo transformava a dor em amor, mantendo viva a memória de quem o inspirou a seguir em frente.
A carreta laranja, carregada de simbolismo, virou uma extensão de sua personalidade. Além de ser o meio de sustento, era cenário das histórias que compartilhava com o público , em uma mistura de estrada, música sertaneja, mensagens de fé e pequenos momentos de alegria.
Amigos e colegas de profissão descrevem Gustavin como um exemplo de humildade e solidariedade. Muitos relatam que ele usava o alcance nas redes para incentivar outros caminhoneiros, divulgar campanhas e valorizar a categoria. Seu jeito simples e verdadeiro o transformou em um símbolo de respeito e união dentro da comunidade.
