Silvia Poppovic diz buscar forças na filha após morte do marido: 'Muito nova para ser órfã de pai e mãe'

Silvia Poppovic participou de O Programa de Todos os Programas desta terça-feira (9). Fora das telinhas, a artista comentou sobre o trabalho nas redes sociais. Silvia tem o celular como principal ferramenta de trabalho e disse que passa 10 horas por dia no aparelho.

"Eu trabalho sem parar, além das postagens, eu respondo pras pessoas. O meu engajamento é muito acima da média, as pessoas comentam, falam, eu interajo com meu público e eles gostam disso", contou Silvia, que fica online até nos fins de semana. 

"O Marcelo (marido) queria me matar: 'Pelo amor de Deus! Vou jogar isso da privada'. Eu pedia para ele tirar uma foto minha e dava 20 mil, 25 mil curtidas, porque o público tem interesse em ver o que você fez no fim de semana, quando está mais a vontade", completou.

Retorno às telinhas?

Questionada sobre voltar à televisão, a artista disse que só aceitaria se fosse um programa com um formato por temporadas.

"Estou numa fase da vida que escolho o que quero fazer. Faria um programa gravado, com começo, meio e fim, que você faz durante muito tempo, depois descansa e volta, porque eu adoro televisão. Mas [programa] diário, empurrar o piano, como fiz a vida inteira, levantando a audiência... Fiz isso por décadas. Não é que eu tenha medo, mas não é o que eu gostaria de fazer hoje", justificou.

'Palmirinha era um doce'

Durante o bate-papo, Silvia também relembrou de quando descobriu Palmirinha na plateia do programa que comandava e da boa relação com a culinarista, que morreu aos 91 anos no último domingo (7). 

"Ela era um doce, sempre foi muito grata e todo mundo tinha condescendência por ela, porque ela tinha amor pelo que fazia, era comida fácil, do brasileiro, do dia a dia, só dava uma incrementada. Ela uma vovó, um amor. Eu fico emocionada, porque foi uma troca nossa."

Luto pela morte do marido

O marido da artista, Marcello Bronstein, morreu aos 78 anos, quatro meses após um transplante de medula óssea da filha, Ana Poppovic, de 23 anos. Ele lutava contra uma leucemia desde setembro de 2021. Silvia disse que está passando "por um processo de grande aprendizado de viver o luto" e encontrou forças na filha para se reerguer.

"Faz cinco meses, é muito recente ainda, mas eu fiz uma reflexão a esse respeito, a gente conversava sobre isso, sobre vida e morte. Eu fiz tudo que eu podia por ele, fico muito tranquila, porque me dediquei e teria feito isso 100 vezes de novo", começou. 

"Eu passei um mês terrível, em dezembro, perdi o chão, fiquei muito triste. Mas tenho uma filha muito jovem — 23 anos —, meu compromisso tem de ser com a vida e não com melancolia. A Ana é muito jovem, primeiro pra ser órfã, e segundo, ser órfã de pai e mãe ao mesmo tempo. Se eu morrer com a melancolia... Não dá pra fazer isso com ela. Eu quis tanto ser mãe, não podia ser um peso pra ela, me tornar uma pessoa depressiva", refletiu.

"Não estou bem o tempo todo, tem dias que acordo muito derrubada, mas não me deixo derrubar e o trabalho me ajuda muito nisso. Tenho que me arrumar, me vestir, gravar... Faço isso por mim, pela Ana e por ele. Era um pacto que a gente tinha, viver a vida integralmente o quanto puder. E tento honrar a memória dele da melhor forma possível", finalizou.

Assista à entrevista na íntegra