Gkay explica porque a Farofa não é aberta ao público
Reprodução/InstagramVocê já deve ter ouvido falar em universo paralelo. Pelas teorias da física quântica, existem outros mundos além deste em que tocamos nossas vidas normais. Um deles está em curso, começou nesta segunda (5) e vai até quarta (7): o aniversário da influenciadora Géssica Kayene, conhecida por estudiosos do metaverso pelo codinome de Gkay.
A Farofa da Gkay é um evento estelar que acontece em catacumbas luxuosas e acolhe exclusivamente seres em constante mutação – entre os quais se destacam influenciadores digitais, subcelebridades e gente famosa de quem nunca ouvimos falar.
O acontecimento não interfere nos nossos boletos ou no preço da cesta básica, mas recebe uma estrondosa cobertura da mídia preocupada em emprestar algum valor ao que há de mais fútil e miserável nas existências alheias. É um fenômeno a ser estudado pelas futuras gerações de cientistas desocupados.
A edição deste ano ocorre numa fenda espacial localizada em um hotel cinco estrelas de Fortaleza (CE), cujos 40 mil m2 foram fechados (ao custo de R$ 3 milhões) para receber apenas os convidados da aniversariante – que ficou milionária expondo sua vida e a de outros voluntários como se não houvesse amanhã ou ontem, passado ou futuro.
A própria Gkay declarou ter investido R$ 8 milhões na festa, que inclusive será transmitida por streaming, ao vivo. Os interessados em saber como vivem e se reproduzem essas criaturas só não terão acesso ao dark room (quarto escuro), em que os convidados poderão praticar em conjunto tudo que bem entenderem, já que por lá não há muito com o que se ocupar.
Influenciadores que não foram convidados para o experimento antropológico se sentiram desprestigiados, magoados, ofendidos, tristinhos. Paciência. Nem todo mundo neste planeta tem a importância de Pablo Vittar, Ivete Sangalo e Anitta, os únicos das centenas de participantes que eu, na minha ignorância, conheço. Não estou preparado para essa realidade paralela.