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Festival de Brasília tem sensualidade e melancolia

Cenas arrastadas e silenciosas marcaram os filmes exibidos no Cine Brasília

Entretenimento|Miguel Arcanjo Prado, enviado especial do R7 a Brasília

Cena do filme Ventos de Agosto, exibido no Festival de Brasília: Dandara de Morais e Geová Manoel dos Santos
Cena do filme Ventos de Agosto, exibido no Festival de Brasília: Dandara de Morais e Geová Manoel dos Santos
O cineasta pernambucano Gabriel Mascaro, diretor do filme Ventos de Agosto
O cineasta pernambucano Gabriel Mascaro, diretor do filme Ventos de Agosto

A noite de domingo (21) foi de silêncios, sensualidade e melancolia no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Talvez a chegada da primavera tenha influenciado, mas fato é que os filmes exibidos no domingão no Cine Brasília abusaram da calma em cenas que se arrastaram em nome da poesia e de um outro tempo no cinema, mais lento do que o frenesi ao qual os moradores de metrópoles estão viciados.

E não faltou uma boa dose pernambucana de sensualidade, é claro.

Solidão, que nada


O primeiro filme da noite foi o curta B-Flat, de Mariana Youssef, de São Paulo. O filme, gravado na Índia, é um retrato do desalento de um indiano que migrou para Nova York e precisa voltar às pressas para seu país com uma caixa nas mãos. “Resolvemos ir para a Índia, um dos países mais populosos do mundo, para contar uma história de solidão”, conta a diretora.

Haja luz


Já o segundo curta da noite foi Luz, do carioca Gabriel Medeiros. É um retrato de uma comunidade fluminense que ainda vive sem energia elétrica. Estima-se que 10 mil pessoas em 2014 ainda não tenham acesso ao bem no Estado do Rio de Janeiro. O curta é um retrato poético desta realidade. “A gente sempre quis estrear no Festival de Brasília. Luz foi um filme que me deu muito aprendizado junto com a melhor equipe do mundo”, declara Medeiros.

Amor e tempestade


Por fim foi a vez do filme pernambucano Ventos de Agosto, de Gabriel Mascaro, impor seu ritmo lento cheio de silêncio e sensualidade à plateia, para mostrar o cotidiano pacato, mas nem por isso sem libido, de uma comunidade de pescadores no Nordeste.

O filme abusa de cenas de amor de um jovem casal em cima de um caminhão repleto de coco. Também são lindas as cenas do mar e da tempestade.

“Esta é a primeira vez que reencontro a equipe do filme e é a primeira vez que todos vemos juntos o filme. Tinha mesmo de ser no Festival de Brasília”, afirma Mascaro.

Reta final

Na noite desta segunda, também no Cine Brasília, serão exibidos os últimos filmes da mostra competitiva: os curtas Estátua!, de Gabriela Amaral Almeida, e La Llamada, de Gustavo Vinagre, ambos de São Paulo; e o longa Ela Volta na Quinta, do mineiro André Novais.

Nesta terça (23) serão conhecidos os vencedores do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com a entrega do tradicional troféu Candango. 

*O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

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