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Grupo de meninas que organizou boicote ao Villa Mix quer ampliar debate contra discriminação 

Com 15 mil seguidores, movimento levou à investigação da blada pelo Ministério Público

|Do R7

Conduta do Villa Mix é alvo de investigação do Ministério Público, após criação de página com denúncias de descriminação no Facebook
Conduta do Villa Mix é alvo de investigação do Ministério Público, após criação de página com denúncias de descriminação no Facebook

Elas são brancas, magras, de classe média e estão, a princípio, livres do preconceito e da discriminação, Mas, mesmo assim, foi um grupo com essas características que criou a página no Facebook "Boicote ao Villa Mix", que já soma 15 mil seguidores e serviu de base para que o Ministério Público de São Paulo instaurasse um procedimento de investigação para apurar casos de segregação que estariam ocorrendo na balada sertaneja. 

Stephanie Calazans, uma das moderadoras da página, relata que em 2014 vivenciou uma situação no Villa Mix que gerou sua indignação. 

— Fomos em três amigas, a gente tinha nome na lista, estávamos na fila de pagante e, quando a gente foi entrar, duas passaram, e uma foi barrada, exatamente a que fazia aniversário. Mostramos o email, a hostess disse que não tinha recebido a lista e ainda pegou o RG da minha amiga, e ficou dizendo que ela estava sem documento.

Quando Stephanie perguntou o nome da funcionária, ouviu como resposta: "Meu nome é ninguém". 


O trâmite para entrar em uma balada do gênero não passa pelo simples pagou, entrou. É preciso obrigatoriamente colocar o nome na lista. Para isso, é preciso entrar no site do Villa Mix, ligar para o lugar, e pedir o email, pois o contato não é disponibilizado. Há também as disputadas listas VIP, organizadas por promoters. São eles que "colocam a galera pra dentro", sem pagar. E, em diversas conversas, a discriminação é descarada. Beleza é requisito indispensável para ser VIP. 

A Villa Mix, diante do movimento, soltou uma nota à imprensa na qual avisa estar estudando, junto aos seus advogados, a página denominada “Boicote ao Villa Mix”, criada no Facebook, com acusações consideradas caluniosas e difamatórias. Diz a nota:


— Desde de sua fundação, o Villa Mix preza pela qualidade de sua programação e conforto de seus clientes, trabalhando com nomes na lista e reservas antecipadas. Preocupada com a segurança do público, a casa não ultrapassa sua lotação máxima - o que pode gerar filas na porta e a impossibilidade de entrada de mais pessoas. Por fim, a casa afirma que é contra qualquer tipo de discriminação e não compactua, de forma alguma, com o que tem sido exposto na página mencionada. 

Diálogo com promoter da Villa Mix: "feia" não tem VIP
Diálogo com promoter da Villa Mix: "feia" não tem VIP

A casa ignora, no entanto, que os relatos de preconceito e descriminação também ocupam boa parte dos comentários de sua página oficial no Facebook. As reclamações foram tantas que motivaram o MInistério Público a investigar o caso.


Segundo a Promotora de Justiça Beatriz Helena Budin Fonseca, “essa escolha de ‘quem entra e quem não entra’ tem a função de segregar e marcar a divisão entre pessoas que, embora morem na mesma cidade, não possuem a mesma classe social, a mesma cor de pele, o mesmo peso, ou a mesma beleza considerada como ideal pela representada”.

A promotora afirma ainda que é evidente que a mencionada prática é discriminatória e fere os princípios constitucionais de igualdade e da pessoa humana. 

Para o grupo que resolveu partir para o ataque contra o preconceito do Villa Mix, isso é só o começo. As meninas colocaram a página no ar no dia 1 de agosto e estão muito satisfeitas com a iniciativa do Ministério Público. Um vídeo postadona página explica que o objetivo do grupo é motivar uma mudança de comportamento dessas baladas.

Segundo Rita Martins, outra administradora da página, elas estão coloborando com as investigações, enviando ao MP os relatos que têm recebido das vítimas. 

— A gente queria dar voz a essas vítimas, expor tudo o que acontece no Villa Mix, porque é uma prática corriqueira e ficava debaixo dos panos. Queremos ampliar para todos os lugares, é uma luta contra a discriminação, que é crime e não deveria ser tolerado. 

De acordo com o site do Ministério Público, também foi requisitado à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) a instauração de inquérito policial. Os interessados em relatar os casos de agressão podem procurar a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos pelo telefone (11) 3119-9260 ou pelo e-mail inclusaosocial@mpsp.mp.br.

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