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Influenciador Atallide fala sobre relação com as tranças: “resgataram minha ancestralidade”

Lorena|Do R7


Influenciador Atallide fala sobre relação com as tranças: “resgataram minha
Influenciador Atallide fala sobre relação com as tranças: “resgataram minha

"Já está na hora de cortar o cabelo”. Era uma das frases que o influenciador e empreendedor Atallide mais ouvia durante a sua adolescência. Ele relembrou, que durante a sua infância, não teve muito contato com os assuntos relacionados a ancestralidade e cultura negra. 

“Eu nasci no interior do Rio, e confesso que durante a minha infância/adolescência não tinha contato direto com os assuntos sobre ancestralidade, representatividade e cultura negra, era tudo muito engessado. Lembro que apenas aos 17 anos, durante o pré-vestibular, passei a debruçar nesse assunto, após um professor negro defender o sistema de cotas e passar que precisava conhecer alguns pensadores negros. Após isso, comecei a estudar mais sobre o assunto, mas ainda nessa época, tinha o costume de raspar meu cabelo semanalmente com a falsa ideia que os meus fios crespos não deixavam o meu visual bonito. Era comum ouvir que já estava na hora de cortar o cabelo, quando os fios capilares começavam a crescer”, contou. 

Ele contou que, durante a graduação em uma universidade pública, começou a aprofundar esses assuntos e passou a enxergar o mundo com outra ótica, mas reitera que demorou para criar coragem e deixar o cabelo crescer. 

“Quando cheguei na faculdade já tinha um bom letramento racial, mas com o tempo e experiência essa visão ficou mais clara, e começou a sentir vontade de resgatar a sua ancestralidade. Comecei a olhar com outros olhos e ver beleza, no que no passado as pessoas e o mundo tinham me doutrinado que era feio. Na pandemia, não consegui cortar meu cabelo e após um mês, resolvi procurar uma trancista, recordo que ela era uma angolana, e em alguns momentos fiquei muito emocionado, mas ainda tinha aquilo da aprovação das pessoas, demorei dias para publicar meu visual nas redes sociais, mas hoje não vivo sem as minhas tranças. Desde então, já fiz Nagô, box braids, dreads e outros”, disse. 

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Atallide falou sobre entender o tempo das pessoas e os perigos da autocobrança. 

“Eu sei o quanto foi bom pra mim resgatar a minha ancestralidade e, como isso, me fortaleceu, sei que não foi um processo tão fácil. Como muitas pessoas acham e sei o quão importante foi fazer tudo dentro do meu tempo, e sem autocobrança. O conselho que dou é esse, façam tudo dentro do seu tempo”, disse.

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