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Campeã mundial, Karen Jonz conta sua história no skate em novo disco: ‘Letras como mantra’

As dez faixas do álbum abordam o machismo enfrentado nas pistas, a depressão e os desafios da maternidade

Música|Laura Margutti*, do R7

Karen Jonz fala de machismo no skate, maternidade e cura da depressão em suas composições Divulgação/Pedro Pinho

Karen Jonz, skatista e musicista, lança, nesta quinta-feira (30), GUIZMO, um álbum que reflete a trajetória dela no skate e momentos de introspecção. Primeira mulher brasileira campeã mundial de skate vertical, Karen conquistou quatro títulos mundiais na modalidade e foi a responsável pelo primeiro ouro feminino do Brasil nos X Games.

Além da carreira no esporte, a skatista de 41 anos tem se destacado na música desde 2022, quando lançou o primeiro álbum, Papel de Carta. Agora, com GUIZMO, ela busca contar uma história, relembrando a infância, a adolescência e o amadurecimento na vida adulta. As faixas abordam temas pessoais, como machismo, maternidade, luto, superação da depressão e a busca pela autenticidade.

O disco, inspirado em bandas femininas dos anos 1990, conta com dez faixas, entre elas Traço Tóxico, Playlist de Velório, Meu Fôlego e Descartável. Karen afirma que, nesse trabalho, expõe questões íntimas que nunca havia abordado publicamente.

“Muitas vezes, escutava minhas letras como um mantra, como aquele conselho que você só absorve quando vem de outra pessoa, mas que, na verdade, já estava dentro de você”, diz em entrevista exclusiva ao R7.


A skatista Karen Jonz lança mais um álbum Divulgação/Pedro Pinho

Uma das músicas, E Se Eu Fosse o Inverso, fala sobre a luta dela no skate em uma época em que o esporte era majoritariamente masculino. Karen relembra os desafios que enfrentou e como a falta de visibilidade para mulheres no meio esportivo marcou a trajetória.

“Tive momentos muito difíceis no skate, de exaustão extrema e lesões, inclusive rompimento de ligamento. Já treinei com infecção urinária, sangrando, e só parava quando acertava a manobra”, completa.

*Sob supervisão de Thaís Sant’Anna

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