Músicas pop ficaram mais tristes nos últimos anos, aponta estudo
Letras negativas e simples coincidem com o aumento de depressão e ansiedade na sociedade
Música|Do R7
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As músicas pop estão mais melancólicas nos últimos anos, segundo um estudo publicado na revista Scientific Reports. Pesquisadores da Áustria analisaram as 100 canções mais ouvidas nos Estados Unidos a cada semana, de 1973 a 2023, e observaram uma tendência: os hits ficaram progressivamente mais tristes e simples.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas aplicaram técnicas de PLN (Processamento de Linguagem Natural) em mais de 20 mil canções, observando o sentimento das letras (se é positivo ou negativo), a presença de linguagem relacionada ao estresse e a complexidade lírica, ou seja, se as músicas eram mais simples ou elaboradas.
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O resultado mostrou que, ao longo de cinco décadas, a linguagem negativa e relacionada ao estresse aumentou, fazendo com que as canções ficassem mais tristes e diretas. Embora as músicas reflitam o estado emocional da sociedade, eventos sociais como a pandemia de Covid-19 ou o atentado de 11 de setembro de 2001 não contribuíram para o aumento de composições negativas.
Na verdade, o que os pesquisadores observaram é que, durante esses momentos de tensão, as pessoas parecem buscar músicas mais leves e alegres. Isso sugere que os sons funcionam como uma espécie de válvula de escape emocional coletiva, ajudando a regular o humor.
De acordo com o estudo, as letras das músicas acompanharam o aumento da depressão e da ansiedade na sociedade. Ao mesmo tempo, elas ficaram mais simples, possivelmente refletindo mudanças no uso da linguagem e nas normas sociais. Outra observação foi que, durante o governo Trump, a complexidade das letras aumentou.
“Contrariamente às nossas expectativas, essas tendências não se intensificaram após choques sociais como o 11 de setembro ou a pandemia de Covid-19; em vez disso, as tendências atenuaram-se ou não tiveram efeito mensurável. Essas descobertas provavelmente refletem mudanças nas preferências musicais, e não na produção, visto que as paradas da Billboard capturam o que os ouvintes escolheram consumir durante esses períodos”, diz um trecho do estudo.














