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Falcão completa 60 anos e se diverte: "Sou criança ainda"

Referência, cantor diz que "até Ivete Sangalo dá uma deslizada no brega"

Música|Camila Juliotti, do R7

De presente, Falcão gostaria "de ganhar na mega-sena"
De presente, Falcão gostaria "de ganhar na mega-sena"

Se chegar aos 60 anos significa entrar na terceira idade, Falcão foge a essa regra. Neste sábado (16), o cantor completa seis décadas em plena atividade e com o pique de uma criança. O “peso” da idade parece não ter atingido o Rei do Brega, que se diverte ao falar ao R7 sobre o momento.

— Me sinto como se tivesse 59, mais um (risos). Como comecei um pouco atrasado, já tinha mais de 30 anos quando comecei na carreira artística, ainda estou com esse pique inicial. Mas também porque faço um trabalho que é duradouro... é uma coisa sincera e as pessoas gostam. Até pessoas mais novas, que não eram nascidas quando eu comecei, hoje se interessam pelo meu trabalho.

As comemorações dos sessentão já começaram e, na madrugada de sexta para sábado, Falcão comemorou no palco do Teatro Jaragua, no centro de São Paulo. O cantor está rodando o país com seu show, Altamente Mais ou Menos.

"Sou daqueles que adora aniversário%2C dou valor pra isso"

(Falcão )

— Há alguns anos já passei meu aniversário cantando, é um motivo pra comemorar junto com os fãs. O pessoal da família deve fazer algo hoje (sábado) e, na segunda, vou pro Ceará. Então talvez minha mãe tenha feito um bolo pra mim. Sou daqueles que gosta de aniversário, dou valor pra isso, adoro “parabéns pra você”.


Brega para todas as idades

Com uma carreira consolidada na música, Falcão celebra o sucesso entre os mais variados públicos. Para o cantor, o “segredo” está na espontaneidade.

— O que a gente faz é uma coisa muito brasileira, uma brincadeira misturando assuntos mais sérios, como questões políticas e sociais. Acho que como é uma coisa natural, sincera, por isso o povo gosta. E embora eu tenha 60 anos, eu também me relaciono com os jovens, nas redes sociais e em outros lugares. É legal porque eles têm uma mente mais aberta e eu gosto de ensinar também. Não sou professor, mas gosto de passar ensinamentos. Me dá um nervoso saber que as pessoas leem pouco. Eu fico tentando força a barra pra que elas leiam um pouquinho.


"A gente tem de usar o que der na telha"

(Falcão )

A marca registrada do músico são as roupas coloridas e os acessórios extravagantes que, segundo ele, são uma espécie de ensinamento. Falcão explica que cada um tem de usar aquilo que se sentir bem e conta que o costume de se vestir diferente vem desde a época de estudante.

— Sempre me incomodou essa história de todo mundo fardado, usando um tipo de roupa parecida, isso não me interessa muito. A gente tem de usar o que der na telha, se quiser sair com roupas que não têm a ver, que não combinam, tem de ir mesmo. Desde pequeno eu sou assim. Tem algumas histórias da faculdade, que eu ia totalmente estranho. Não no sentido de fashion, mas de escandalizar mesmo. Eu já fui de calção de praia, bolsa de feira, essas que usam no Nordeste, de óculos, sapato com um pé de uma cor, outro de outra, o pé esquerdo em um pé, o direito no outro... (risos). O importante é ser diferente! Pegar uma tomada de luz e botar na roupa ou amarrar uma sandália pendurada no pescoço (risos).


O Rei do Brega tem uma cúmplice em suas extravagâncias: a mulher Lilian Huertas.

Detalhe para os anéis extravagantes
Detalhe para os anéis extravagantes

— Ela faz um bocado de coisa, às vezes eu acho que está muito bonitinho, aí vou lá e avacalho (risos). Tem de dar um toque, nem que seja nos acessórios. Ela também tem essa ideia de que as pessoas têm de usar o que acha melhor, mas gosta de tudo combinando. Mas tá ótimo porque ela combina e eu “descombino” (risos).

"Quando eu chego com uma roupa diferente%2C minha mãe fala%3A 'Tá ficando doido%3F'"

(Falcão )

Se o estilo ainda assusta algumas pessoas, Falcão conta que nem mesmo a família dele estranha os figurinos.

— Quando eu chego com uma roupa diferente, minha mãe fala: “Tá ficando doido?” (risos). Até hoje ela não se acostumou. Também conheço um senhor bem mais velho que eu, de uns 80 anos, que sempre que me vê, me pergunta: “Como você tem coragem de sair com essa roupa na rua?” (risos). Isso sempre causou. A Pagu (Patrícia Galvão na Semana de 22 chocou muito também. Ela tinha esse espírito que toda criança tem, mas que a gente perde. Por isso que acho que sou um cara tranquilo e bem de saúde, sou criança ainda.

De brega, todo mundo tem um pouco

Referência do ritmo brega, o músico fala dos talentos jovens que surgiram e ganharam mais destaque principalmente depois da morte de Waldick Soriano, Wando e Reginaldo Rossi.

Falcão diz que apesar dos 60 anos, adora falar com jovens
Falcão diz que apesar dos 60 anos, adora falar com jovens

— Tem um pessoal mais novo, misturando brega com pop, brega com sertanejo, principalmente no Nordeste. No Pará, no Ceará também tem bandas que tocam brega mais pop, tem uma banda que chama Os Alfazemas. Os músicos do Pedra Letícia também são muitos bons, têm um estilo de brega interessante.

Falcão avalia a música brasileira de modo geral e sentencia: “no fundo, todo mundo é brega!”.

— Se eu vestisse uma roupa igual a do Roberto Carlos, iam me confundir com ele. O que muda é só o estilo visual de cada um, porque Zezé Di Camargo e Luciano é breguíssimo, Leonardo também. Até Ivete Sangalo às vezes dá uma deslizada no brega. A música brasileira é isso mesmo, o brega está em tudo.

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