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Ficou de fora de algum show, como do RBD? Entenda por que ingressos se esgotam em poucos minutos

Especialista explica que robôs, que se passam por compradores, ajudam a sobrecarregar os sites de venda de ingressos

Música|Gabrielle Pedro, do R7


RBD vai se apresentar no Brasil em novembro deste ano
RBD vai se apresentar no Brasil em novembro deste ano

Depois de muitas críticas nas redes sociais e em sites de reclamações, a Eventim está sendo cobrada pelo Procon-SP a prestar esclarecimentos sobre os ingressos que estão sendo vendidos para os shows do RBD, que vão acontecer no Brasil em novembro. Embora o sucesso do grupo mexicano seja estrondoso no país, Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, não acredita que apenas a alta procura dos fãs justifica o rápido esgotamento dos bilhetes.

"Particularmente, não acredito que seja só excesso de busca. Já existe um mercado estabelecido de compra e revenda, ou seja, cambistas digitais, e não dá para ignorar a influência, inclusive, de robôs. Esses robôs podem ser desde simples, que simulam uma pessoa fazendo as etapas iniciais de navegação, até mais avançados, que fazem a compra de ponta a ponta. Além disso, os sites ficam sobrecarregados, o comprador, por vezes, acha que está na fila de compra, mas não está. Ou está preenchendo os dados e, de repente, cai o sistema", explica.

"Em suma, não é apenas a alta procura. Tem uma falta de preparo de quem vende e todo esse mercado estabelecido", acrescenta Igreja.

O profissional não acha que apenas divulgar quantos ingressos serão vendidos em cada lote ajude os consumidores de alguma forma na hora de fazer a compra, mas concorda que essa transparência seria benéfica para construir uma boa relação entre empresa e cliente.

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Igreja afirma que a indústria de eventos pouco evoluiu tecnologicamente nos últimos 15 anos; por isso, dá algumas dicas para as companhias, como a Eventim, solucionarem o problema.

"Um ponto importante que vale ressaltar é: existem muitas ferramentas de tecnologia que poderiam auxiliar, como blockchain e NFTs (dispositivo eletrônico criptográfico que representa algo único). Com isso, teria rastreabilidade e diminuiria o cambismo digital e também a atuação dos cambistas físicos nas portas dos estádios. Com os ingressos em NFT, é possível saber na hora quem está acessando o evento."

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Além disso, ele aconselha os consumidores a entrarem no site de compra assim que as vendas começarem. "Acessar horas antes ajuda um pouco. A pessoa pode ficar na página de compra, pois o que acontece é que, normalmente, estabelecem um horário de abertura das vendas. Só que se a pessoa estiver na página de compra um pouquinho antes do horário determinado, já começa a formar a famigerada fila virtual, por vezes, entre 10 e 15 minutos antes. Pode ajudar já estar com o login feito da conta do site, estar com os dados de pagamento preenchidos, pois tem um temporizador também para efetuar a compra", afirma.

Exigências do Procon-SP

O Procon-SP notificou a empresa Eventim Brasil São Paulo Sistemas e Serviços de Ingressos Ltda. nesta segunda-feira (30) e solicitou explicações sobre problemas registrados por consumidores que relataram problemas na aquisição de ingressos para o show do RBD.

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A empresa deverá informar se identificou a origem dos problemas descritos nas reclamações e quais medidas foram adotadas para solucioná-los até o dia 31 de janeiro.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a empresa é cobrada para prestar esclarecimentos sobre vendas de ingressos. O mesmo aconteceu no ano passado com a venda para os shows da banda Coldplay e da cantora Avril Lavigne.

Procurada pela reportagem do R7, a Eventim ainda não se pronunciou sobre o caso. O espaço permanece aberto para esclarecimentos, e a nota será atualizada caso haja manifestações. 

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