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Nem mesmo com o posto de segunda melhor estreia da música de 2022 — com o álbum Renaissance —, Beyoncé se afastou das polêmicas. Duas músicas do disco sofreram alterações após o lançamento. Uma delas, na letra, na faixa Heated. A cantora usou um termo que pode se referir a espasmos, mas que também é usado de maneira ofensiva para falar de pessoas com paralisia cerebral. Queen B admitiu o erro e alterou a canção. Porém, não é a primeira vez que isso acontece no mundo da música; relembre outros casos:
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Black Eyed Peas - Let's Get It Started
Um dos grandes sucessos do grupo não tinha esse nome quando foi criado. O nome primário da canção era Let's Get Retarded. Assim como ocorreu com Beyoncé, a banda foi acusada de usar um termo considerado ofensivo a pessoas com deficiência intelectual. A alteração mudou a letra e o flow da música, além do nome, o que deu resultados. A canção ganhou o Grammy de Melhor Gravação Rap em Duo/Grupo e foi um dos maiores hits da era Elephunk, em 2003 -
Taylor Swift - Picture To Burn
Ainda no álbum de estreia da cantora, a faixa tinha um trecho considerado preconceituoso. Atualmente, o caso é tratado com humor pelos fãs da artista, mas em sites de venda é comum ver o álbum na versão inicial -
Eminem - My Name Is
O rapper foi acusado de ter sido preconceituoso e machista, além de fazer apologia do estupro e falar sobre matar o próprio pai, em diversas passagens da famosa faixa de 1999 lançada no álbum The Slim Shady. Porém, Eminem mudou a letra para a canção tocar nas rádios e em programas de TV na época -
Taylor Swift e Brendon Urie (Pan!c At The Disco) - ME!
Diferentemente dos casos anteriores, a polêmica envolvendo o lead single do Lover foi mais leve. Na ponte da música, na versão original, tinha o verso: "Ei! Crianças, soletrar é divertido" — o que gerou inúmeras críticas do público e da mídia pela infantilização. Essa parte foi apenas removida da canção nos streamings pouco depois da repercussão. Porém, no YouTube, o clipe oficial permanece do mesmo jeito -
Lady Gaga - Do What U Want
A faixa do Artpop foi lançada oficialmente em parceria com R. Kelly, que foi condenado a mais de 30 anos de prisão por crimes sexuais. Na época do lançamento do disco, as primeiras acusações contra o músico foram reveladas pela imprensa. Apenas as primeiras tiragens do álbum têm a versão original da canção. Para contornar a polêmica, Gaga mudou a letra e chamou Christina Aguilera para fazer o dueto, além de uma performance histórica em um programa de TV -
BTS - Fake Love
Neste caso, a banda se antecipou a possíveis polêmicas. Por misturar as línguas coreana e inglesa nas canções, o grupo de k-pop teve de modificar versos da canção para fazer a promoção da faixa nos Estados Unidos. As palavras "naega", que significa "eu sou", e "niga", que se traduz "você é", foram retiradas para evitar confusão com um termo racista em inglês