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O ano de 2022 foi marcante no mundo da música, mas o aspecto que mais chama atenção é a forte conexão dos grandes hits dos últimos 365 dias com músicas do passado. Seja com inspiração direta ou com utilização de trechos, as canções que fizeram este ano ser icônico têm elo com décadas e trabalhos anteriores. Veja, a seguir, sete provas de que 2022 foi o ano mais nostálgico da música:
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Utilização de samples em quase todos os grandes hits
Grande parte das músicas que ficaram em primeiro lugar nas paradas de todo o mundo se utilizaram de trechos ou instrumentais de canções antigas. Em First Class, de Jack Harlow, por exemplo, a faixa Glamorous, de Fergie, está dissolvida em meio ao refrão. O viral About Damn Time, de Lizzo, também utilizou sample, no caso, da discoteca de 1984 chamada World's Famous Supreme Team. Assim como Super Freaky Girl, de Nicki Minaj, com Super Freak, de Rick James. Até mesmo na megaparceria entre Future, Drake e Tems em Wait for U, que tem instrumental e versos idênticos ao hit Higher -
Grandes hits brasileiros que reinventaram clássicos
Duas das músicas de maior sucesso em território nacional neste ano também têm músicas antigas como elementos primordiais da composição. Em Vermelho, de Gloria Groove, há o refrão idêntico à canção de mesmo nome lançada por Mc Daleste. Assim como no smash Dançarina, de Pedro Sampaio e Mc Pedrinho, que tem um trecho da faixa Menina Má, de Anitta -
Novas versões de hits atemporais
Não apenas com trechos dissolvidos em meio a canções novas, mas 2022 mostrou também que é possível recriar grandes clássicos da música. Bebe Rexha e David Guetta figuraram nas paradas do mundo todo com I'm Blue, que é uma releitura da música de mesmo nome lançada pelo grupo italiano Eiffel 65 em 1998. Assim como Elton John e Britney Spears juntaram várias letras de canções do inglês no hit Hold Me Closer -
Pegada retrô
Mesmo em grandes hits que não se basearam em outras músicas, o passado se fez presente. Artistas consagrados como Beyoncé, Harry Styles e Taylor Swift se inspiraram em sonoridades que foram muito populares em décadas anteriores. No Renaissance, por exemplo, a influência disco dos anos 1970 e 1980 é muito clara. Assim como o pop mais etéreo do fim da década de 80 do Harry's House. Enquanto que o Midnights tem a estética típica dos anos 1960 -
Inspirações em marcos da cultura pop
Além de tendências do passado, alguns hits de 2022 referenciaram verdadeiros marcos culturais. No caso da espanhola Rosalía, a música Saoko tem várias inspirações, na estética de anime do começo dos anos 2000 até os filmes da franquia Velozes e Furiosos no clipe. Porém, a principal homenagem fica por conta do hit Saoco, de Daddy Yankee. No clipe de Boys Don't Cry, de Anitta, há também inúmeras referências a filmes como Noiva em Fuga ou Harry Potter -
O ano dos comebacks
O ano de 2022 também foi marcado pelo retorno de grandes figuras da indústria musical à ativa depois de muito tempo. O maior exemplo é a cantora Beyoncé, que lançou um novo álbum depois de seis anos. Mesmo período de inatividade de Rihanna, que escreveu a música Lift Me Up. Engordam mais a lista nomes como Paramore, My Chemical Romance, Britney Spears, Blink-182 e Kendrick Lamar -
Músicas antigas roubando a cena nas paradas
A nostalgia deste ano também se mostrou com músicas lançadas há anos atrás disputando altas posições no charts. O melhor exemplo é Running Up That Hill, de Kate Bush, que foi lançada em 1985, e foi impulsionada pela série Stranger Things. Caso parecido ao de Bloody Mary, de Lady Gaga, que depois de 11 anos se tornou single após um viral no TikTok. Mesma coisa que Die for You, que voltou a ganhar popularidade e é a atual música de trabalho de The Weeknd, mesmo liberada há mais de seis anos
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*Estagiário do R7 com edição de texto de Camila Juliotti