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Gugu se inspirou no Menudo para criar os grupos Dominó e Polegar

Durante as décadas de 1980 e 1990, apresentador atuou também como empresário musical e descobriu novos talentos para o pop brasileiro

Música|Helder Maldonado, do R7

Polegar e Dominó em suas formações originais
Polegar e Dominó em suas formações originais

Apesar de Gugu ter se destacado principalmente como apresentador de TV, sua atuação nos bastidores gerou projetos de sucesso que marcaram época.

Com a produtora Promoart, ele se destacou no ramo do empresariamento artístico e criou duas das mais relevantes boybands da história brasileira: Dominó e Polegar.

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Inspirado no sucesso avassalador dos porto riquenhos dos Menudos, grupo que revelou para o mundo Robi Rosa e Ricky Martin, o comunicador participou de todo o processo para selecionar os integrantes dos projetos nas variadas fases que eles tiveram.


O primeiro passo rumo à estruturação da ideia aconteceu em 1984, quando Gugu Liberato, então à frente do Viva a Noite, começou a formar o Dominó.

Nos testes realizados, os participantes precisavam cumprir duas exigências: saber cantar e dançar, já que coreografia era um dos fatores do êxito das boybands.


A seleção foi realizada com muita concorrência e os escolhidos foram Affonso Nigro, Nill, Marcos Quintela e Marcelo.

Ainda em 1984, o grupo lançou um compacto pela CBS com duas versões cover: Ela Não Gosta de Mim (Standing in the Twilight, de Maywood) e Companheiro (Camarero, de Enrique del Pozo), que foi a primeira música deles a estourar nas rádios, com direito a videoclipe lançado no Fantástico, da Rede Globo.


Dominó na primeira formação: sucesso internacional
Dominó na primeira formação: sucesso internacional

O grupo fez sucesso muito rápido e em 1985 lançou o primeiro álbum completo, puxado pelo single Ainda Sou Você e a participação da Turma do Balão Mágico nas faixas Chega Mais Um Pouco e Fim de Semana.

Apesar do mercado latino estar dominado pela febre Menudos àquela altura, o Dominó resolveu concorrer com quem o inspirou. E teve êxito. No mesmo ano da estreia nacional, saiu também um disco em espanhol que possibilitou sucesso em países da América do Sul, América Latina e Caribe.

Mas o auge da carreira veio em 1987, com o terceiro LP, que trouxe o sucesso P da Vida, maior hit do Dominó na carreira. Após lançar o quarto disco, o reflexivo e maduro Álbum Preto, a banda passou a perder espaço no cenário pop e Nill resolveu sair, no fim de 1989.

Altos e baixos

Em paralelo a esse encolhimento do sucesso, o próprio Gugu passou a apostar em outro projeto musical: o Polegar. Formado em 1989, o quinteto seguia passos diferentes do Dominó. O som era mais focado em pop rock e os integrantes tocavam instrumentos em vez de dançar.

Rodrigo Faro em uma das fases da boyband
Rodrigo Faro em uma das fases da boyband

Com o sucesso deles, o Dominó perdeu cada vez mais espaço e, em 1992, foi a vez de Afonso Nigro sair. Para dar continuidade, a Promoart colocou dois novos integrantes na formação: Ítalo Coutinho e Rodrigo Faro.

Essa fase gerou um único sucesso, que foi o single Sem Compromisso, cantado por Marcelo e Mara Maravilha, namorada do cantor no período.

Em 1993, Marcos Quintela deixou o grupo e foi substituído por Fábio. No final do mesmo ano, foi a vez de Marcelo Rodrigues se despedir, o que deixou o grupo sem nenhum membro original. A formação passou a contar com Ítalo Coutinho, Rodrigo Faro, Fábio e Valmir.

Em 1995 o Dominó muda de novo: Valmir permanece no grupo após um pequeno período de pausa, até surgir mais uma formação, desta vez com os integrantes Rodrigo Phavanello, Héber Albêncio, e Ricardo Bueno (que morreu em 2017).

Última fase de sucesso da banda, no fim dos anos 90
Última fase de sucesso da banda, no fim dos anos 90

Com essa formação, eles atingiram um ligeiro sucesso com a música Põe Põe. No mesmo ano, sai Valmir e entra Cristiano Garcia. Em 1997, Ricardo Bueno deixa o grupo e entra Rodriguinho. Com essa configuração, o grupo volta a fazer sucesso com Baila, Baila Comigo.

Esse foi o último grande sucesso da banda enquanto pertencia ao escritório Promoart, de Gugu Liberato. A partir de 2003, a banda teve seus direitos cedidos a um outro empresário, que explorou a marca nos últimos 16 anos com diversas formações, porém com pouco sucesso.

Polegar

Enquanto o Dominó perdia espaço no mercado, o Polegar ocupava o lugar que antes foi do quarteto. A criação da boyband foi parecida coma a do Dominó. A Promoart realizou uma seleção entre músicos interessados em participar do projeto. Desta vez, foram escolhidos cinco integrantes: Alan Frank, Alex Gill, Ricardo Costa, Rafael Ilha e Marcelo Souza.

Polegar: sucesso estrondoso como banda de pop rock
Polegar: sucesso estrondoso como banda de pop rock

Lançados no ano de 1989, logo no primeiro álbum a banda lançou Dá Pra Mim, que proporcionou os primeiros discos de ouro e platina, com mais de quinhentas mil cópias vendidas.

Outros sucessos vieram na sequência, como Ando Falando Sozinho e Sou Como Sou

Em 1990, com o lançamento do segundo álbum, o sucesso de Ela Não Liga levou o grupo novamente ao disco de ouro e de platina, ultrapassando a marca de 250 mil cópias vendidas.

Em 1991, saiu Quero Mais II, que ficou entre as canções mais executadas no Brasil, proporcionando ao grupo novo disco de ouro e superando a vendagem de cem mil cópias.

Em três álbuns gravados, o Grupo Polegar conquistou a marca de mais de um milhão de cópias vendidas. No ano de 1994, após a saída de integrantes, o quarteto com sua primeira formação se desfez. O grupo encerrou as atividades de forma definitiva no ano de 1997. 

Retorno do Polegar em 2014 não gerou interesse
Retorno do Polegar em 2014 não gerou interesse

Em 2003, aproveitando o revival dos anos 80 que acontecia naquele momento, o Polegar retornou às atividades, com três integrantes da formação original: Alex, Alan e Ricardo (dessa vez tocando guitarra) e um novo integrante no grupo , o baterista e professor de música Fernando Kitagawa.

Em 2014, foi anunciada uma segunda reunião do grupo para a gravação de um DVD comemorativo aos 25 anos da banda, mas o projeto foi cancelado devido à falta de interesse do mercado e do público.

Outros artistas

Eliana e Adriana Colin passaram pelo Banana Split
Eliana e Adriana Colin passaram pelo Banana Split

O casting da Promoart não contou apenas com as duas boybands. Gugu apostou em outros estilos também. Passaram pela produtora músicos, duplas sertanejas e bandas adultas.

Fizeram parte do elenco de artistas contratados o cantor Marcelo Augusto e Banana Split, grupo formado por ex-misses e modelos, como Adriana Colin, Eliana e Andrea Reis.

Quando começou a apresentar o Sabadão Sertanejo, Gugu investiu na dupla Jean e Marcos, que teve sucesso tímido nos anos 90, mas se manteve na ativa por oito anos.

A empresa revelou outros nomes e atuou também na organização e produção de eventos por todo o Brasil desde 1984.

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