Izzy Gordon, a cantora que põe a alma na música, se apresenta no dia 12 em São Paulo
Cantora flerta com o rap e já arrancou elogios de Paul MacCartney e Bono Vox
Música|Juca Guimarães, do R7

Dona de uma voz lindíssima e uma carreira de 28 anos desfilando com desenvoltura por diversos estilos, a cantora Izzy Gordon se apresenta no dia 12 de março, no Itaú Cultural, e promete um novo single.
E as novidades não param por aí, nos próximos meses ela deve lancar um EP, que vai se chamar Luz, com sete faixas ecléticas e muitas participações de artistas de rap, gênero que ela considera um dos grandes expoentes da black music brasileira atual. "Esse projeto novo, com show novo é pra seguir emanando luz, elucidando, para que cada uma encontre seu caminho, suas escolhas e tenham coragem de ser quem desejem ser", disse.
Sobrinha da diva Dolores Duran, a quem homenagenou no álbum "Aos Mestres com Carinho", de 2006, Izzy Gordon já dividiu o microfone com Bono Vox, foi elogiada pelo maestro e arranjador de jazz Quincy Jones e pelo beatle Paul McCartney, ambos se encantaram com o carisma e a voz dela.
Atenta aos novos tempos, Izzy acompanha de perto a cena do rap e já dividiu o palco e gravações com o Rashid (em A Cena, do álbum A Coragem da Luz), Emicida, Rael, Fino du Rap e Rappin Hood, entre outros.
O interesse pela música eclética e de qualidade vem de berço. Izzy é filha do cantor e pianista de jazz e música caribenha Dave Gordon com Denise Duran, irmã da Dolores.
O show
A apresentação no Itaú Cultural, no domingo, está marcada para começar às 19h, os ingressos devem ser retirados gratuitamente uma hora antes. O endereço é avenida Paulista, 149, região central da cidade. O auditório tem capacidade para 254 espectadores.
Além do show no Itaú Cultural, Izzy Gordon toca também no Sesc Pompeia, dias 24 e 25 de março. Confira a entrevista exclusiva com a cantora.
R7: Quando você começou a cantar?
Izzy Gordon: Dei inicio a minha carreira em 1989, quando passei no casting do musical Emoções Baratas do diretor José Possi Neto.
R7: Quais as suas preferências musicais?
Izzy Gordon: Sou muito eclética, pois cresci ouvindo muita coisa, desde o jazz, da funk music, do soul, da música brasileira no geral e depois que meus filhos nasceram surgiu o rap que também gosto muito.
R7: Você é sobrinha da Dolores Duran. Ela é uma influência na sua carreira musical?
Izzy Gordon: Minha tia é uma grande influência na minha carreira, ela me inspira como compositora, como intérprete, além de me sentir honrada em ser sobrinha, me sinto na obrigação de dar continuidade à obra dela. Sempre que possível eu gravo algo.
R7: Você já cantou com grandes nomes da música mundial e de diversos gêneros, como você se relaciona com tanto ecletismo?
Izzy Gordon: Me relaciono muito bem com o ecletismo, até porque minha escola foi a noite, onde eu interpretava tudo. Hoje busco ser um pouco mais linear, mas isso por conta do público, mas sempre que possível vou flertar com vários estilos que me inspiram.
R7: Nos seus discos solos, quais são os ritmos que você mais gosta de cantar?
Izzy Gordon: Gosto muito de cantar tudo, mas gosto mesmo é de cantar uma "balada rasgada", romântica pois tenho a possibilidade de soltar a voz, de botar emoção, de chorar, de fazer o público chorar, de botar minha alma soul na música.
R7: Quais os seus planos para os próximos shows aqui em São Paulo? Alguma surpresa no repertório?
Izzy Gordon: Vou lançar um single agora dia 12 de março no Itau Cultural, então quero seguir mostrando meus pensamentos nas minhas músicas. Esse single em especial, da canção Luzia, trata da mulher, que representa todas as mulheres que estão no dia a dia amando e lutando pelos seus direitos. Esse projeto novo, com show novo é pra seguir emanando luz, elucidando, para que cada uma encontre seu caminho, suas escolhas e tenham coragem de ser quem desejem ser.
R7: Atualmente, qual é a cara da black music brasileira?
Izzy Gordon: Hoje vejo a música preta brasileira no rap, vejo em artístas como Rael, Liniker, na rainha Elza.
R7: Você também é uma das artistas consagradas que vêm se aproximando da linguagem do hip-hop, assim como fez o Chico Buarque com o Criolo, como é que você descobriu o rap e qual a sua relação com o gênero?
Izzy Gordon: Descobri o rap ouvindo com meus filhos em casa. Meu primeiro contato com o rap foi a convite do Pivete [ex-Pavilhão 9, grupo de rap dos anos 90 do Grajaú], gravei algumas faixas no cd dele em 1997. Depois disso outros convites vieram e considero o rap muito importante para o diálogo com uma geração, para fazer pensar, para o desejo de mudança das pessoas.
R7: Você está preparando um novo álbum? Quando deve ser lançado?
Izzy Gordon: estou preparando um EP com sete faixas, que terei participações de artístas do rap e e pretendo lançar ainda nesse semestre.
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