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Lady Gaga faz 33 anos com sucesso no cinema e fortuna de R$ 1 bilhão

Cantora recuperou o prestígio como cantora em trilha de Nasce Uma Estrela, que a projetou como atriz elogiada em Hollywood

Música|Helder Maldonado, do R7

Lady Gaga: de The Fame a Nasce Uma Estrela
Lady Gaga: de The Fame a Nasce Uma Estrela

Quando surgiu com o disco The Fame, em 2009, Lady Gaga parecia se encaixar, como nenhuma outra cantora pop havia conseguido antes, no papel de substituta natural de Madonna.

Pelo menos era assim que ela era apontada pelos críticos e era isso que se esperava dela àquela altura. Atributos para ocupar o posto de rainha do pop nos anos 2000, com a mesma realeza que Madonna, ela tinha.

Não era apenas uma cantora, mas também realizava shows performáticos, se preocupava em usar figurinos polêmicos e inesquecíveis e o mais importante: enfileirou hits que não desgrudavam da cabeça, como Poker Face, Paparazzi, Alejandro,Bad Romance e Telephone.

Mas ao contrário do cenário encontrado por Madonna, que nadou de braçada com poucas concorrentes à altura na década de 80, Lady Gaga surgiu na época mais disputada para as divas pop na história do mercado fonográfico.


Ser uma unanimidade em fama e vendas quando é preciso disputar as listas dos mais ouvidos com nomes como Rihanna, Taylor Swift, Beyoncé, Adele, Ariana Grande, Katy Perry, Britney Spears e com a própria Madonnanão foi uma tarefa que facilitou as coisas para Gaga.

Fase The Fame catapultou Gaga aio sucesso mundial
Fase The Fame catapultou Gaga aio sucesso mundial

Dessa maneira, a expectativa que o mercado tinha dela continuar a liderar as listas de mais vendidos por semanas seguidas com os trabalhos que vieram após de The Fame/The Fame Monster (reedição do álbum de estreia com 8 inéditas) não se concretizou. Mas também não significa que Gaga, que completa 33 anos em 28 de março, tenha amargado fracassos nas paradas ao redor do mundo.


O segundo CD, Born This Way (2011), estreou em primeiro nas paradas do Estados Unidos, Canadá e Reino Unido (no Brasil ficou em segundo lugar). Mas seria difícil manter essa posição no mesmo ano que foi lançado o avassalador 21, de Adele. Sendo assim, o CD terminou aquele ano na terceira posição entre os mais vendidos do País natal, porém laureado duas vezes com disco de platina. Nada mal para um CD mais experimental que o primeiro.

Resultado parecido teve o criticado Artpop, que traz Gaga prestando tributo a Andy Warhol e à música eletrônica. Apesar da recepção morna por parte dos fãs, ainda assim é um disco que estreou no topo das paradas americana e do Reino Unido, mas que no fim do ano e no cômputo geral, conseguiu apenas as posições 103 e 57 desses rankings, consecutivamente.


Reinvenção de Gaga passa por papel em série
Reinvenção de Gaga passa por papel em série

Reinvenção

O desempenho desse disco fez Gaga repensar na carreira e no papel de diva. E foi então que ela se reinventou completamente em uma direção que garantiria, anos depois, o renascimento dela como ícone pop.

E para isso ela apostou em dois caminhos inesperados: o jazz e a carreira de atriz. Em 2014, Gaga gravou o disco Cheek to Cheek, ao lado de Tony Bennet, no qual canta só standards do estilo. O desempenho surpreendeu os fãs e a crítica, que não esperavam essa versatilidade da cantora. Resultado: foi o álbum de jazz mais vendido nos Estados Unidos por dois anos seguidos.

Em paralelo, Gaga experimentou seu primeiro grande papel na TV, como Elizabeth Johnson, emAmerican Horror Story, uma série norte-americana. O papel lhe rendeu o Globo de Ouro de melhor atriz em minissérie no ano de 2016.

Esses feitos a posicionaram como uma escolha certeira para um novo remake de Nasce Uma Estrela, filme de 2018 no qual ela divide o protagonismo com Bradley Cooper — que também a acompanha na trilha sonora. Sucesso de bilheteria, o filme se tornou o longa de maior arrecadação da Warner nos Estados Unidos em 2018, com US$178 milhões de dólares em caixa.

Ao lado de Tony Bennett, cantora brilhou no jazz
Ao lado de Tony Bennett, cantora brilhou no jazz

E apesar das desconfianças de conseguir carregar um filme inteiro com atriz principal, ela não só provou que sim, consegue, como ainda garantiu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. Esse prêmio, no entanto, ela não levou, mas o de melhor canção original, por Shallow, sim. E, além disso, também fez o show mais aclamado da noite, dividindo o piano com o colegade elenco Bradley Cooper, também diretor do longa.

Foi exatamente com a trilha do filme que Lady Gaga voltou a ter um álbum entre os dez mais vendidos do ano depois de quase uma década. O CD foi o quarto mais vendido do mundo em 2018, mesmo tendo sido lançado apenas no último trimestre. É possível que em 2019 ele ainda tenha um bom desempenho.

Para alguém cujo último disco solo, Joanne (2016), não aparece nem na lista dos cem mais vendidos do ano nos Estados Unidos, a trilha veio colocar fim a esse hiato de ausência de sucessos estrondosos.

Legado

Ao contrário de outras divas pop, o legado de Lady Gaga é amplo e não se restringe à música, caminho percorrido também por ícones como David Bowie, Michael Jackson e a própria Madonna.

Nasce Uma Estrela abriu as portas de Hollywood para Gaga
Nasce Uma Estrela abriu as portas de Hollywood para Gaga

The Fame, por exemplo, foi listado como um dos 100 melhores álbuns de estréia de todos os tempos pela revista Rolling Stone em 2013.

De acordo com Kelefa Sanneh do The New Yorker, "Lady Gaga abriu caminho para pop stars truculentos que tratam da sua própria celebridade como um projeto de arte em evolução".

Já a revista Time colocou Gaga em sua lista dos 100 maiores ícones de moda de todos os tempos, dizendo: "Lady Gaga é tão notória por seu estilo ultrajante quanto por seus sucessos pop. Ela tem roupas esportivas feitas de bolhas de plástico, com bonecos de Kermit o Sapo e carne crua (usado no MTV Music Awards em 2010)".

O polêmico vestido, aliás, foi criticado por instituições de defesa dos animais, mas exibido no Museu Nacional de Mulheres nas Artes em (2012) e entrou para o Rock and Roll Hall of Fame em setembro de 2015.

Apesar dos elogios, Gaga também foi criticada e apontada como um ícone sem personalidade por Camile Paglia. Em um artigo do Sunday Times de 2010, ela chamou Gaga de "mais um ladrão de identidade do que um quebradora de tabus eróticos, um produto manufaturado que afirma estar cantando para os malucos, os rebeldes e os despossuídos quando ela não é nenhum daqueles".

Apesar disso e dos percalços, a saúde financeira da cantora continua ótima. Segunda a Cosmopolitan, o patrimônio líquido de Gaga é estimado em nada menos que US$ 300 milhões (cerca de R$ 1 bilhão).

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