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Laura Pausini faz shows no Brasil e revela ao R7: "Gostaria de ter um popozão"

Cantora italiana completa 20 anos de carreira e, bem-humorada, fala do amor por nosso país

Música|Felipe Gladiador, Do R7

Laura Pausini em um dos shows de sua nova turnê mundial, que passa esta semana pelo Brasil
Laura Pausini em um dos shows de sua nova turnê mundial, que passa esta semana pelo Brasil

Laura Pausini é uma das maiores estrelas da música italiana e possui uma legião de fãs espalhados por todo o mundo. Apesar de ter apenas 39 anos e aparentar ser ainda mais jovem, ela comemora 20 anos de carreira com o lançamento do CD 20 - The Greatest Hits, que vem recheado de participações especiais. Até mesmo Ivete Sangalo canta na música Le cose che vivi/Tudo o Que Eu Vivo. Além disso, desde dezembro de 2013, Laura está passando por diversos países com uma turnê especial de shows.

Nesta semana, a italiana se apresenta duas vezes em São Paulo com casa lotada. Se preparando para voltar ao país, ela conversou com o R7 e, como sempre, deu um show de simpatia.

Bem-humorada, falou sobre sua primeira filha, sobre parcerias com grandes nomes da música mundial e sua paixão pelo Brasil. Ela até revelou que gostaria de ter um popozão! Leia abaixo a conversa.

R7: Você prefere fazer a entrevista em qual idioma?


Laura Pausini: Vamos falar em português, porque eu preciso praticar e não posso fazer isso todos os dias [risos]. Me dá uma grande felicidade falar um pouco de português.

R7: O que significa este seu novo CD que comemora 20 anos de carreira?


Laura Pausini: São as canções mais importantes da minha carreira. Alguns duetos históricos também fazem parte, como os com Ray Charles, Andrea Bocelli e Michael Bublé, coisa que me faz sentir muito honrada por ter ao meu lado artistas assim que me ajudaram a descobrir mais sobre a minha música.

R7: A primeira música de trabalho do CD é um dueto com a Kylie Minogue. Como aconteceu esse encontro?


Laura Pausini: Eu mandei um email para ela [risos]. Eu escuto a sua música há muito tempo e acho sua voz muito linda. Sempre desejei fazer alguma coisa com ela, mas eu não tinha antes uma música justa para nós. Quando escrevi a canção Limpido, eu pensei nela, então eu enviei um email e ela imediatamente me disse que gostou da canção. Fiquei muito feliz e gravamos juntas. Nos encontramos em Roma, na Itália, onde gravamos o videoclipe. Sou apaixonada por fazer duetos com pessoas que não são muito parecidas comigo. Quando você canta com uma pessoa de um outro estilo ou voz diferente, você aprende muito mais.

Sempre divertida, Laura postou uma "selfie" no Grammy Latino; à direita, a capa de sua coletânea de sucessos
Sempre divertida, Laura postou uma "selfie" no Grammy Latino; à direita, a capa de sua coletânea de sucessos

R7: Você é uma estrela internacional e...

Laura Pausini: [risos] Eu não me sinto uma estrela internacional. Estrela internacional é a Madonna, a Beyoncé. Eu sou apenas uma italiana que canta em vários idiomas porque ama isso [risos].

R7: Mas você tem fãs no mundo todo. Quantas línguas você fala?

Laura Pausini: Eu falo italiano, inglês, espanhol e um pouco de português e francês. Eu fico muito apaixonada de aprender idiomas, porque é uma coisa que a vida me dá a possibilidade de aprender nas minhas viagens, então eu quero aproveitar.

R7: Por que você acha que suas músicas fazem sucesso até mesmo em países que não falam italiano?

Laura Pausini: Eu sempre me pergunto. Depois de 20 anos, eu ainda não tenho uma resposta. Quando eu era pequena, eu escutava muita música do Brasil, muita música em espanhol e em inglês, mas eu não falava esses idiomas. Eu ficava muito emocionada, mesmo sem entender o significado.

R7: Você imaginava que fosse alcançar todo esse sucesso?

Laura Pausini: Quando eu tinha uns 15, 16 anos, meu sonho era fazer "piano bar". Eu não queria ser uma cantora famosa, isso não me interessava. Eu queria algo muito menor, mas meu pai, escondido de mim, me inscreveu em dois concursos de cantores. Eu não queria participar, mas meu pai me dizia “Você tem uma coisa especial" e eu dizia “Mas o que eu tenho de especial? Eu só gosto de cantar”. Sem a teimosia do meu pai, eu não estaria falando com você hoje [risos].

R7: Você tem uma ligação muito forte com o Brasil. O que você sente quando vem ao nosso país?

Laura Pausini: A primeira vez que eu fui no Brasil, fiquei muito impressionada. A minha melhor amiga do Brasil, chamada Carolina Leal, diz que em outra vida eu era uma brasileira [risos]. Até no corpo, eu queria ser mais brasileira. Gostaria de ter um belo popozão do Brasil [risos].

Laura em sua última visita ao Brasil, no final de 2013
Laura em sua última visita ao Brasil, no final de 2013

R7: Do que você mais gosta no Brasil?

Laura Pausini: Antes de tudo, eu gosto das pessoas. Eu não tenho nenhuma lembrança feia do Brasil. Tudo que eu me lembro são sorrisos, gentilezas, pessoas lindas do Brasil. E depois a música, que eu fiquei apaixonada quando era muito pequena. Meu pai sempre tocava Garota de Ipanema para mim. Eu o agradeço muito por me fazer escutar música do mundo todo. A cabeça de quem escuta músicas diferentes, de lugares diferentes, é muito mais aberta. Na minha terra, infelizmente, não se escuta muita música do Brasil. Só Caetano Veloso, Gilberto Gil...

R7: Você acha que a internet ajuda no sentido de levar artistas mais longe?

Laura Pausini: Sim, nesse sentido eu concordo, mas a venda ilegal [de músicas] não nos permite fazer coisas de maior qualidade. As gravadoras precisam de resultados imediatos e isso atrapalha um pouco. Às vezes, eu luto muito com a minha gravadora porque não compreendo quando eles não querem que eu faça algo.“É uma música muito difícil para as rádios. Você precisa fazer uma canção mais radiofônica”. Não pode existir marketing quando você escreve uma canção, porque se você escrever pensando como vender ou como fazer um sucesso, é impossível que seja uma coisa verdadeira. A música é tudo, mas não é cabeça. Você não pode pensar a música.

R7: Você agora é mãe. Como está sendo esta experiência?

Laura Pausini: Isso é meu sonho verdadeiro desde que eu era uma garotinha. Não posso acreditar que Deus me deu a grande sorte de ter uma filha, que se chama Paola. Eu tenho 39 anos e são muitos anos que eu desejava ter um filho, mas nunca tive muita sorte nisso, achava que ia precisar de ajuda médica. Há uns dois anos, estava pensando em fazer uma inseminação, mas na mesma época lancei o disco Inedito e não poderia fazer por estar em turnê. Pensei então em esperar até 2014, mas Deus me deu a Paola naturalmente em um momento muito inesperado. E a ela chegou na minha vida mudando tudo, a prioridade de tudo é ela e não tenho medo de mais nada com ela. Eu nunca mais vou ficar sozinha agora.

R7: E como conciliar a carreira de cantora com a de mãe?

Laura Pausini: Eu levo ela comigo e se ela não fica bem, o pai cuida dela. Meu médico disse que ela é pequena e pode se adaptar muito bem a minha vida começando agora. Ela já é uma pessoa com personalidade especial. Ela é muito calma, mas ao mesmo tempo alegre.

R7: O que a galera do Brasil pode esperar dos seus shows aqui?

Laura Pausini: A galera! Eu amo essa palavra “galera” [risos]. O show vai ser muito diferente da última vez. Eu gosto de me apresentar, sempre que possível, de uma maneira nova. Eu volto com um show com orquestra e é uma situação mais de teatro. Quero ter um contato mais íntimo, porque quero falar, contar uma história que começa em 1993 até agora, então preciso de uma atmosfera mais intimista e junto ao meu publico. Vou chegar com alguns efeitos especiais, mas não quero que se lembrem só disso, mas da música, da noite e das emoções.

Laura se apresenta nesta quarta-feira (19) e na quinta-feira (20) no Citibank Hall. Veja todas as informações aqui!

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