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Mano Brown fala sobre "Boogie Naipe" disco que resgata a black music brasileira

Álbum foi lançado hoje (9). Rapper falou sobre escolhas e sair da zona de conforto

Música|Juca Guimarães

Mano Brown entra na sala, se ajeita na cadeira, dá uma olhada nas mensagens que chegam pelo smartphone. Ainda mirando o celular, ele conta que o Wase, aplicativo de trânsito, aumentou em 12 minutos o trajeto previsto.

"Mano, eu tava na marginal (Pinheiros) a pampa, daí ele me jogou pra avenida Santo Amaro, deu a maior volta e pá já mudou de novo a previsão. Dá pra acreditar? Dá Sul pra cá é dois palitos. Devia ter feito o meu próprio caminho", disse. minutos antes de começar a transmissão ao vivo do bate-papo com jornalistas e internautas sobre o álbum "Boogie Naipe, primeiro trabalho solo, do líder dos Racionais MC's e um dos maiores nomes do rap brasileiro. A transmissão foi feita no bairro do Paraíso, na sede da Onerpm, plataforma de distribuição de música digital, responsável pelo lançamento do disco.

De fato, fazer o próprio caminho sempre foi a melhor escolha na vida do Mano Brown. O disco "Boogie Naipe" é uma coleção de boas escolhas reúne uma constelação de grandes nomes da música negra brasileira.

O álbum tem 22 faixas e o resultado de um trabalho de dois anos de estúdio e acerto dos repertório, nos intervalos da agenda dos Racionais. Dizer que é um "trabalho" não condiz muito com o jeito que Brown encarou a confecção do álbum. Nas palavras do rapper, foi um projeto extremamente prazeroso onde ele pôde reunir um grande número de colaboradores. "É diferente do trabalho de gravação com os Racionais. Não que lá eu tenha que fazer o que eu não quero. Pelo contrário, lá eu também faço o que quero. Mas no álbum solo eu consegui incluir um número maior de parcerias do que normalmente comporta um disco dos Racionais", disse.

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Além dos parceiros e convidados especiais que fazem de Boogie Naipe uma grande obra colaborativa, Mano Brown também ressalta que o álbum é um manifesto de ousadia e um tributo ao estilo de música que ele mais gosta e que o influenciou. A black music do final dos anos 70 e início dos anos 80. Este foi o foco do som que o álbum deveria ter, porém, com alguns dos elementos que marcaram a sua carreira no rap.

"Eu poderia fazer um álbum em 2017 com a cara de 2017. Colocar esses efeitos, fazer uns traps, chamar uns caras e pá. Mas eu e o Lino Krizz (parceiro e amigo de infância) fechamos exatamente no tipo de clima e sonoridade que o álbum deveria ter. Tudo foi feito em função disso". A ousadia foi sair da zona de conforto, como um dos grandes nomes do rap, e partir para um projeto autoral, cheios de desafios, em um estilo musical que poucas pessoas fazem e ouvem atualmente.

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Brown também conseguiu realizar um sonho com este disco. Gravar uma música com o Leon Ware, uma lenda da soul music e artista do casting da emblemática Motown. "Pra mim ele é o melhor músico vivo do mundo".

Confira como foi o bate-papo de uma hora e meia do Mano Brown com os jornalistas e internautas, na tarde de ontem (8), na página oficial do artista no Facebook.

O disco "Boogie Naipe" tem 22 faixas
O disco "Boogie Naipe" tem 22 faixas O disco "Boogie Naipe" tem 22 faixas

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