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Pato Fu volta ao universo infantil em Música de Brinquedo 2

Banda mineira faz releituras de hits com instrumentos inusitados

Música|Daniel Vaughan, do R7

O Pato Fu gravou o projeto Música de Brinquedo 2
O Pato Fu gravou o projeto Música de Brinquedo 2

O Pato Fu voltou ao universo infantil. A banda está lançando o CD Música de Brinquedo 2, sete anos após o sucesso do primeiro projeto.

A segunda edição do disco dá continuidade às releituras de clássicos nacionais e internacionais utilizando instrumentos para crianças ou miniaturas inusitadas.

A banda gravou o CD no estúdio caseiro do casal Fernanda Takai e John Ulhoa, em Belo Horizonte (MG).

O repertório do trabalho é bem diversificado: vai de Rick Martin e Genival Lacerda a B 52’s e João Bosco.


Entre saxofones de plástico e pianinhos, está um antigo Stylophone — instrumento musical tocado com um tipo de caneta — no solo de guitarra de I Saw You Saying, dos Raimundos. O instrumento já foi usado por David Bowie na fase Ziggy Stardust. 

Com produção do próprio John Ulhoa, Música de Brinquedo 2 ainda traz a participação especial de crianças cantando. Para tanto, o grupo inovou ao chamar alguns filhos dos primeiros membros de fãs-clubes do Pato Fu. Além disso, Mamãe Natureza (Rita Lee) traz a única participação de Nina Takai (filha de John e Fernanda) e a amiguinha Mariana Devin, cantoras mirins originais do primeiro projeto.


Para saber mais sobre o Música de Brinquedo 2, o R7 conversou com o guitarrista John Ulhoa.

R7 — Como surgiu a ideia de fazer o segundo volume do projeto?


John Ulhoa — Tivemos muitos pedidos para que fizéssemos o Música de Brinquedo 2, desde que lançamos esse projeto, há sete anos. Mas acabou que fizemos quando sentimos a necessidade de renovar esse repertório. Esse disco virou uma turnê que nunca acaba, tem sempre gente querendo assistir a esse show. Então essa continuação não só apresenta esse som pra um público que está chegando agora, mas também dá um novo ar a turnê.

"Se você se importa um pouco mais com o que o seu filho ouve%2C você vai procurar algo que seja interessante"

(John Ulhoa, guitarrista do Pato Fu)

R7 — Eu sei que vocês já gostavam de instrumentos com essa característica mais lúdica (infantil). Como é a pesquisa para um disco com essa temática?

John — Vamos visitando lojas de brinquedo, testando e basicamente juntando tudo que possa ser usado. Procuro bastante na internet também. Tem instrumento que nunca chega a ser aproveitado, fica ali esperando uma chance. Acabo ficando com um arsenal de possibilidades e, ao fazer um arranjo, me lembro que tem um brinquedo qualquer que faz um som parecido com a percussão original da música ou algo assim. Alguns são mais tocáveis com alguma eficiência e acabam sendo escalados pro show e sendo usados em mais músicas.

R7 — Vocês tem cerca de quantos instrumentos de brinquedo?

John — Nem sei quantos tenho. É um monte, tem um tanto de gavetas cheias deles. E estou sempre comprando mais. Quando tem algum que funciona bem e que uso em muitas músicas, compro vários, porque eles estragam muito facilmente. Que bom que são baratinhos em geral. Só daquele frango de borracha tem um verdadeiro galinheiro aqui.

Projeto traz instrumentos inusitados
Projeto traz instrumentos inusitados

R7 — Como vocês escolhem o repertório? O setlist é muito diversificado...

John — Procuramos músicas que sejam conhecidas, mas não muito recentes. Tem que atingir o coração dos pais. É legal achar canções em outras línguas também, em vários estilos musicais. Isso dá uma amplitude ao repertório, faz o Música de Brinquedo ficar mais universal e apresenta às novas gerações artistas que provavelmente não conheceriam de outra forma.

R7 — Qual foi a música mais divertida e a mais difícil para fazer o arranjo infantil?

John — A mais divertida, Severina Xique-Xique... e teve a participação do monstro Groco do Giramundo falando aqueles absurdos característicos dele. A mais difícil, Every Breath You Take, que é suave e delicada, e resolvemos fazer com metalofone fazendo o arpejo da guitarra e aqueles tubos de plástico fazendo a linha de baixo. Bolei um jeito de ter um reverb de brinquedo com um microfone dos Backyardigans para o som da caixa, que no original tem esse efeito. Bem trabalhoso, mas acho que ficou bem bonito.

R7 — Nina Takai e Mariana Devin gravaram o primeiro Música de Brinquedo. Como foi esse reencontro com as meninas no estúdio em Mamãe Natureza?

John — Essa é a única que tem as duas. Já tinha sido gravada a mais tempo, quando ainda tinham aquela voz infantil... agora já mudaram o timbre, tiveram que ceder espaço pra novíssima geração!

R7 — Qual é o gosto musical da sua filha? Ela tem um artista preferido?

John — Ela ouve muitas das coisas que apresentamos a ela. Nesse quesito, acho que o que ela mais gostou foi do B-52's. Mas ela descobre coisas por conta própria, tem ouvido muita música trilha de anime ultimamente. Ela toca um pouco de bateria, mas não a vejo se dedicando. Por enquanto está mais pras artes plásticas, tem desenhado muito bem.

R7 — Na sua opinião, qual é a importância de fazer um projeto como esse? Afinal de contas, vivemos num mundo onde as crianças muitas vezes deixam de lado o lado lúdico e ouvem músicas com apelo sexual na internet etc...

John — É o que os pais ouvem. Criança gosta de tudo, vão se apegar a qualquer coisa, especialmente se vier dos pais. Acho que oferecemos uma opção, se você se importa um pouco mais com o que o seu filho ouve, você vai procurar algo que seja interessante tanto pra ele como para você... não acho que sejamos os únicos, tem muita música boa pra criança ouvir por aí. E nem precisa ser música infantil. Mas a bola está com os pais, eles é que tem que escolher.

R7 — Vocês farão shows com o projeto?

John — Sim, já estamos preparando a estreia, que será em outubro em São Paulo, no SESC 24 de Maio.

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