Um vídeo publicado no canal Ilha de Barbados, de Rafinha Bastos, PC Siqueira e Cauê Moura gerou mal estar entre os artistas e fãs de trap, gênero derivado do rap.
Intitulado como "Trap nem é música", o episódio do trio debochava do estilo feito principalmente por adolescentes e comentava detalhes como estética, roupas, cabelo e o próprio som.
Fã de rap antigo, Rafinha comentou que o novo estilo é 'bundinha', enquanto PC disse que era uma música feita apenas por crianças, enquanto Cauê se manteve neutro durante a discussão.
As declarações não foram bem aceitas no movimento e alguns artistas rebateram os influenciadores digitais.
Dfideliz, um dos mais famosos trappers do Brasil, chegou a dizer que Rafinha era racista. "Deixa eu falar uma coisa aqui pra vocês, ô Rafinha Bastos e PC Siqueira. Vocês são uns bos**, vamos começar aqui; primeiro que vocês são branco. Tá bom? É óbvio que vocês vão achar uma cultura que vem dos pretos uma bos** porque vocês são brancos, é óbvio, isso aí não é cultura de vocês.. Entendeu? isso aí que vocês tão falando que trap é bos** me deu isso aqui ó, me deu isso aqui que vocês estão vendo. Isso aí que vocês tão chamando de bost* deu uma casa pra minha mãe. Entendeu? Faz eu ajudar minha mãe, meu filho, minha família”. disse o rapper, mostrando sua casa.
Derek Luccas, outro expoente do gênero, também ressaltou que esse tipo de crítica é muito semelhante com aquelas sofridas pelo rap no começo do movimento, que ficou marginalizado durante muito tempo no mundo por isso.
Após as acusações, Rafinha voltou ao Twitter para se posicionar e fez inclusive uma autocrítica. "Não curto tua música. Onde tá o meu racismo? Não falei mal dos artistas e nem da luta deles, até pq seria hipocrisia minha: Eu mesmo montei apartamento e alimento minha família com uma arte de qualidade bastaaaante questionável", debochou.