A cantora e compositora Rita Lee, também imortalizada como a rainha do rock brasileiro e uma das artistas responsáveis pela revolução do gênero musical no país, teve a história exaltada também na televisão e em participações épicas durante festivais musicais.
Rita Lee — que lutava contra um câncer de pulmão desde 2021 — morreu, aos 75 anos, em São Paulo. O velório e a cremação serão realizados nesta quarta (10), na capital paulista.
Ex-integrante de Os Mutantes — banda de rock psicodélico formada durante o chamado Movimento Tropicalista —, Rita teve a trajetória de sucesso contada por meio de participações históricas como a de 1967, quando — ao lado de Gilberto Gil e dos músicos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, seus companheiros de grupo —, fez a apresentação da canção Domingo no Parque, em seu primeiro Festival de MPB, na Record TV. (Assista ao vídeo abaixo)
O público que estava presente no auditório foi ao delírio, mesmo que a canção tenha ficado em segundo lugar.
"Eu encontrei esses três jovens, dois rapazes e uma moça. São excelentes instrumentistas, excelentes pessoas, com uma sensibilidade e percepção artística", disse Gilberto Gil, na época.
Em 1982, Rita Lee — que era torcedora corintiana — marcou história ao chamar jogadores do movimento Democracia Corintiana (Casagrande, Sócrates e Wladimir) para subirem ao palco e participarem do show dela no Ginásio do Ibirapuera.
Na ocaisão, a cantora chegou a vestir a camisa do clube dada por um dos jogadores.
"Viva o Corinthians. Viva Casagrande. Viva Sócrates. Viva Wladimir. Ô, maravilha", gritou ela, no palco, antes de usar a camisa do time.
Após passar por crises criativas, no meio da década de 1980, Rita Lee voltou a chamar a atenção da imprensa e do público ao ser elogiada pelos Rolling Stones, depois de fazer algumas aberturas para os shows do grupo no Brasil.
Uma delas ocorreu no Maracanã, no Rio, em 1995, quando a cantora levou o público ao êxtase com sucessos como Lança Perfume. (Assista ao vídeo abaixo)
Na TV, a cantora atuou em participações especiais em novelas como Top Model, Malu Mulher, Vamp e Celebridade, e virou tema de abertura em outras dezenas. Ela também participou de humorísticos como Os Trapalhões, Sai de Baixo e Casseta & Planeta. Foi uma das apresentadoras do Saia Justa, do canal GNT. Também atuou no cinema nos anos 1980.
Rita Lee morreu na segunda-feira (8) em casa, ao lado da família, e a confirmação de sua morte foi feita no dia seguinte por comunicado nas redes sociais.
"Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, na noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou", informou a família.
"De acordo com a vontade de Rita, o seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos", concluiu o comunicado.
Rita Lee gostava de roupas e itens coloridos e extravagantes e arrasava nos looks
Rita Lee morreu na segunda-feira (8), mas deixou a marca no Brasil e no mundo. A rainha do rock era conhecida por ser superousada em tudo: músicas, discursos e, claro, nas roupas. Ela adorava extravagar nos visuais, e as peças coloridas eram as preferidas da artista. Desde o começo da carreira, ela chamava atenção por ousar nos looks. Confira, a seguir, algumas das vezes em que a cantora não foi nada discreta no visual