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R7 Música

Silva canta "Brasileiro" e surpreende com Arlindo Cruz e Billie Holiday

Cantor realizou dois de três shows em São Paulo neste fim de semana. Turnê ocorre após músico passar mais de dois anos com tributo a Marisa Monte

Música|Plínio Aguiar, do R7

Silva estreou turnê com o álbum "Brasileiro"
Silva estreou turnê com o álbum "Brasileiro"

Nada será mais como era antes. A frase, homônima de uma música, é repetida diversas vezes pelo cantor Silva em seu primeiro show da turnê Brasileiro por São Paulo, na última sexta-feira (29), no Sesc Vila Mariana. O capixaba avisou desde o início como seria (ou não). Neste domingo, (1°), ele realizou o terceiro show na capital paulista e segue agora para o Rio de Janeiro.

Com uma voz terne e romântica, Silva, de 29 anos, apresenta o seu último disco, Brasileiro — lançado em maio e marcado pela volta do cantor ao reencontro do ser brasileiro e de suas raízes. O palco é dividido com Hugo Coutinho, na bateria, e Lucas Arruda, no baixo. O álbum foi composto, principalmente, por Lúcio Silva e Lucas Silva.

O show, com duração de um pouco mais de 1h30, tem no set 26 músicas. Entre elas, covers de Caetano Veloso, Arlindo Cruz e Billie Holiday e conta com a presença de Pedaços, música que escreveu para Gal Costa.

No início, a plateia estava tímida e, aos poucos, sussurrava baixinho as letras das músicas, acompanhando o cantor. Os gritos foram ouvidos quando Silva cantou Claridão, música do primeiro CD, lançado em 2012 pelo Slap. “Vamos brincar de amor”, esbravejavam.


Feliz e Ponto, do CD Júpiter, de 2015, também agradou aos ouvidos e fez com que a plateia, nesse momento, já era íntima ao cantor. Seguiu com Que Maravilha, cover de Jorge Ben Jor.

E então, mostrou que é um dos cantores mais promissores da atualidade, cantando uma música que compôs para o novo álbum de Gal Costa — marcado pelo reencontro da baiana com Maria Bethânia. Durante a música, Silva mostra o contato profundo que tem com o piano: os dedos do cantor dançam sobre o instrumento.


“É uma música muito especial. É uma música que eu escrevi para Gal”, comentou. A letra? Amor, claro. “Palavras no corpo e resposta ao vento. Você diz para não falar de amor. Ninguém diz eu te amo, como eu”, dizia a letra. A música promete. A letra é tirada de um coração apaixonado e que quer se libertar, em meio ao caos externo. O álbum de Gal deve sair em agosto próximo.

Apresentou, então, uma solução para quando “acorda chato”. “Eu coloco (There Is) No Greater Love e fico bem logo em seguida”, disse. Cantou. E cantou bonito. O clássico já foi gravado pela britânica Amy Winehouse. Fez, em seguida, Menino do Rio, de Caetano Veloso.


Voltou ao Brasileiro. Comentou com a plateia sobre os pouco mais de dois anos em turnê com um tributo a Marisa Monte e disse que a música seguinte era especial. Era a vez de Beija Eu. Silva, claramente, estava apaixonado. Pela música. Pela vida. Pelo puro amor. Entre uma interação e outra com o público, Silva cantava. E sorria. Ao mesmo tempo. O cantor estava livre. Estava leve. À vontade.

Confidenciou que seu coração já tem dono: “o namorado da minha sogra cantou uma música uma vez e eu disse que um dia eu iria cantar a mesma música”. Nesse momento, luz única se fez sobre Silva, acompanhado de piano. Chamada de Prova dos Nove, foi composta por Dé Santos.

O show termina com A Cor é Rosa, música que ganhou videoclipe recentemente. A plateia, nesse momento, já estava aos pés do cantor. As vozes ecoavam pelo teatro do Sesc Vila Mariana, na zona sul da capital paulista. Se despede, gentilmente, e agradece.

Mas não parou por aí. Teve bis, claro. E que bis! Silva volta explodindo como O Show Tem Que Continuar, música lançada em 1988 pelo grupo Fundo de Quintal, de Arlindo Cruz, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila. Ainda teve Fica Tudo Bem, música de Brasileiro com Anitta. Termina com Brasil, Brasil: “ouvi dizer que é um lugar bem bom pra se morar; quem mora lá não quer nem viajar”.

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