Silva lança disco com participação de Anitta: "Uma delícia de fazer"
"Brasileiro", sexto álbum do cantor, chega repleto de referências aos ritmos nacionais; Parceria também rendeu gravação de um clipe
Música|Ricardo Cruz, do R7*

O cantor e compositor Silva lança nesta sexta-feira (25) o álbum Brasileiro. Entre as faixas, o sexto trabalho do músico conta com a participação de Anitta, que também gravou o clipe de Fica Tudo Bem — ainda sem data de lançamento.
O disco marca a volta do artista capixaba à produção autoral que, após ficar pouco mais de dois anos em turnê com um tributo a Marisa Monte, chega repleto de referências aos ritmos nacionais. Longe de se prender a um deles, o trabalho ganhou a cara do cantor, conhecido pelas misturas de sons e uso de instrumentos digitais.
Em conversa com o R7, Silva falou sobre a parceria com Anitta, o novo álbum e fez um balanço da turnê anterior com as músicas de Marisa Monte.

Encontro com Anitta
A parceria surgiu através de um convite enviado à gravadora da Poderosa, já que os dois não se conheciam antes. O resultado, além da música, rendeu um clipe — sugerido pela própria cantora e que promete ser diferente de tudo o que fez até agora.
— A música chegou até ela, ela ouviu, já no mesmo dia, na mesma hora, já me mandou um direct no Instagram falando: "Ah, vamos gravar um clipe. Vai ficar lindo. Eu adorei a música. Está aqui o meu whasApp". Foi uma parceria que eu gostei muito de fazer. De gravar um clipe com ela. A gente gravou tem umas duas semanas. O clipe vai ficar lindo. É um clipe bem estético. Eu não saberia te falar a historinha certinho. Vai ficar meio surpresa.
Sobre a música, ele falou um pouco da influência e da expectativa de como os fãs vão receber o resultado do trabalho conjunto.
— Uma pegada um pouco com reggae, mas é bem brasileiro ao mesmo tempo. Acho que as pessoas vão gostar. Ela é bem chiclete.
Brasileiro
O processo de composição e criação do disco durou pouco mais de um ano e aconteceu ao mesmo tempo em que o cantor estava em turnê.
“Brasileiro foi um nome necessário”
— Para esse disco eu fiz, mais ou menos, 22 músicas. Foi muito difícil para escolher o que entrava, o que não entrava. Foi uma delícia de fazer, mas foi longo. Foi bem-demorado. Sem pressa. Escolhendo as melhores músicas, as melhores ideias.

A escolha do nome passou pela necessidade que o músico sentia de se reaproximar da música brasileira após viver por quase dois anos na Irlanda, quando tinha 20 anos. O tempo fora inevitavelmente influenciou o som do músico, que vê no disco uma espécie de reconciliação com as raízes.
— Brasileiro foi um nome necessário. Meu som acabou ficando muito gringo, muito influenciado pela música internacional. Fui deixando as minhas raízes brasileiras de lado. Eu acho que esse disco, para mim, é como se eu estivesse me reconciliando com uma das coisas que eu mais gosto, que é música brasileira. É o que mais me inspira, mais ouço em casa. Desde Ernesto Nazaré, João Gilberto, Caetano, Gal, Gil.

Silva canta Marisa
Após ficar pouco mais de dois anos em turnê, apresentando parte do repertório de Marisa Monte, Silva falou da ansiedade dos fãs por um trabalho autoral, da recepção do público da cantora ao trabalho e do sucesso do disco.
— Era para ter sido um projeto curto, mas a repercussão foi tão boa. Acabou que a Marisa topou participar do projeto. Foi crescendo cada vez mais e acabou que eu fiquei trabalhando nisso dois anos. Foi longo. Sem lançar nada autoral. Os fãs já estavam me cobrando muito. Até em shows. Tinha gente que gritava "Silva canta Silva". Foi uma coisa muito boa para mim. Eu percebi que os fãs da Marisa me acolheram com muito carinho. Poderia ter sido um tiro no pé também fazer esse projeto e os fãs dela detestarem e acabou que agregou muita gente. Trouxe muito público novo.
Confira o resultado da parceria com a cantora
*Estagiário do R7, sob supervisão de Thiago Calil.