Fãs preferem shows ao vivo do que fazer sexo, diz pesquisa
Estudo global da Live Nation revela que concertos são mais desejados que sexo — e isso movimenta bilhões
TMJ Brazil|Do R7

A música ao vivo conquistou um novo status na vida dos fãs: mais do que entretenimento, ela se tornou uma prioridade emocional.
Segundo o relatório Living for Live, divulgado pela Live Nation, 70% dos entrevistados afirmaram que preferem assistir a um show de seu artista favorito do que fazer sexo. Essas informações foram publicadas pelo site Moneyhits.
Essa revelação, que pode parecer surpreendente à primeira vista, reflete uma transformação profunda na forma como as pessoas se conectam com experiências culturais.
O estudo, que envolveu mais de 42 mil participantes entre 18 e 54 anos em 15 países — incluindo Brasil, Japão, Austrália, Estados Unidos e diversas nações europeias — mostra que os shows ao vivo são vistos como momentos de realização pessoal, pertencimento e expressão de identidade. Para muitos, estar em um concerto é mais do que ouvir música: é viver uma experiência coletiva que transcende o cotidiano.
Além da preferência por shows em relação ao sexo, o relatório revelou que 85% dos entrevistados consideram a música parte central de sua identidade. E mais: 77% afirmam sentir que fazem parte de algo maior ao participar de um evento ao vivo. Essa sensação de pertencimento é um dos principais motores da fidelidade dos fãs e da força emocional que os concertos carregam.
Para os pais, o legado que desejam deixar para os filhos não está relacionado a bens materiais, mas sim ao amor pela música ao vivo. Essa herança cultural reforça o papel dos shows como espaços de conexão intergeracional e de formação de memórias afetivas duradouras.
O poder emocional dos shows se traduz diretamente em cifras. Em 2024, mais de 1.500 marcas investiram US$ 1,2 bilhão em ações promocionais e patrocínios com a Live Nation. Com a confirmação de que os concertos são o novo “objeto de desejo” da população, a tendência é que esse número continue crescendo nos próximos anos.
Russell Wallach, presidente global de mídia e patrocínio da Live Nation, destacou que a música ao vivo não apenas cresce em popularidade, mas também molda economias, influencia decisões de consumo e define culturas. Em suas palavras, “quem quiser conquistar corações (e bolsos) precisa estar no palco — ou pelo menos no camarote”.
Os dados do relatório posicionam os fãs como ativos emocionais valiosos. Marcas que conseguem se conectar com esse público por meio de experiências musicais têm maior potencial de engajamento, fidelização e conversão. A música ao vivo oferece um ambiente propício para campanhas autênticas, personalizadas e com alto impacto emocional.
Com 76% dos fãs desejando mais artistas femininas nos lineups, há espaço para iniciativas inclusivas e representativas. Além disso, 29% planejam ir a pelo menos quatro festivais por ano, enquanto 35% pretendem assistir a quatro ou mais shows anualmente. Esse comportamento cria um fluxo constante de receita em áreas como ingressos, merchandising, alimentação, transporte e hospedagem.
A evolução tecnológica também impulsiona o setor. A digitalização das experiências musicais abre portas para novas fontes de receita, como NFT’s, transmissões exclusivas e conteúdos interativos. Essas ferramentas permitem que os fãs se conectem com seus artistas favoritos mesmo fora dos palcos, ampliando o alcance das marcas e gerando novas oportunidades de negócios.
O relatório da Live Nation vai além de uma curiosidade estatística. Ele revela que a música ao vivo se consolidou como um dos pilares da economia emocional contemporânea. Para investidores, marcas e profissionais do entretenimento, esse cenário representa um campo fértil para estratégias de alto retorno e forte conexão cultural.
