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Kesha retoma o controle: novo álbum marca era independente da artista

Depois de anos de disputa judicial e sob o selo da Kesha Records, artista lança seu sexto disco e declara: “Meu poder está de volta...

TMJ Brazil

TMJ Brazil|Do R7

Kesha retoma o controle: novo álbum marca era independente da artista TMJ Brazil

Nesta sexta-feira, a cantora norte-americana Kesha lançou seu mais novo álbum de estúdio. Intitulado “.” (Period), o trabalho marca o primeiro lançamento feito de forma independente pela artista, sob o selo da Kesha Records, gravadora que ela própria fundou após o encerramento de seu contrato com a Sony Music — rompimento conquistado por meio de uma longa disputa judicial. O disco é o sexto de sua carreira e simboliza uma nova era de liberdade criativa.

Para celebrar o lançamento, Kesha compartilhou uma mensagem emocionada em seu perfil no Instagram, refletindo sobre a importância pessoal e simbólica desse momento. A artista destacou o orgulho de, pela primeira vez, ter total autonomia sobre sua obra:

“O PRIMEIRO ÁLBUM QUE EU POSSO DIZER QUE É MEU. NA MINHA PRÓPRIA GRAVADORA. É TODO MEU.”

Em entrevista à revista People, Kesha revelou que o novo álbum foi pensado para capturar emoções verdadeiras, positivas e libertadoras. A cantora explicou que, depois de anos lidando com dores profundas e desafios pessoais, ela quis fazer um trabalho que refletisse o bem-estar e a plenitude que finalmente encontrou:


“Para este capítulo, eu realmente queria capturar os momentos em que me senti livre, segura, feliz, brincalhona, gostosa, excitada — mas tudo isso vindo de um lugar completo; eu me sinto muito inteira.”

Kesha também falou sobre o sentimento de retomar o controle de sua carreira e da própria narrativa. Segundo ela, esse renascimento artístico está diretamente ligado ao desejo de impactar positivamente a vida das pessoas por meio da música:


“Agora, toda a minha energia pode se concentrar novamente no meu verdadeiro propósito — ajudar as pessoas a se sentirem vistas, amadas, seguras e extremamente entretidas. Meu poder está todo de volta às minhas mãos, e isso me empolga.”

As palavras da cantora ecoam com ainda mais força ao serem contextualizadas com sua luta pública contra o produtor Dr. Luke, a quem ela acusou de abuso emocional, físico e sexual. A batalha judicial se arrastou por anos e mobilizou a opinião pública e a indústria musical. “Period”, nesse sentido, representa não apenas uma conquista artística, mas um marco de superação.


Durante a mesma entrevista, Kesha comentou sobre um dos momentos mais marcantes de sua carreira: a apresentação da música “Praying” no palco do Grammy Awards 2018. A performance — considerada uma das mais emocionantes da história recente da premiação — ocorreu enquanto a cantora ainda enfrentava judicialmente Dr. Luke, e simbolizou sua dor e força diante da adversidade. A faixa foi indicada à categoria Melhor Performance Pop Solo, e o álbum “Rainbow” disputou o prêmio de Melhor Álbum de Vocal Pop.

Kesha descreveu o quanto foi significativo dividir o palco com outras grandes artistas como Cyndi Lauper, Julia Michaels, Andra Day e Bebe Rexha. Mais do que uma apresentação musical, para ela, foi um momento de acolhimento, empatia e união entre mulheres que a fizeram sentir-se segura em um momento de vulnerabilidade:

“Estar cercada por aquelas artistas icônicas e me sentir tão apoiada pela minha comunidade de mulheres naquele palco foi algo muito poderoso. Não apenas para mim, mas para qualquer outra pessoa que se identifique com qualquer parte da minha história.”

Ela também relembrou um gesto simbólico e afetuoso de Cyndi Lauper, que lhe tocou profundamente e ficou gravado em sua memória como um ato de amparo:

“Eu realmente me senti muito apoiada naquele momento, num momento em que eu realmente precisava de apoio.”

Ao refletir sobre a apresentação, Kesha reforçou que, embora o momento tenha sido marcante e transformador, também foi emocionalmente desafiador, já que ela ainda estava no centro da turbulência legal e pessoal:

“Eu ainda estava no meio da confusão. Então, cantar sobre isso enquanto tudo estava acontecendo foi realmente uma loucura, porque era lindo, mas também muito difícil.”

Apesar de não ter levado os prêmios naquela edição, a performance de Kesha no Grammy 2018 se tornou um símbolo de resiliência e sororidade, consolidando-se como um dos pontos altos de sua carreira e da luta por justiça dentro da indústria musical.

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