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Mariah Carey: quando um hit de 1994 vira ativo bilionário

Como 'All I Want for Christmas Is You' se tornou o panetone premium da música pop — e o que isso ensina sobre investimentos sazonais...

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TMJ Brazil|Do R7

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Mariah Carey: quando um hit de 1994 vira ativo bilionário TMJ Brazil

Se o mercado financeiro tivesse um presépio, Mariah Carey estaria no centro, cercada por gráficos ascendentes, contratos de royalties e um coral de analistas cantando All I Want for Christmas Is You. Afinal, todo mês de novembro, como um relógio suíço, a diva ressurge das cinzas do verão para dominar as paradas musicais e, de quebra, fazer a economia dançar ao som de sinos e cifras. As informações são do Moneyhits.

Lançada em 1994, a canção natalina mais famosa da era moderna não apenas sobreviveu ao teste do tempo — ela prosperou. Só na última semana, o clipe oficial ultrapassou 10 milhões de visualizações no YouTube, voltando ao TOP 20 nos Estados Unidos e ao TOP 60 global. E não estamos falando de um revival nostálgico qualquer: estamos diante de um case de sucesso financeiro que faria qualquer investidor esfregar as mãos de alegria.


Imagine um investimento que rende todos os anos, no mesmo trimestre, com crescimento previsível, sem necessidade de inovação, marketing agressivo ou reuniões de conselho. Parece utopia? Pois é exatamente o que All I Want for Christmas Is You representa: um ativo sazonal de altíssimo desempenho. É como comprar ações de uma empresa de panetones que, todo dezembro, bate recordes de vendas — só que com muito mais glitter.

Para Mariah Carey e os detentores dos direitos autorais da música, isso significa uma chuva de receitas: royalties de execução pública, monetização no YouTube, sincronizações em comerciais e filmes, vendas de álbuns e até produtos licenciados. Tudo isso sem precisar lançar uma nova versão ou sair em turnê. É o sonho de qualquer investidor: retorno passivo com apelo emocional.


O sucesso perene da canção também lança luz sobre um segmento cada vez mais cobiçado no mercado financeiro: os catálogos musicais. Empresas como Hipgnosis e Primary Wave estão comprando direitos autorais como se fossem terrenos em bairros nobres. E com razão. Um hit como o de Mariah Carey é o equivalente sonoro a um prédio comercial na Avenida Paulista: sempre ocupado, sempre rendendo.

Esses ativos oferecem algo raro no mundo dos investimentos: previsibilidade. Em um setor tão volátil quanto o do entretenimento, saber que uma música vai gerar receita todo fim de ano é como ter um aluguel garantido por contrato — com bônus de Natal incluso.


Com mais de 770 milhões de visualizações acumuladas, o clipe de All I Want for Christmas Is You é uma vitrine que nunca fecha. Cada clique representa centavos que, somados, viram milhões. E o melhor: o marketing é praticamente orgânico. Playlists temáticas, desafios virais e memes natalinos fazem o trabalho pesado, enquanto Mariah apenas observa o gráfico de receita subir.

O protagonismo anual de Mariah Carey nas paradas não é apenas um fenômeno cultural. É uma aula prática sobre como ativos intangíveis — como músicas, marcas e personagens — podem ser tão valiosos quanto ações ou imóveis. Para investidores atentos, é um lembrete de que a nostalgia vende. E vende muito.

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