Primeiras análises de Black Myth: Wukong falam de “boss rush” com altos e baixos
As primeiras avaliações de Black Myth: Wukong publicadas em sites internacionais finalmente tiraram o véu sobre um dos jogos mais misteriosos...
Outer Space|Do R7
As primeiras avaliações de Black Myth: Wukong publicadas em sites internacionais finalmente tiraram o véu sobre um dos jogos mais misteriosos dos últimos anos, ainda que muito visto em trailers.
Embora a esta altura não restasse muitas dúvidas sobre a qualidade visual de Black Myth: Wukong, que é um dos raros jogos que exploram o potencial dos hardwares da geração do PS5 e Xbox Series, bem como do Unreal Engine 5, pairavam ainda dúvidas sobre a competência do ainda desconhecido estúdio chinês Game Science em tudo que não diz respeito aos gráficos.
As dúvidas sobre o design de fases, a possibilidade de Black Myth: Wukong ser um “boss rush” interminável, com pouca substância entre uma e outra luta com chefes, parecem ter sido confirmadas pela maioria dos avaliadores, ainda que o saldo da jogabilidade seja bastante positivo.
Black Myth: Wukong tem cinco capítulos infestados de confrontos com chefes, que foram mesmo o ponto de foco para o Game Science. A jornada entre um chefe e outro é descrita como linear, embora em algumas partes haja bifurcações nos cenários e alguns segredos que levam a novos itens e upgrades. Há um consenso de que o design de fases passa longe da qualidade de um “Souls” da From Software, enquanto o combate é elogiado por ter uma dinâmica parecida, ainda que sem o mesmo nível de desafio dos jogos do estúdio japonês.
“Não morremos até o final do segundo capítulo do jogo. Não estamos dizendo que jogos como esse precisam ser uma espécie de trabalho duro, mas ficamos muito surpresos com o quão lento é o aumento da dificuldade”, comentou o site Videogames Chronicle, que publicou apenas suas impressões após pouco mais de dez horas de jogo. “Isso torna os chefes, que parecem ótimos e geralmente são acompanhados por mecânicas de ataque interessantes, muito chatos devido à rapidez com que os atropelamos”.
A impressão de baixa dificuldade, pelo menos na maior parte do jogo, é apontada por outros avaliadores, como o do site Stevivor, que escreve: “Se você não é um grande fã de jogos como Dark Souls, Elden Ring ou o recente Lies of P, não deixe que isso o desanime – Black Myth Wukong é um dos jogos Soulslike mais fáceis até hoje”.
O avaliador diz ter derrotado o primeiro chefe do jogo “na primeira tentativa, e mal usando cura”. “Fiquei francamente chocado com o quão fácil foi (e isso vindo de um jogador de Elden Ring que precisou recorrer a muito ‘cheese’ e muito co-op ou geração de aliados)”.
Outros avaliadores comentam que a dificuldade se intensifica nos capítulos derradeiros e a jornada de cerca de 40 até o final e há súbitos picos de dificuldade.
“Há algumas lutas extremamente desafiadoras e visualmente interessantes, como o confronto do segundo capítulo com um tigre empunhando uma espada, mas a relativa falta de dificuldade do jogo, mesmo na metade, significa que você passa muito pouco tempo com elas”, acrescentou o crítico do Videogames Chronicle.
Enquanto o combate é fluido e divertido, mas não empolga como os melhores “Souls”, o maior incentivo a enfrentar a jornada ao oeste do Rei Macaco é mesmo o espetáculo visual proporcionado.
“O que não pode ser negado é o quão impressionante o jogo é visualmente. Estávamos jogando o jogo usando um PC de ponta com uma RTX 4090 e ele está facilmente na conversa para um dos jogos visualmente mais impressionantes de todos os tempos”, escreveu o avaliador supracitado.
Afastada a comparação com os jogos da From Software, o consenso é de que Black Myth: Wukong ainda se destaca como jogo de ação.
“Black Myth: Wukong é apenas um Soulslike da mesma forma que Stellar Blade, e isso é mérito dele. Ele pega emprestado elementos do subgênero, mas cria um nicho para si mesmo ao focar em suas principais diferenças. Apesar de alguns problemas de desempenho e picos de dificuldade frustrantes, o combate frenético de Black Myth: Wukong e a ênfase no movimento fluido fazem com que ele pareça diferente de qualquer outro de seus contemporâneos”, escreveu o site Digital Trends em seu veredicto.
“Depois de todos esses anos de espera, Black Myth: Wukong é um jogo de aventura muito bom. Usar um cenário raramente visto no mundo ocidental torna o jogo intrigante, e isso é fortalecido quando você descobre todas as histórias de fundo dos personagens. O combate é tão variado quanto os ambientes que você atravessa, e embora o jogo não seja tão masoquista quanto outros jogos de ação modernos, é difícil o suficiente para que um pouco de paciência e planejamento ainda o levem longe nas escaramuças”, concordou o site Worthplaying.
No momento, Black Myth: Wukong está com a média 82% no agregador Metacritic. O jogo será lançado na segunda-feira, 19 de agosto, às 23:00, no horário de Brasília, para PC e PS5.
O post Primeiras análises de Black Myth: Wukong falam de “boss rush” com altos e baixos apareceu primeiro em Outer Space.