Take-Two estaria planejando fechar ou vender o selo Private Division
Apesar de ainda negar publicamente, a Take-Two está supostamente determinada a eliminar seu selo independente Private Division, bem...
Outer Space|Do R7
Apesar de ainda negar publicamente, a Take-Two está supostamente determinada a eliminar seu selo independente Private Division, bem como os estúdios colocados sob sua bandeira.
Em abril, a Take-Two anunciou a intenção de demitir 5% de sua força de trabalho, cerca de 600 pessoas. Na ocasião, uma reportagem da Bloomberg, que teve acesso a documentos internos da editora, revelou que as demissões envolviam as equipes dos estúdios Roll7 (Rollerdrome) e Intercept Games (Kerbal Space Program 2).
A notícia do fechamento desses estúdios foi desmentida recentemente pelo CEO da Take-Two, Strauss Zelnick, que preferiu não entrar em detalhes ainda sobre o plano de reestruturação da empresa. No entanto, uma nova reportagem do IGN confirmou por outras fontes que o Intercept está programado para fechar em 28 de junho, e o Roll7 também está com os dias contados, pendendo apenas o fim de algumas obrigações com parte da equipe.
Restam apenas três projetos sobreviventes no selo Private Division: No Rest For the Wicked do Moon Studios, que acaba de ser lançado em acesso antecipado; o simulador de hobbit Tales of the Shire; bem como um projeto anônimo do Game Freak. Além disso, a Take-Two confirmou o encerramento de sua parceria com a Bloober Team em torno de um jogo de terror não anunciado, bem como um projeto em colaboração com One More Level (Ghostrunner).
A opção por não confirmar o fim do Private Division publicamente teria uma explicação: a Take-Two ainda gostaria de vender o negócio a possíveis interessados e teria tentado repassar a licença de Kerbal Space Program para a Paradox Interactive, sem sucesso.
O Private Division poderia ser adquirido por um fundo de investimento privado através de certos contatos da Moon Studios. No entanto, o IGN também afirma que as condições de trabalho no estúdio austríaco não melhoraram desde que uma investigação do site VentureBeat revelou, em 2022, insatisfação de membros da equipe. Fontes anônimas afirmam, agora ao IGN, que tudo o que foi denunciado na investigação é “real e pior que isso”, descrevendo gestores “cruéis” e condições de trabalho “de pesadelo”.
As fontes ouvidas pelo IGN apontam o dedo para Michael Worosz, atual chefe do Private Division, acusado de ter conduzido o selo ao fracasso por erros de julgamento. “A editora muitas vezes recebia metas de vendas irracionais e colocava os estúdios sob pressão para lançar jogos antes que estivessem prontos”, descreve a reportagem.
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