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Alexandre Nero será maestro João Carlos Martins nos cinemas: "Ninguém tem ideia de quem ele é no Brasil"

Elenco do filme ainda terá Alinne Moraes, Rodrigo Pandolfo e Caco Ciocler

Pop|Felipe Gladiador, Do R7

Alexandre Nero será João Carlos Martins em filme
Alexandre Nero será João Carlos Martins em filme
Caco Ciocler vai viver professor de piano do maestro
Caco Ciocler vai viver professor de piano do maestro
Rodrigo Pandolfo será a versão mais jovem do maestro
Rodrigo Pandolfo será a versão mais jovem do maestro
Mauro Lima dirige o filme e Alinne Moraes será mulher de João
Mauro Lima dirige o filme e Alinne Moraes será mulher de João

O maestro João Carlos Martins já ganhou dois documentários e até virou samba enredo campeão do Carnaval de São Paulo, da escola Vai-Vai. Agora, a vida do grande pianista vai chegar às telonas. Começa a ser rodado neste sábado (30) um filme sobre o músico e o elenco conta com grandes nomes. 

Os atores Rodrigo Pandolfo e Alexandre Nero foram os escolhidos para viver o maestro, respectivamente em sua fase jovem e adulta. O R7 esteve no lançamento oficial do filme, chamado provisoriamente de João, em São Paulo. Nero falou sobre a importância em contar toda a história do músico.

— Ninguém tem a menor ideia de quem é o João no Brasil. Muito provavelmente, as pessoas de fora do Brasil conhecem mais o João do que nós, brasileiros, e eu me incluo nisso. O próprio Pelé, que é o melhor do mundo em um trabalho extremamente brasileiro, que é o futebol, já é meio esquecido, imagina só um cara da música erudita.

Nero ainda falou sobre sua preparação e pesquisa para o papel, revelando que se chocou ao ver mais sobre as habilidades de João.


— Conforme a gente vai estudando, a gente vai ficando um pouco embasbacado com tudo que aconteceu. Todo mundo aqui tem um pouco de sarcasmo, então vão entender isso como um elogio, mas quando eu comecei a estudar o piano para tentar fingir que eu toco como o João, eu assistia aos vídeos e pensava “Filho da p***” [risos], duvidando se ele tocou mesmo aquilo, porque é de uma rapidez tão assustadora e de uma habilidade tão impressionante que você começa a entender quem é esse cara.

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Rodrigo Pandolfo se mostrou emocionado com a possibilidade de dar vida à história do maestro, especialmente com o próprio acompanhando tudo de perto. 

— Ter a oportunidade de ter você aqui junto, trocando, olhando, guiando a gente da forma mais sensível possível é incrível. Muito obrigado. Eu espero conseguir chegar perto da sua maestria.


João Carlos Martins disse que era uma grande emoção ver um filme sobre sua vida nos cinemas.

— A única coisa que eu posso dizer é que eu vou fazer 76 anos no mês que vem e você, em vida, ter a oportunidade de tê-la relatada com todos os altos e baixos, todos os teus acertos e erros, mas baseado na realidade, isso me deixa profundamente emocionado.

O maestro revela que, em 1996, o jornal The New York Times escreveu um título dizendo que um novelista teria dificuldade de criar uma história tão “implausível” quanto a de sua vida. Por conta disso, João foi procurado por produtores americanos que queriam contar sua história, mas nenhum projeto foi para a frente. Ele foi procurado então pela família Barreto, que produz o filme. 

— Demorou uns três anos para chegarmos a uma conclusão do roteiro e, finalmente, apareceram algumas pessoas que eu, que dificilmente uso essa palavra, considero geniais. Depois que o Mauro Lima [diretor do filme] me deu a ideia dele, eu falei: "Esse moço é gênio". Quando eu fui assistir ao Nero no teatro, eu falei “Meu Deus, eu aqui sou o coadjuvante. Eu que gostaria de ser ator e fazer a vida do Nero". Quando eu vi o perfeccionismo com que eles estavam fazendo o filme, eu pensei: “Isso não é um filme, é a obra de um joalheiro”. Minha esperança é muito grande e o resto a história vai contar.

O diretor Mauro Lima, de Meu Nome Não É Johnny e Tim Maia, conta de uma ligação curiosa com o maestro.

— Para mim, o que eu conhecia do João Carlos Martins é que ele era um dos pianista da música erudita mais emblemáticos da história e que ele é pai do meu primeiro amigo do maternal na escola. A história dele é incrível, com uma vocação para um formato epopeico da melhor qualidade. Este filme é mais um capítulo dessa vida epopeica dele. 

Mauro, que é casado com Alinne Moraes, brinca com a presença da mulher no filme. 

— Essa aparência de cabide de emprego é só aparência, porque todos os trabalhos que eu faço com ela, eu sou o último a chamar. A gente estava no lançamento da biografia dele, eu estava quietinho no meu canto e o João falou: “E se a Alinne fizesse a Carmen?”. O cabide é ela, eu que tô pendurado [risos].

Alinne conta que a própria Carmen, mulher de João Carlos Martins, a convidou para o papel.

— Eu e o Mauro já tínhamos combinado que no próximo filme íamos dar um tempinho [risos]. Quem me convidou foi a Carmen, aí o Mauro saiu e falou: "Deixa eu ir embora que eu não tenho nada a ver com isso". A responsabilidade é em dobro, mas eu e a Carmen temos uma grande sintonia. A gente fala com os olhos, a gente se emociona só de se olhar.

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O ator Caco Ciocler vai dar vida ao professor de piano de João e conta que também tem algumas histórias com o maestro.

— Na última eleição, eu fui votar e quando estava entrando no carro uma mulher falou: "Não acredito que eu estou te vendo" e me trouxe um roteiro de uma série sobre a vida dele. Ela falou: “Eu escrevi essa série pensando em você, não acredito que você está aqui”. Era um horror [risos]. Chamava Mãos de Deus, era muito ruim. Curioso eu ter sido chamado duas vezes pra contar a mesma história [risos]. Outra coisa é que meu filho pediu para eu comprar um piano porque ele queria aprender, ele teve um mês de aula e desistiu. Ficou um piano lá em casa, aí eu me mudei e pensei em dar o piado. Uma semana depois me chamaram para fazer o Cesar Camargo Mariano e agora tem esse filme. Alguma coisa está me dizendo para deixar o piano em casa. Eu estou muito feliz porque eu sempre quis fazer o Senhor Miyagi, esses mestres, o treinador do Rocky Balboa, esses personagens que o Ben Kingsley faria.

Fernanda Nobre será a primeira mulher de João e também elogia o filme. 

— Vai ser uma honra, o roteiro é muito bom.

POLÊMICA

Antes do anúncio oficial do início das filmagens, uma polêmica aconteceu, já que o ator Marcelo Serrado estava escalado para viver o protagonista da história e foi substituído por Alexandre Nero. Em entrevista para a revista Veja Rio, Serrado criticou a troca, dizendo que houve um "megadesrespeito". A produtora Paula Barreto explicou ao R7 a troca.

— O outro ator, por questões de agenda, não pôde fazer. A gente não podia mais atrasar, a gente tem prazo até 31 de dezembro perante a Ancine para entregar o filme pronto. E para um filme ficar pronto, o processo de produção leva no mínimo nove meses. A gente está começando no último dia que a gente poderia e o outro ator estava com compromisso. Foi simples assim. Nada além disso.

O diretor Mauro Lima explica a escolha de Nero. 

— Como diretor e músico mequetrefe que eu sou, para mim é fundamental trabalhar com atores que também sejam músicos, esse é o caso do Pandolfo e do Nero. E o Caco tem um piano em casa [risos]. Eu tenho dificuldade de ver filmes em que os atores não são músicos, isso afunila nossas possibilidades, mas neste filme tive a sorte de ter estes dois atores que são extraordinários e músicos.

João Carlos Martins também elogia o ator.

— Quando eu vi a musicalidade no show do Nero e todo o gestual dele, eu falei: “Esse moço se tomar uma aula de regência, no dia seguinte ele está regendo”, porque eu vi a expressão corporal dele. E uma voz com afinação incrível. Eu falei: "Que sorte de encontrar uma pessoa que, além de grande ator, é um músico de primeira qualidade". Tudo isso me impressionou profundamente. Por isso que eu conto a história de quando foi ter o sorteio do desfile da Vai-Vai, caiu nas 6 horas da manhã de um sábado, dia 5. No dia 4, 11 horas da noite, o presidente da Vai-Vai pediu para eu dar uma voz de incentivo para todos os diretores de ala porque teriam que esperar sete horas. Eu falei: "Nosso horário é ruim, mas graças a Deus é dia 5, porque dia 5 desde os 8 anos de idade foi meu dia de sorte para ganhar concursos de música”. Todo mundo aplaudiu e o presidente da Vai-Vai falou: “Qual o primeiro concurso que o senhor ganhou dia 5?”. Eu falei: "Amanhã” [risos].

A produção tem estreia prevista para o primeiro semestre de 2017 e terá cenas rodadas no Uruguai e em Nova York, nos EUA. O custo de produção é estimado em R$ 9 milhões. 

Veja mais fotos do evento de anúncio do filme abaixo!

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