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David Gilmour se apresenta pela primeira vez no Brasil com turnê de CD feito em parceria com a mulher

Ex-integrante do Pink Floyd apresenta no Brasil a turnê do disco Rattle That Lock

Pop|Helder Maldonado, Do R7


Polly Samson e David Gilmour: CD é fruto de parceria entre o casal
Polly Samson e David Gilmour: CD é fruto de parceria entre o casal Francisco Cepeda

Os fãs sul-americanos do Pink Floyd já nem acreditavam que seria possível assistir shows de David Gilmour por aqui. Demorou quase 50 anos para o músico agendar uma turnê que incluísse o Brasil e outros países da região no roteiro.

Não é à toa que a turnê que passa pelo continente em dezembro teve os ingressos esgotados rapidamente e precisou organizar datas extras para atender a procura. Em São Paulo, serão duas apresentações, que acontecem em 11 e 12 de dezembro na Allianz Parque.

O show promove o CD solo Rattle That Lock, primeiro que o músico de 69 anos lança após anunciar o fim do Pink Floyd, em 2014. Feito em parceria com Phil Manzanera (ex-Roxy Music) e a esposa, a escritora Polly Samson, o projeto mostra um Gilmour mais livre para arriscar.

No CD, gêneros como rock, pop, blues e jazz estão presentes. Além disso, a voz de Gilmour apresenta novas nuances, enquanto as letras feitas pela mulher mostram o músico explorando temáticas que não costumavam integrar a parte lírica do Pink Floyd.


No entanto, em entrevista coletiva realizada na manhã do de quinta-feira, no Allianz Parque, 10, em São Paulo, Gilmour garantiu que nada disso foi deliberado. Segundo ele, o CD não foi pensado como uma forma de se libertar das amarras que uma banda clássica como o Pink Floyd impõe com o passar dos anos.

— Simplesmente aconteceu. Não planejei o disco para ser assim e nem foi minha ideia ficar distante da sonoridade do Pink Floyd, que também é bem diversificado, diga-se de passagem.


Ao lado do marido durante toda a entrevista, Polly comentou que foi uma experiência única colaborar com Gilmour nesse projeto e que é sempre emocionante ouvir pela primeira vez a transformação das suas palavras em melodias cantadas pela voz do companheiro.

O show


Mas o show não traz apenas as músicas feitas nessa parceria. Gilmour não tem como escapar de tocar hits da antiga banda e estes ocupam pelo menos 2/3 do repertório.

A apresentação é dividida em duas partes: uma de 70 e outra de 80 minutos. Ao todo, estão previstas 21 músicas. Entre elas, sucessos como Wish You Were Here, Confortably Numb, Time, Us and Them e Shine On Your Crazy Diamond. Até Astronomy Domine, da fase em que Syd Barret ainda fazia parte do grupo e Gilmour atuava como modelo, entrou no show.

Dos discos solos anteriores, apenas a faixa On a Island está garantida. Questionado sobre como avalia essas apresentações no Brasil, Gilmour foi humorado: "Só o fato de ainda poder subir ao palco e tocar já basta".

Apesar de longo e com uma banda competente, o show em nada se iguala à opulência teatral da turnê The Wall, que o ex-Pink Floyd Roger Waters trouxe ao Brasil em 2011. Gilmour é mais econômico na parte cênica, porém apresenta um show tão ou mais competente que o ex-parceiro e desafeto.

Gilmour em estúdio: Pink Floyd ficou no passado
Gilmour em estúdio: Pink Floyd ficou no passado

E mesmo que tenham aparentemente se acertado, o fantasma de Waters ainda persegue Gilmour aonde quer que ele vá. Na coletiva, perguntas sobre o ex-parceiro de banda surgiram em vários momentos. Cada resposta sobre o assunto deixava a impressão de que o ódio existente no passado talvez tenha sido superado. Mas um retorno do Floyd ou parceria com Water são planos que estão definitivamente descartados.

— Quando nos apresentamos no Live 8, em 2005, tivemos problemas na escolha do repertório e eu precisei deixar claro para Roger que ele era apenas um convidado e não podia opinar sobre essas decisões. Ainda existem muitos interesses comerciais em uma reunião nossa, mas eu não quero explorar uma relação tão dolorosa a essa altura da minha vida.

David Gilmour se apresenta no Brasil nos dias 11 (sexta) e 12 de dezembro (sábado), no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 14 de dezembro (segunda), na pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, e no dia 16 (quarta), na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

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