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Diretor de Esquadrão Suicida comenta sucesso do filme: "Os malvados são sempre os mais legais"

David Ayer elogiou as atuações de Margot Robbie, Viola Davis e Will Smith

Pop|Felipe Gladiador, Do R7

Os vilões queridinhos de Esquadrão Suicida
Os vilões queridinhos de Esquadrão Suicida

Esquadrão Suicida pode até ter dividido a opinião dos críticos, mas vai muito bem em bilheteria desde sua estreia. O filme bateu vários recordes e bomba nas redes sociais por conta de seu elenco repleto de estrelas. 

A Warner Bros. Pictures enviou com exclusividade para o R7 uma entrevista com David Ayer, o diretor do filme. 

Ayer falou sobre a fascinação que sentimos por vilões e elogiou nomes do elenco como Margot Robbie, Viola Davis, Cara Delevingne e Will Smith. 

Ele também falou do processo de criação do Coringa de Jared Leto.


Leia a entrevista completa abaixo!

Você é fã de quadrinhos, o que te atraiu para fazer este filme?


David Ayer: Eles são complexos, eles são caras maus e caras maus fazem coisas descoladas e vivem com regras diferentes. Acho que os malvados são sempre os personagens mais legais dos filmes porque os bonzinhos sempre são previsíveis. Você sabe em toda situação o que o mocinho vai fazer, então é difícil “passar na frente” do público, mas os vilões são sempre coringas. Além disso, os bonzinhos já são amados e aceitos pelo mundo. Os caras maus têm uma bagagem com a qual precisam lidar [risos].

Como você equilibrou o que já é conhecido nos quadrinhos da DC e a sua própria visão para a história e para estes personagens?


David Ayer: Enquanto eu estava escrevendo, eu sempre mantive as diferenças e comportamentos dos personagens em mente, mas os quadrinhos sempre vieram em primeiro lugar, de certo modo. É de onde tudo veio, é material de pesquisa, então eu pesquisei bastante. Eu tinha pilhas e pilhas de quadrinhos no meu escritório e eu os estudei como um arqueólogo, apenas tentando entender quem eram os personagens, de onde vinham e como eles refletem o tempo em que foram criados.

O que é interessante no sucesso de Esquadrão Suicida é que a paranoia da Guerra Fria nos anos 80 ainda parece se encaixar no mundo atual. Você tem esses caras maus usados por governos e pode ver nossos governos aprendendo maneiras não tão tradicionais de resolver problemas.

Esquadrão Suicida já é o filme mais legal da nova fase da DC Comics nos cinemas

Você chamou o Esquadrão Suicida de “um bando de Super-Vilões”. Por quais motivos a Amanda Waller selecionou estas pessoas perigosas para fazer parte de seu time?

David Ayer: Amanda Waller os escolhe com base nas habilidades deles. Individualmente, todos têm grandes capacidades, mas quando se juntam como um time, aí é que eles realmente ficam poderosos. No começo, eles se estranham. Esta é uma história sobre como eles não são uma equipe, mas se tornam uma. Ironicamente, apenas quando eles estão juntos é que podem ser quem realmente são. A última coisa que estas pessoas querem é trabalhar com os outros. Eles estariam na categoria “não trabalha bem com outros” na escola.

Pistoleiro não quer trabalhar com os outros, mas acaba se tornando o líder do Esquadrão, quase que por descuido. O que o Will Smith trouxe para o papel e o quanto daquela dinâmica de grupo foi influenciada por sua presença como ator?

David Ayer: Will é o Pistoleiro, dentro e fora das telas. Ele tem uma história tão fantástica como ator e esteve em projetos maravilhosos. O elenco realmente se inspirou com ele neste sentido. No set, ele tinha esta energia incrível. Ele era, definitivamente, o mais racional do grupo.

Will é um líder natural e realmente se sente como o líder do Esquadrão como Pistoleiro, mas tudo é sempre relutante com ele. Pistoleiro vai conseguir qualquer coisa que quiser no mundo, então a jornada para ele é descobrir como se dar bem com as pessoas para ser aquele líder. E Will é incrível nisso. Ele fez um fantástico trabalho.

Você pode falar sobre colocar este maravilhoso elenco junto e como os atores trouxeram os personagens à vida?

David Ayer: Realmente se parece com um elenco super-poderoso e um dos melhores grupos que vi nos últimos tempos. A melhor coisa deste elenco é que todos estão perfeitamente em sintonia com seus papeis e têm muita química juntos. Não são personagens fáceis de interpretar, mas como diretor eu gosto de atores que já tenham os personagens dentro deles. Isso é incrivelmente importante para mim, e o elenco se uniu belissimamente.

Hoje, é inimaginável que qualquer outra pessoa que não a Margot [Robbie] pudesse interpretar a Arlequina, foi o que eu vi na época [da escolha do elenco]. Margot foi uma das primeiras escolhidas e encaixou como uma luva. Ela fez um trabalho incrível e se transformou na personagem. Viola Davis é inacreditável e fenomenal. A Amanda Waller é um personagem formidável do seu jeito e, você pode discutir isso, mas ela talvez seja uma sociopata. Novamente, é difícil imaginar outra pessoa no papel.

Cara Delevingne também foi uma das primeiras pessoas que escalei. Eu tive uma visão de uma Magia linda com uma face angelical que realmente não vai fazer bem algum, e a Cara é perfeita para o papel. Adam Beach salta da tela como Amarra e o Jai Courtney, como Capitão Bumerangue, entrega uma performance diferente de tudo que você já viu dele. Eu dei liberdade ao Jai para ser realmente malvado, e acho que para todo o elenco foi uma fantástica oportunidade sair dos limites do que é considerado normal.

Você gravou o filme em locações reais e apostou na maioria dos efeitos práticos, com uso de dublês, mais do que CGI. Por quais motivos isso foi importante para fazer do filme “old school”?

David Ayer: Bom, eu acho importante por duas razões. A primeira é que você pode ver que é real. Há muita ação no filme e, como público, acho que você pode sentir e ver a diferença entre CG e efeitos físicos.

Há efeitos no filme, mas a maioria dos “stunts” foram feitos pela equipe de dublês do Guy Norris e pelos próprios atores. Quando você vê Arlequina pendurada em uma corda é a Margot de verdade. Ela treinou e trabalhou duro para conseguir completar todos os “stunts” ela mesma.

A outra razão é que os elementos físicos ajudam os atores. Eles não estão parados em uma tela verde reagindo conforme a imaginação. No set, as coisas estão mesmo sendo explodidas. Muito do que você vê, eles viveram e todos saíram com algumas cicatrizes de batalha.

Metaforicamente, claro.

David Ayer: Não, há cicatrizes [risos]. Desculpa, gente.

Enquanto muitos dos personagens em Esquadrão Suicida fazem sua estreia no filme, o Coringa já está aí nas telas há décadas. O que passou pela sua cabeça ao escolher este personagem e como o Jared Leto fez esta nova interpretação do Coringa ganhar vida nas telas?

David Ayer: É um processo assustador. Este é o cara malvado mais conhecido, o melhor vilão da ficção. O Coringa está aí desde 1941 mais ou menos e é um ícone cultural. Você está colocando sapatos enormes e acho que você só pode fazer isso com reverência e receio. E o Jared realmente é o cara ideal para fazer isso.

Ele é o clássico ator de método. Ele estudou várias pessoas e figuras históricas e fez uma vasta quantidade de pesquisa em diferentes áreas para montar este personagem. Você precisa ser absolutamente corajoso como ator para pegar um trabalho desses. Ele tem todo o meu respeito.

Enquanto os quadrinhos sempre foram tradicionalmente uma área com predominância masculina, as personagens femininos de Esquadrão Suicida são poderosas, complexas e poderosas como seus colegas homens. Foi algo que você quis fazer?

David Ayer: É engraçado porque eu não categorizei ninguém deste jeito. Estes são personagens descolados, poderosos que são mulher. Obviamente, Arlequina é insana e tem seu jeito único de pensar, mas ela é poderosa. Viola Davis como Amanda Waller está claramente no comando. Ela domina cada cômodo onde está. Cara como Magia e Karen Fukuhara como Katana, elas são físicas, assustadoras, duronas.

É algo que faz parte do nosso mundo atualmente. Há mulheres em posições de poder e nossos filmes precisam mostrar isso também.

Super-heróis estão em nossa cultura há décadas como figuras inspiracionais, mas o que você acha que os Super-Vilões, particularmente os personagens de Esquadrão Suicida, têm que nós nos conectamos tão profundamente com eles?

David Ayer: Nós temos uma conexão mitológica com o cara bonzinho. A tradição heroica volta milhares de anos, mas o anti-herói volta o mesmo tanto. Nos quadrinhos, muitos Super—heróis são heróis desde o começo. São corajosos, leais, pensam nos outros, qualidades que não necessariamente nós ligamos aos caras malvados. Estes são os últimos que você espera que sejam heróis, mas eles surpreendem.

É isto que faz esta história ser divertida. Você conhece esta louca família, os vê nesta jornada juntos e descobre, enquanto eles descobrem, que eles são capazes de coisas incríveis. De certa forma, é a clássica jornada do herói, mas eu acho que é isso que nos separa de muitos filmes deste gênero, esta jornada. Para mim, há algo de mais acessível, empolgante e universal nisso.

Enquanto estava fazendo este filme, teve algum momento no set que foi particularmente memorável ou alguma cena que te emocionou como cineasta?

David Ayer: Este é um filme muito grande e foi um desafio físico, mas para mim, sempre a melhor parte está com os atores e o trabalho dos personagens. Há no filme esta cena em um bar que, para mim, é uma pérola. É a última cena que você esperaria ver em um filme do tipo, com os personagens sentadinhos fazendo amizade, mas as atuações são tão verdadeiras. Estes foram os melhores dias para mim como diretor.

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