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"Ela me disse que aqui era fantástico, então eu vim", diz pai de Amy Winehouse sobre shows no Brasil

Cantor, que vai se apresentar em quatro cidades, conta que "conversa" com a filha até hoje

Pop|Marcella Franco, do R7

Pai de Amy Winehouse já trabalhou também como taxista
Pai de Amy Winehouse já trabalhou também como taxista

Muito antes de Amy Winehouse botar os pés em solo brasileiro, em janeiro de 2011, seu pai já idolatrava a cultura daqui. Craques do futebol e da música, como Pelé e Sergio Mendes, faziam parte do imaginário de Mitch Winehouse já desde a década de 60 e, finalmente, quando o taxista e cantor ouviu da filha que este era o país mais encantador do mundo, ele decidiu: tinha que vir ao Brasil assim que possível.

Pois o sonho de Mitch se torna agora realidade. O pai daquela que foi uma das maiores cantoras do século, morta poucos meses depois de se apresentar por aqui, mostra agora seu próprio show aos brasileiros, em apresentações nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Natal. Hospedado em um hotel carioca já há uma semana, Mitch tem se entretido, enquanto seus shows não chegam, com passeios a estádios de futebol, favelas e conversas com bandas nacionais, que devem render frutos artísticos em um futuro próximo.

Da banda do senhor Winehouse, faz parte o multi-instrumentista baiano Anselmo Netto. Da lista de surpresas nas apresentações, figura também a diva Elza Soares, que deve aparecer para dar uma canja no palco. 

Embora tenha ensaiado uma carreira como crooner em bares e cassinos de Londres na década de 70, e lançado um álbum produzido ao lado de Amy em 2010, Mitch nunca decolou como músico. Agora, aposta suas fichas em um repertório apoiado no jazz, além da promessa de arriscar algumas canções de Tom Jobim.


— Eu nunca parei de fazer shows, inclusive a Amy costumava aparecer no palco comigo em alguns deles. Quando ela me ajudou a produzir meu disco, foi muito divertido. Nós curtimos muito. A família do lado da mãe dela era toda de músicos e cantores, então Amy tinha um bom DNA. Só espero que ela tenha ganhado mais dinheiro do que eu.

Por falar em lucro, Mitch conta que parte da verba arrecadada com as apresentações no Brasil será revertida para sua ONG, a Amy Winehouse Foundation, criada em setembro de 2011 para ajudar famílias carentes nos Estados Unidos, Caribe e Reino Unido, e que, segundo ele, só em 2015, falou a mais de 6.000 crianças em idade escolar sobre os riscos das drogas e do álcool.


Mitch sabe bem dos efeitos devastadores que o abuso de ambos pode ter. A morte de Amy, em 23 de julho de 2011, foi creditada a uma overdose de bebida, não se sabe se acidental ou não.

— A morte de Amy não foi culpa de ninguém, exceto dela mesma. Blake (Fielder-Civil, ex-marido da cantora) até pode ter sido responsável por ter apresentado-a às drogas "classe A", e ele mesmo admitiu isso. Mas não pela morte dela. Esta pessoa foi Amy. O álcool é uma substância muito perigosa, e ela a usava de uma maneira arriscada. Ficava longos períodos sem usar, e outros períodos usando com frequência e em grandes quantidades. Antes de morrer, ela tinha passado cinco semanas sem beber nada, e, então, o acidente aconteceu.


Assim como evita responsabilizar o ex da filha por sua morte, Mitch também espera não ser responsabilizado pela decadência de Amy, como acredita ter acontecido com o lançamento, em julho, do documentário Amy, dirigido por Asif Kapadia. Na produção, há uma cena em que Mitch aparece dizendo que a filha não precisaria de ajuda com reabilitação das drogas, o que, segundo ele, é "injusto".

— Aquilo é uma mentira. Eu estava me referindo a um episódio específico em 2005, uma história diferente que eles editaram para dar a impressão de que eu não queria ajudá-la. Eu a levei à reabilitação mais de 50 vezes, e a apoiei quando ela foi sozinha. É ridículo e mentiroso. Você não vê nada a partir de 209, por exemplo, não vê os shows no Brasil. Ela tinha amigos maravilhosos, era cercada por pessoas que a amavam muito. Claro que tivemos momentos difíceis, mas também tivemos momentos ótimos de que ninguém fala. Os primeiros 45 minutos do filme são adoráveis, mas, depois, vira tudo um lixo.

E Mitch diz que não está sozinho na repulsa pelo resultado do documentário. Segundo ele, Amy também não teria gostado nada do que é exibido nas imagens.

— Ela conversa comigo mentalmente. Ela já me disse que sabe que a culpa pelo acidente é toda dela, e também que não achou bom o que fizeram de suas memórias naquele filme. Diz também que eu deveria falar menos e trabalhar mais (risos). Você deve achar que estou maluco, mas é a maneira que tenho de superar sua ausência.

Turnê Mitch Winehouse

Porto Alegre — Teatro do Bourbon Country, dia 15

São Paulo — Teatro Bradesco, dia 16

Rio de Janeiro — Teatro Bradesco, dia 18

Natal — Teatro Riachuelo, dia 20

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