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Veja entrevista com o músico brasileiro que viu Elvis ao vivo em 1976

Mauricio Camargo Brito é autor do livro Elvis - Mito e Realidade

Pop|Do R7

Pode-se dizer que o músico Mauricio Camargo Brito é um privilegiado. A razão? Ele foi um dos poucos brasileiros que tiveram a oportunidade de ver Elvis Presley ao vivo.

Mauricio é um poço de informações no que se refere a história da música, incluindo rock, blues e jazz, gêneros que domina na teoria e na prática, já que se apresenta fazendo tributos ao Rei com show pelo Brasil. O músico é um verdadeiro estudioso de tendências e ritmos musicais. 

Desde criança, ele foi despertado pelo interesse sonoro e hoje coleciona capítulos inusitados em em sua carreira. Já tocou com os grandes ídolos da Jovem Guarda, como Jerri Adriani, The Jordans e American Graffitti.

No livro Elvis - Mito e Realidade, que está em sua 5° edição, ele conta como foi sua experiência de estar perto do Rei em um show na Califórnia, Estados Unidos, em 1976.


A obra traz, além de depoimentos de pessoas próximas a Elvis, fatos e artistas que marcaram o mundo musical. Leia a entrevista:

R7 - Como você conheceu a obra de Elvis Presley?


Mauricio Camargo Brito - Eu conheci a obra de Elvis na minha infância. Elvis explodiu pelo mundo e, quando chegou ao Brasil, eu já era um "garoto musical', adorava ouvir música. As primeiras gravações de Elvis dão um toque de blues ao rock e ele teve notoriedade por isso. Foi aí que comecei a colecionar tudo em relação a ele. Com o passar do tempo, ele mudou de repertório. Seu empresário, "Colonel" Parker, sentiu que ele deveria gravar o que estava na moda, isto é, blues para os brancos, o que caiu como uma luva para o sucesso e repertório de Elvis.

R7 - De onde surgiu a ideia de escrever o livro sobre a história de Elvis?


Mauricio - Quando Elvis estava no ostracismo no Brasil e no mundo. Depois do show que fez no Havaí, Elvis simplesmente sumiu da mídia, mas eu não perdi o gosto por ele e, num belo dia, revirando minhas coisas vi que tinha muito material guardado, como revistas, livros, discos e, principalmente, conhecimento teórico sobre o assunto, o que não se via por aqui, os materiais lançados no Brasil não tratavam o mito Elvis com objetividade, eram textos óbvios, coisas bobas e fofocas sobre sua vida. Eu queria publicar algo que explicasse a essência do rock. Quando pensamos no ritmo rock, Elvis é a figura mais importante e pra você fazer isso tem que ir atrás de cultura, como por exemplo a história do Rio Mississippi, nos Estados Unidos, que conseguiu reunir em suas margens todos os ritmos do sul. Isso também está no livro, a miscelânea cultura vinda do sul dos Estados Unidos.

R7 - No livro Elvis - Mito e Realidade você conta que viu o Rei do Rock ao vivo. Como foi sentir um ídolo tão perto?

Mauricio - Todos me perguntam isso e é difícil dar uma resposta exata. O que posso dizer que eu vi Elvis há muito tempo atrás, há quase 40 anos. Quando você idolatra algum artista por muito tempo parece que quando o vê cara a cara é um outro tipo de sentimento, difícil de ser traduzido. Na verdade, a emoção e idolatria já começam desde a entrada no avião até chegar no local do show. Nao deixou de ser um impacto, pois dou entrevistas até hoje sobre aquele dia e é um privilégio. Hoje em dia é mais fácil viajar para o exterior, naquela época era como ir para a lua. Quando vi Elvis foi algo inesquecível. Naquele momento, meu cérebro já estava recheado de outras mil coisas. Gostaria de vê-lo em plena forma, nos anos 50, pois sou admirador dessa época também. É como ver Paul McCartney, seria muito mais legal ver ele na época dos Beatles.

R7 - Você acredita que as próximas gerações irão conhecer a obra deixada por Elvis?

Mauricio - Claro, ele é imortal! No livro, eu digo que Elvis tem três fases distintas, nos anos 50 ele foi uma pessoa, nos anos 60 foi outra, e na metade dos anos 70 outro homem completamente diferente. Depois de sua morte, começou outra fase. Cada ano que passa, vem mais forte. Quando eu comecei a conhecer Elvis ninguém falava sobre ele. Hoje em dia tudo fica mais fácil por causa da mídia.

R7 - Tem algum fato inusitado na trajetória de Elvis que poucas pessoas saibam?

Mauricio - Tem muitos, mas aconselho a ler meu livro. Quem ler , vai ter uma compilacao de tudo que eu li sobre Elvis e, principalmente histórias que me foram contadas (e arquivadas)por músicos, namoradas, família e artistas que estiveram com ele. Coleto essas informações desde que ele era vivo. Haja visto que o baterista de Elvis, DJ Fontana, esteve aqui em casa há algum tempo. Ele tocou comigo em São Paulo, fomos a lugares juntos. Tente imaginar o que eu ouvi da boca dele. DJ Fontana tocou com Elvis desde começo, em 1955, até 1968. 

R7 - Você pode nos adiantar algo sobre a parte 2 do livro Elvis - Mito e Realidade?

Mauricio - O que posso adiantar é que ele vai relatar a imortalidade do Elvis, embora nas paginas finiais eu conto tanto coisa que acontece ainda hoje, o que é contemporâneo, que parece não ter fim. Mesmo quando o livro termina parece que prevê o que vai acontrecer no futuro. Dá a sensação de que terá um terceiro livro, de que Elvis realmente não morreu e pode aparecer a qualquer momento cantando na TV.

R7 - E, por fim, qual foi a maior legado que Elvis Presley deixou?

Mauricio - A maior marca que Elvis deixou é justamente ouvir sua obra hoje e pensar "puxa, eu era feliz E SABIA!". De Elvis e de louco, cada um tem um pouco.

Título do livro: Elvis - Mito e Realidade

Onde encontrar: email mauriciocamargobrito@hotmail.com. Neste mesmo email você pode ter contato com Mauricio Camargo Brito e saber informações sobre a agenda de shows.

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