Vocalista do R5 diz que banda não tinha estilo: "Éramos muito novos"
Grupo se apresenta em São Paulo no próximo domingo (26)
Pop|Do R7*

Pela terceira vez no Brasil, a banda americana R5 vai fazer uma única apresentação no Audio, em São Paulo, no próximo domingo (26). Formada por Ellington Ratliff e pelos irmãos Ross, Rocky, Rydel e Riker Lynch, o grupo fez sucesso entre os adolescentes com o primeiro álbum, Louder, de 2013.
Quatro anos mais tarde, o estilo e a sonoridade da banda mudaram radicalmente. Das músicas animadas e juvenis, passaram para um conceito mais sensual e sombrio, experimentando vários estilos musicais. O grupo também produziu sozinho o novo EP, New Addictions, lançado este ano.
Em entrevista ao R7, o vocalista Ross Lynch explicou que a mudança nos últimos dois anos se deve ao amadurecimento deles e contou como foi a experiência de produzir o novo álbum.
— Quando nós começamos, éramos muito novos e tocávamos o que as pessoas queriam que nós tocássemos. Éramos o que os outros queriam que nós fossemos. Agora nós estamos pensando mais artisticamente. Quando nós entendemos como funciona o mundo da música, nós mudamos tudo, fizemos tudo sozinhos. Para produzir o novo disco precisamos de muito entendimento. Foi uma realização para nós entendermos que somos artistas e temos que fazer nossas músicas. Cada um cuidou de uma coisa que tinha mais afinidade e nos encontramos fazendo isso. Nós íamos todos os dias para o estúdio e percebemos que não tinha nada nos segurando mais.
Quando a banda começou, Ross tinha 17 anos e os fãs eram ainda mais novos. Mas não foi só ele que cresceu na frente do público, como os fãs cresceram com ele. Com isso, a relação entre ambos se tornou ainda mais íntima.
— Nossos fãs estão sempre nos levando para o próximo nível. No começo eles eram fãs que falavam “eu gosto de uma banda chamada R5”, mas agora eles querem que a gente cresça sempre, nos incentivam nas mudanças. Claro que o objetivo é crescer em uma escala global, mas tendo esses fãs com a gente, não precisamos de mais nada.
"Quando nós começamos%2C éramos muito novos e tocávamos o que as pessoas queriam que nós tocássemos"
Em turnê desde julho, a banda chega no final do mês em São Paulo e termina os shows em dezembro, no Peru. Para Ross, a experiência de viver viajando é incrível, apesar de desgastante.
— A pior parte é ficar longe do estúdio. Fazer música e continuar criativo é muito difícil, turnês são muito cansativas e longas. Mas é muito bom poder viajar pelo mundo e tocar para pessoas que admiram seu trabalho, é uma oportunidade incrível para alguém da minha idade [21 anos] poder conhecer tantas pessoas e culturas diferentes. Eu realmente gosto das nossas turnês.
Além de cantor, Ross também é ator. O trabalho mais recente de é o longa Meu Amigo Dahmer, onde ele interpreta o serial killer Jeffrey Dahmer, que assassinou 17 homens, a maioria homossexuais, entre 1978 e 1991 nos Estados Unidos. O filme estreou no começo de novembro nos cinemas americanos, mas ainda não tem previsão para chegar ao Brasil.
Esse é o primeiro grande papel de Ross e a atuação já foi elogiada pelos críticos. Antes do filme, Lynch não conhecia a história de Dahmer e apostou no longa para marcar o crescimento na carreira.
— Eu só conheci a história no roteiro. Foi um personagem muito desafiador e diferente de todos os que eu já tinha feito, mas foi uma experiência incrível. Para mim o filme foi bom para poder mostrar o que eu posso fazer como ator.
Serviço:
R5 em São Paulo
Quando: Domingo, 26 de novembro
Horário: 18h
Classificação: Livre
Local: Audio (Av. Francisco Matarazzo, 694 - Barra Funda)
Capacidade da casa: 3.200 pessoas
Ingressos: de R$175 a R$350
*Giovanna Orlando, do R7