Cães farejadores podem ter redescoberto rinoceronte ‘perdido’ e ameaçado de extinção
População selvagem total dessa espécie notoriamente esquiva deve ser de apenas 34 a 47 animais
RPet|Do R7
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Cães farejadores podem ter encontrado sinais do rinoceronte-de-sumatra, espécie que está “criticamente em perigo de extinção”. Acredita-se que existam menos de 50 exemplares da espécie no mundo hoje.
Agora, um relatório divulgado na última semana, aponta que os cães “descobriram o que se acredita serem vários montes de esterco de rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis)“. Testes ainda serão realizados para confirmar a descoberta.
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“Confio nos cães. Eles foram treinados para detectar fezes de rinoceronte. Eles encontraram o que todos acreditam ser fezes de rinoceronte... o que é uma ótima notícia”, disse Nina Fascione, diretora executiva da IRF (International Rhino Foundation).
Após anos de busca, os cães farejadores, chamados Yagi e Quinn, levaram apenas dois dias para encontrar as fezes. Antes, o grupo havia tentado de tudo para localizar os animais: mobilização de guardas florestais, armadilhas fotográficas e uso de drones. Nada deu resultado.
“Fiquei simplesmente emocionado”, diz Pete Coppolillo, diretor executivo da Working Dogs for Conservation, que cedeu os cães para as buscas. “Com menos de 50 [rinocerontes-de-sumatra] em toda a população global, mesmo um único indivíduo já é um grande acontecimento.

Coppolillo diz que os cães são treinados por três a quatro meses, mas depois disso conseguem “aprender um novo alvo em uma tarde”. Mesmo assim, a equipe treina os cães por várias semanas em seu novo alvo, usando todos os tipos possíveis: machos, fêmeas, jovens. Os cães foram treinados com fezes de dez rinocerontes em cativeiro no Santuário de Rinocerontes Way Kambas, na Indonésia.
“Estamos mobilizando cães altamente treinados para detecção de odores para procurar sinais do esquivo e criticamente ameaçado rinoceronte-de-sumatra”, escreveu a IRF em uma rede social no início do mês.
“Encontrá-los na densa floresta tropical não é uma tarefa fácil, mas com seu incrível olfato, esses cães estão ajudando os conservacionistas a localizar rinocerontes (ou suas fezes!)”, acrescentou.
“Na floresta tropical, precisamos ficar atentos a infecções e fungos, mas, ao mesmo tempo, manter [os cães] frescos, o que muitas vezes significa mantê-los molhados, o que exige vigilância e cuidado constantes”, diz Coppolillo. Ele acrescenta que os cães funcionam melhor encontrando animais que ocorrem em baixas densidades, são reservados e vivem em “paisagens estruturalmente complexas”. Os rinocerontes-de-sumatra se enquadram em todos esses critérios.
Os rinocerontes-de-sumatra são um dos animais mais ameaçados do planeta. Um novo relatório da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a autoridade global de conservação da vida selvagem, estima que a população selvagem total seja de apenas 34 a 47 animais. A espécie também é notoriamente esquiva, com guardas florestais afirmando que aprenderam até a evitar armadilhas fotográficas.
Perguntas e Respostas
Quais são os cães farejadores mencionados na matéria?
Os cães farejadores são animais treinados para detectar cheiros específicos, e neste caso, eles estão sendo utilizados em uma pesquisa para encontrar rinocerontes ameaçados de extinção.
Qual é a importância da redescoberta do rinoceronte mencionado?
A redescoberta do rinoceronte é crucial para a conservação da espécie, que está ameaçada de extinção. Encontrar esses animais pode ajudar em esforços de preservação e proteção.
O que se sabe sobre a situação atual dos rinocerontes?
Os rinocerontes enfrentam sérios riscos de extinção devido à caça ilegal e à perda de habitat. A identificação de novas populações é vital para a sobrevivência da espécie.