Cães podem farejar o estresse pelo hálito e suor do dono

Experimento demonstrou que os cachorros conseguem 'sentir o cheiro' e reconhecer emoções humanas

RPet|Do R7

07/10/2022 - 02h00 (Atualizado em 19/02/2024 - 20h32)

Um estudo realizado por pesquisadores da Queen's University Belfast, na Irlanda, comprova que cães podem farejar o estresse pelo hálito ou pelo suor do dono. A pesquisa foi publicada na revista científica Plos One.

Pesquisas anteriores já tinham provado que os cachorros podiam perceber quando os donos estavam estressados. A novidade desse estudo é que os cientistas conseguiram, por meio de testes, comprovar que os cães reconhecem o odor.

O estudo testou se os odores de linha de base e de estresse eram distinguíveis para cães, usando um procedimento de escolha forçada duplo-cego, de duas fases e três opções. Amostras combinadas de respiração e suor foram obtidas dos participantes no início e após uma tarefa indutora de estresse.

Quatro cães identificaram com sucesso as amostras de estresse. Segundo o texto publicado na revista científica, "os resultados indicam que os processos fisiológicos associados a uma resposta de estresse psicológico agudo produzem alterações nos compostos orgânicos voláteis emanados da respiração e/ou suor detectáveis pelos cães. Esses resultados aumentam nossa compreensão das relações humano-cão e podem ter aplicações para cães de serviço de suporte emocional e transtorno de estresse pós-traumático".

Os cães percebem o mundo por meio do olfato — eles possuem 220 milhões de células detectoras de odor, enquanto nos humanos são cerca de 50 milhões. Por meio do faro, os cachorros podem rastrear objetos, explosivos, drogas, Covid-19 e até emoções humanas.

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*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques

1. Yorkshire-terrier: os cães dessa raça são pequenos, rápidos e curiosos

A veterinária Priscila Villanova Nunes, da Clínica Thieres, explica que os animais sugeridos são ideais para companhia. "São cachorros de porte pequeno e miniatura, como os yorkshires", diz

2. Lhasa apso: essa raça possui pelos longos e densos, geralmente de uma única cor. É amorosa e companheira

Ainda de acordo com a veterinária da Clínica Thieres, a facilidade de transporte dos animais, devido ao tamanho e ao temperamento calmo, contribui na rotina de uma pessoa com idade mais avançada que deseja ter um bichinho de estimação

3. Spitz-alemão: também conhecida como lulu-da-pomerânia, essa é uma raça de cães extrovertidos e inteligentes

Para a veterinária Nicole Cherobim, do EcoCão Espaço Pet, a convivência com animais de estimação deixa o dia a dia mais leve, principalmente após um dia exaustivo. "Eles mudam a forma de a gente ver algumas coisas deste mundo, que parece muitas vezes ser tão difícil", comenta

4. Shih tzu: é uma raça de pequenos cães de companhia de pelo longo, originária do Tibete

"São raças que costumam ser mais calmas, que gostam mais de colo, agrado, aconchego, que são bem carinhosas. Não podemos generalizar, é claro, mas são as raças mais indicadas", diz a médica-veterinária

5. Pug: é uma raça de cães de companhia de pequeno porte, com focinho achatado e cauda enrolada. Por conta do formato do focinho, seu sistema respiratório superior é comprimido, portanto os cães dessa raça não toleram muito exercício físico

Ainda de acordo com Cherobim, a sugestão de cães adultos para os mais idosos se dá pela relação que se estabelece entre o animal e o tutor, de modo que se adaptem ao ritmo e à personalidade de cada um

6. Cavalier: a cavalier king charles spaniel é uma pequena raça canina oriunda do Reino Unido. É descendente dos cães de companhia criados desde o tempo dos reis da dinastia Stuart

A companhia de um cachorrinho traz inúmeros benefícios aos tutores idosos. "Existem vários estudos e
observações que revelam que a companhia de um animal de estimação ajuda a
diminuir a depressão, aumentar a imunidade, e outros estudos indicam que a
companhia de animais de estimação ajuda a prevenir e a tratar doenças como mal
de Alzheimer e Parkinson", conclui Cherobim

7. Poodle: com características fortes, essa raça está sempre alerta e é fácil de treinar

"É importante lembrar que os animais têm uma necessidade de
prática física, como saídas e passeios. Isso estimula essas pessoas a saírem de
casa, a realizarem passeios breves, mas diários, que trazem grandes benefícios
físicos e emocionais, porque estarão em contato com outras
pessoas, outros pets, com oportunidade de conversar, se distrair e, assim, melhorar a
sua qualidade de vida", comenta a veterinária

8. Schnauzer: possui um temperamento agradável para famílias. É uma raça bastante sociável e brincalhona

Segundo Patrícia Sprada, especialista em cuidado animal e CEO do EcoCão Espaço Pet, ter um bichinho de estimação é perfeito para qualquer idade. "Seja você criança, adulto ou idoso. Eles
nos fazem muito bem, porque eles conseguem entender a nossa
expressão e ficar do nosso lado da forma como a gente está", diz

9. Maltês: tem como principal característica ser uma raça dócil e afetuosa

Um exemplo dado pela especialista em cuidado animal envolve uma colaboradora da organização e um cachorrinho chamado Rei, seu grande companheiro. "Ela
sempre vem aqui para o Pet andando bem devagarinho, e o seu parceiro vem ao seu
lado, sem guia, sem nada, acompanhando o ritmo da dona Ana Júlia. Esse é um
dos grandes exemplos que temos aqui que as idades se complementam", diz

10. Bichon frisé: trata-se de uma raça alegre e brincalhona, fácil de lidar no dia a dia

"Esses pets também precisam de carinho, atenção, igual uma pessoa idosa, então
um acaba complementando essa fase de vida do outro", finaliza Sprada

Outro ponto importante apontado pelas especialistas são os cães SRD (sem raça definida), os famosos
vira-latas. "Eles são fantásticos e fariam uma ótima companhia para as
pessoas idosas, e, se puderem ser adestrados, melhor ainda, porque conseguimos
ensinar todos os comandos para ajudar na rotina da pessoa que será tutora do pet", finaliza a veterinária Nicole Cherobim

Para Sprada, em relação aos idosos, o mais indicado é seguir a adoção de um pet adulto. "Muita gente dá preferência pelos filhotes, mas normalmente os filhotes passam pela fase de euforia, com brincadeiras, roer, passeios, e às vezes uma pessoa idosa não consegue acompanhar mais esse ritmo acelerado do animal. Além disso, com as brincadeiras com os filhotes, às vezes podem gerar até acidentes", explica

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