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Castração reduz em 90% o risco de câncer de mama em cadelas e gatas 

Especialistas falam sobre o diagnóstico e como a doença pode afetar 45% das cadelas e 30% das gatas, incidência maior do que nos humanos

RPet|Marcela Virgulino*, do R7

Castração pode evitar câncer de mama em cadelas e gatas
Castração pode evitar câncer de mama em cadelas e gatas Castração pode evitar câncer de mama em cadelas e gatas

O câncer de mama também pode acometer os pets. Segundo especialistas, a castração pode reduzir em 90% o risco da doença em cadelas e gatas. 

Segundo um estudo do CFMV-CE (Conselho Federal de Medicina Veterinária do Ceará), o câncer de mama tem uma incidência proporcionalmente maior nos animais do que nos humanos e pode atingir 45% das cadelas e aproximadamente 30% das gatas. O conselho reforça que a redução desses números depende, na maioria das vezes, da observação da saúde dos animais pelos tutores. 

Já o CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo) informa que a doença se desenvolve em cadelas de 4 a 12 anos, e em gatas a partir de 1 ano de vida. Os tumores mamários em cães e gatos machos correspondem a apenas de 1% a 3% dos casos diagnosticados. 

Diagnóstico

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Os responsáveis devem prestar atenção se aparecerem nódulos, que geralmente podem ser identificados com uma simples apalpação. Quanto antes detectar a doença, maiores são as chances de sobrevivência e de uma boa recuperação.

A médica-veterinária Luciana Arioli explica que a "maneira mais simples e comum de diagnosticar a doença é por meio da apalpação. Assim como as mulheres fazem todo mês para ver se não tem câncer de mama, os responsáveis podem fazer o mesmo nas cadelas e gatas pelo menos duas vezes por ano, não durante o cio".

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Indicadores

"Existem dois fatores que levam as fêmeas a terem câncer de mama: a pré-disposição genética aliada à liberação de hormônios sexuais; então, toda vez que a cadela ou a gata entra no cio e se ela for predisposta geneticamente, isso já fica na memória da célula", explica Luciana.

Ela também explica que, com o passar dos anos e dos cios, a cadela ou a gata também pode apresentar o tumor na mama. 

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Sintomas

Sintomas de câncer de mama nos pets são silenciosos
Sintomas de câncer de mama nos pets são silenciosos Sintomas de câncer de mama nos pets são silenciosos

"Geralmente não há sintomas, é uma bolinha indolor que fica na região do mamilo, e a gente só nota quando passa a mão e sente o nódulo, observa. "As pets não reclamam, mas com o tempo o nódulo pode crescer estando num tamanho visível e ulcerar [criação de uma ferida]."

"O câncer começa de forma silenciosa e bem pequeno, menor que um grão de feijão, mas pode estar causando algum tipo de metáfase, e o tutor só vai perceber quando o tumor está grande; o principal sintoma é o surgimento de nódulos", explica a veterinária Janaina dos Reis. 

Sintomas em estágio avançado da doença:

• caroço nas mamas;

• perda de peso;

• perda de apetite;

• respiração afobada;

• dor ou incômodo; e

• odor forte.

Prevenção

Segundo o CRMV-SP, a castração é considerada uma medida preventiva. Dependendo da idade da fêmea, o resultado pode ser muito positivo. A castração em cadelas até o primeiro cio reduz em 99% o risco de câncer de mama. No terceiro cio, a porcentagem cai para 85%. Nas gatas, a chance de evitar um tumor chega a 90%.

A veterinária Janaina dos Reis informa que a castração pode ajudar a prevenir o surgimento da doença em gatas e cadelas. "Como muitas pesquisas mostram que os fatores hormonais estão envolvidos no desenvolvimento da doença, então quanto mais jovem a fêmea for castrada, isso significa antes do primeiro cio, melhores as chances de não ter a doença."

"A castração antes do primeiro cio evita mais de 98% o risco de desenvolver o câncer de mama; a cada cio, a taxa de prevenção (digamos assim) diminui. Após o primeiro cio, evita-se 80% de a doença aparecer, no terceiro cai para 50%, e vai reduzindo. Depois do quarto a quinto cio, a taxa de prevenção já não é mais efetiva para o tumor na mama", completa Janaina. 

Tratamento

"O tratamento é cirúrgico: o veterinário identifica a bolinha, faz sua retirada e manda para análise, que dirá se é um nódulo maligno ou benigno. Só então é indicada a quimioterapia ou não. Muitas vezes, apenas a retirada cirúrgica já é suficiente", destaca Luciana.

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