Cirurgiã salva borboletas com transplantes de asas
Katie Van Blaricum ajuda na preservação de borboletas no Zoológico de Topeka. Ela transmite suas cirurgias online, atraindo milhares de seguidores
RPet|Do R7

A norte-americana Katie Van Blaricum, de Topeka, Kansas, tem um emprego pra lá de inusitado no Zoológico e Centro de Conservação de Topeka. Ela ajuda a salvar borboletas, realizando delicadas cirurgias de transplante de asas.
De acordo com Katie, que também é proprietária de uma loja especializada na montagem e exibição de insetos, sua carreira de cirurgiã de borboletas começou por acaso em um evento no zoológico.
“A senhora responsável pelo evento mencionou que estava prestes a sacrificar uma borboleta que um de seus alunos havia acidentalmente danificado”, disse Van Blaricum à CTV News. "Eu disse a ela que já havia consertado essas borboletas no passado, então ela me pediu para tentar."

“Depois disso, ela continuou trazendo cada vez mais pacientes. Nosso zoológico marcou 600 borboletas este ano, então deve haver algumas que precisam de ajuda.”
A norte-americana conta que já tinha visto “borboletas Frankenstein” em um conservatório antes, então ela sabia que a cirurgia era possível.
“O processo envolve cortar a parte danificada da asa e depois colar uma nova”, disse ela, acrescentando que desde seu primeiro “paciente” em 2013, estima que tenha salvo cinco borboletas com suas cirurgias.
Katie transmite seus procedimentos na página do Facebook Insect Art, atraindo dezenas de milhares de seguidores fascinados com seu trabalho.
“A mensagem mais importante que tento transmitir é: os insetos são mais importantes do que você imagina”, disse ela. “Você não tem que amar insetos para respeitar seu lugar na natureza.”
Van Blaricum espera que sua arte, que usa insetos cultivados de forma sustentável em todo o mundo, ajude as pessoas a entender a importância da conservação.
“As principais ameaças às populações de insetos em todo o mundo são a perda de habitat e o uso em grande escala de pesticidas na agricultura industrial”, disse ela. “Eu me ofereci para reabilitação de vida selvagem por mais de 10 anos...Se não os conservarmos, muitos outros animais morrerão com eles.”