Especialistas ensinam o que fazer após morte de pet; enterrar no quintal gera multa de até R$ 500 mil
Depois da repercussão do velório de Estopinha, os internautas ficaram em dúvida sobre os procedimentos que devem ser seguidos quando um animal morre
RPet|André Barbeiro*, do R7

A morte de um pet é um dos momentos mais difíceis para um tutor, como mostrou Alexandre Rossi em suas redes sociais, após a morte da primeira influenciadora pet do Brasil, a Estopinha. Porém, mesmo que não seja confortável passar por isso, é importante estar preparado e saber os procedimentos e os cuidados que devem ser tomados quando um animal morre. Para ajudar a entender esses detalhes, o RPet conversou com especialistas, que explicam como se deve agir nessa situação.
Ariana Dandie, médica-veterinária, diz que quando um pet morre é importante levá-lo a uma clínica. "Para constatarmos que ele está realmente morto, em primeiro lugar, e também para dar as opções do que fazer com o corpo", ensina.
"O tutor pode deixá-lo na clínica, que tem lugares de armazenamento e o contato de empresas que fazem a remoção de cadáver. O cliente paga uma taxa, o corpo é levado para um ponto de coleta e depois é cremado", conta.

Ela fala também que existem funerárias que fornecem o serviço de velório. "É como se fosse um procedimento humano mesmo, pois é feita a preparação do corpo, e depois o tutor escolhe se quer que o pet seja cremado, e ele fica com as cinzas, ou se só quer a incineração."
Fernando Lopes, comportamentalista e adestrador animal, afirma que o procedimento mais comum nessa situação é ligar para o Centro de Controle de Zoonoses. "Eles recolhem e levam o bicho para a cremação. É assim que funciona, popularmente falando", diz.
Os casos, porém, podem variar. "Muitas vezes, é necessário o veterinário fazer um laudo explicando o motivo da morte, porque, se a doença que a causou for contagiosa, será preciso fazer um procedimento diferente, que será instruído pelo profissional ao tutor", completa Lopes.
Não se deve enterrar o pet no quintal
Ariana lembra que existem cemitérios para animais domésticos e faz uma ressalva: "É muito importante que se leve o bicho a uma clínica veterinária ou que se entre em contato com algum tipo de serviço funerário específico, porque não se deve enterrar o animal no quintal, já que isso contamina os lençóis freáticos e, consequentemente, a nossa água".
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Lopes acrescenta: "A decomposição pode contaminar o solo e trazer malefícios aos humanos. Além disso, quem enterrar o cão por conta própria estará sujeito a sanções e multas que podem chegar a até R$ 500 mil".
Veterinária salva animais que perderam partes do corpo com próteses de bicos e rodinhas
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Maria Ângela Panelli, veterinária, zootecnista e especialista em ortopedia de cães, gatos e animais silvestres, ganhou destaque nas redes sociais após compartilhar o trabalho que faz para ajudar os bichos. A profissional trabalha salvando e devolvendo a qualidade de vida dos animais que perderam ou machucaram partes do corpo e, muitas vezes, usa próteses para realizar esse serviço. Em entrevista ao RPet, a médica conta quais os materiais que usa para as restaurações e comenta alguns casos. Veja
* Sob a supervisão de Thaís Sant'Anna