Homem leva cães de abrigo para passear em mochila para incentivar adoções
Voluntário grava vídeos virais e ajuda a mudar destino de animais resgatados em Nova York
RPet|Do R7
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Em uma tarde recente no metrô de Nova York, uma cadela branca com manchas marrons chamava a atenção ao espiar para fora de uma mochila. O nome dela era Bertha, resgatada das ruas em outubro e acolhida pelo Animal Care Centers of NYC.
Durante o passeio, ela recebeu carinho de desconhecidos, escolheu um brinquedo e caminhou pela cidade, experiência que terminou, poucos dias depois, com sua adoção.
LEIA MAIS:
Quem carregava Bertha não era seu tutor, mas Bryan Reisberg, voluntário que dedica um dia por semana a tirar cães de abrigos e levá-los para passear pela cidade. Os animais vão em uma mochila com a inscrição “me adote”, circulam de metrô e interagem com pessoas. O objetivo, segundo ele, é mostrar que cães de abrigo são curiosos, afetuosos e podem ser ótimos companheiros.
Reisberg tem formação profissional em cinema e registra cada saída em vídeo. As gravações são editadas e publicadas nas redes sociais, onde já acumulam mais de 75 milhões de visualizações. Até agora, 11 cães participaram das ações; dez deles foram adotados após a divulgação. O único que não encontrou um lar imediato precisou antes resolver um problema de saúde.
Além das imagens, o voluntário escreve legendas bem-humoradas com informações sobre o temperamento dos cães. No caso de Bertha, ele destacou o gosto por beijos, brinquedos específicos, passeios de metrô e por fazer amigos, além de mencionar uma aversão pontual a certos bichos de pelúcia. Para Reisberg, ver o impacto direto desse conteúdo é gratificante, por melhorar a vida dos animais e das pessoas que os adotam.
Essa não é a primeira vez que ele cria conteúdo com cães. Em 2015, Reisberg ganhou notoriedade ao levar sua própria cadela, a corgi Maxine, para o trabalho em uma mochila durante os trajetos pela cidade. Os vídeos viralizaram, e Maxine ficou conhecida mundialmente como “a cachorra da mochila”. A experiência levou Reisberg a deixar o emprego e, em 2021, lançar a marca Little Chonk, especializada em acessórios para pets.
A ideia de usar essa visibilidade para promover cães de abrigo surgiu neste ano, a partir de uma sugestão de amigos. A iniciativa contou com apoio do Best Friends Animal Society, organização que atua em parceria com o Animal Care Centers of NYC. Funcionários dos abrigos ajudam a selecionar animais capazes de lidar com a agitação urbana, geralmente aqueles que estão há mais tempo à espera de adoção.
Segundo Julie Castle, CEO do Best Friends Animal Society, o efeito foi imediato. Nos últimos seis meses, a organização registrou cerca de 100 adoções a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior, resultado atribuído em grande parte à exposição gerada pelos vídeos. Para ela, a iniciativa reforça a ideia de que animais de abrigo não são doentes, mas apenas aguardam uma família.
Reisberg afirma estar surpreso com a dimensão do impacto e diz viver um dos momentos mais empolgantes da vida ao levar os cães para aventuras pela cidade. Para ele, a experiência mostra como uma única pessoa pode provocar mudanças reais, usando criatividade e tempo livre para transformar histórias de abandono em novos começos.















