Outubro Rosa: câncer de mama também afeta os pets; saiba como prevenir e tratar a doença
Profissionais explicam, ao RPet, que é importante fazer acompanhamento médico para garantir a saúde dos bichos
RPet|André Barbeiro*, do R7

O Outubro Rosa é uma campanha mundial que ocorre todos os anos e tem como objetivo lembrar a importância da prevenção contra o câncer de mama não só para as mulheres, mas também para os pets. Por conta disso, especialistas explicam, ao RPet, como identificar a doença em animais e como tratá-la. Além disso, eles afirmam que a prevenção é possível e que há cura.
O médico-veterinário Leandro Bacha, da PetCare, conta que essa doença é um dos cânceres que mais afetam as fêmeas, mas lembra que, devido a alterações hormonais, machos também podem tê-la. "Nas cadelas, 50% dos tumores são malignos, enquanto nas gatas esse número sobe para mais de 90%, com comportamento agressivo e alta probabilidade de metástase", comenta.
Bruno Roque, veterinário oncologista do Hospital AmarVet’s, afirma que o tumor é curável se o diagnóstico for precoce. "Muitas vezes, com procedimentos cirúrgicos conseguimos promover a cura."
Como identificar?
Roque recomenda ao tutor que leve o animal ao médico para exames de rotina periodicamente. "Quanto antes identificarmos, maiores são as chances de cura do paciente. Nós recomendamos, como cuidados preventivos, a apalpação para identificar possíveis nódulos", afirma.
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O oncologista explica ainda que a doença é multifatorial e ressalta que a análise de um profissional é importante. "Por isso, cada caso tem que ser avaliado de forma isolada por um médico-veterinário oncologista, para que ele possa orientar a família da melhor forma possível."
Tratamento

Bacha destaca que o tratamento pode variar, dependendo do estágio do câncer e da saúde geral do animal, e conta que a principal forma de terapia consiste na remoção cirúrgica das mamas acometidas.
"Nas cadelas, a extensão da cirurgia pode variar desde a remoção de uma única mama até a retirada completa das cadeias mamárias e dos linfonodos que drenam a região. Nas gatinhas, como 90% dos tumores são malignos, a remoção total costuma ser a prática mais adotada", detalha.
O especialista comenta ainda que tratamentos complementares, como a quimioterapia, podem ser instituídos, tanto na prevenção de metástases como no tratamento paliativo em casos de cânceres mais avançados. A radioterapia também é uma opção para tratamento paliativo de tumores inoperáveis ou em casos de remoção incompleta.
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* Sob a supervisão de Thaís Sant'Anna